A review de God of War Ragnarok (PC) foi realizada com uma cópia cedida pela Sony PlayStation
Vou admitir uma coisa, ver Kratos brandindo seu machado com botões do Xbox na tela e poder ajustar as configurações gráficas antes de começar o jogo ainda dá uma certa estranheza.
Contudo, essa transição também expõe como a fórmula da Sony se tornou previsível ao longo do tempo. God of War Ragnarok é um jogo de ação acessível e extremamente bem-feito, com uma qualidade técnica e artística inegáveis. Jogar no PC destaca como a estrutura dos jogos da Sony permanece segura e menos inovadora em comparação com outros títulos. Mesmo assim, a experiência oferecida por God of War Ragnarok , especialmente no PC, continua a ser fluida, envolvente e visualmente impressionante.
Mantendo o desempenho do passado, mas…
No que diz respeito ao desempenho, o estúdio Jetpack Interactive, responsável pela bem-sucedida versão para PC de God of War (2018), retorna para entregar um port sólido, mas com alguns deslizes. No geral, o jogo roda de forma excelente, especialmente em máquinas com hardware mais antigo. Em uma placa RTX 2070, por exemplo, o jogo atinge entre 80 e 100 FPS com configurações gráficas altas. Essa compatibilidade com hardware mais modesto é um dos destaques do port.
Apesar disso, algumas áreas do jogo, como a viagem para Svartalfheim e o “Reino Entre Reinos”, apresentam quedas significativas de FPS, caindo para 20-30 em certos momentos. Embora essas quedas não impactem momentos cruciais, elas podem ser incômodas, especialmente quando contrastadas com o desempenho estável em outras regiões.
Mais fundo na mitologia nórdica
Sobre a campanha, God of War Ragnarok é uma continuação direta de God of War (2018), mas sem o mesmo foco centralizado. O jogo opta por expandir o desenvolvimento dos personagens, como Kratos e Atreus, que continuam a navegar pelas tensões entre profecias e o destino. Embora esses momentos sejam envolventes, a estrutura da narrativa é menos focada, o que resulta em uma experiência mais dispersa. O que pode entrar em conflito com a urgência da campanha principal.
Enquanto God of War (2018) se baseava em uma jornada bem definida para o pico mais alto dos reinos, Ragnarök explora uma série de missões menores focadas nos personagens. Isso ajuda a aprofundar a mitologia nórdica apresentada no jogo, mas também pode se tornar exaustivo para quem busca uma progressão narrativa mais direta. Em muitos momentos, parece que o jogo prolonga sua narrativa antes de realmente entrar em ação.
Caindo na porrada!
O combate, porém, é onde God of War Ragnarok realmente brilha. Kratos começa o jogo com o Machado Leviatã e as Lâminas do Caos, e o sistema de combate foi expandido para incluir novos ataques carregados que aplicam efeitos de status como Gelo e Fogo. Isso incentiva os jogadores a alternarem entre as armas com mais frequência, algo que funciona especialmente bem na versão para PC, onde os controles por teclado são surpreendentemente intuitivos.
Outra melhoria está nas armaduras e equipamentos. Em vez de focar apenas no aumento de estatísticas, como Força ou Vitalidade, Ragnarök oferece conjuntos de armaduras e escudos que alteram a forma de jogar, com habilidades únicas que incentivam diferentes estilos de combate.
Considerações finais
God of War Ragnarök no PC é um port tecnicamente impressionante, apesar de alguns problemas de otimização em áreas específicas. Sua narrativa pode ser mais dispersa e menos impactante do que a de seu antecessor, mas o combate refinado e as melhorias na jogabilidade fazem dele uma sequência digna. Embora não tenha a mesma força narrativa do jogo de 2018, Ragnarök continua a ser uma experiência envolvente e divertida para os fãs de jogos de ação.
Distribuidora: PlayStation
Desenvolvedor: Santa Monica Studio, Jetpack Interactive
Gênero: Ação e aventura
Disponível para: PC
Data de lançamento inicial: 19 de setembro de 2024