Com o início dos envios marcado para dezembro de 2025, a Editora Trama oficializa o lançamento de Ritmo da Guerra, o aguardado quarto volume da série Os Relatos da Guerra das Tempestades, criação do ícone da fantasia contemporânea Brandon Sanderson.

Brandon Sanderson consolidou seu nome como a maior força viva da fantasia épica moderna. Com mais de 50 milhões de livros vendidos globalmente e a posição de número um entre os best-sellers do New York Times, o autor norte-americano transformou-se em sinônimo de narrativas que desafiam as convenções do gênero. Sua trajetória inclui aclamadas sagas como Mistborn e romances memoráveis como Warbreaker, além da honra de ter sido escolhido para finalizar a icônica série A Roda do Tempo, de Robert Jordan, uma responsabilidade que cumpriu com destreza inquestionável.
Porém, é em Os Relatos da Guerra das Tempestades que Sanderson deposita seu projeto mais ambicioso e complexo. Iniciada em 2010 com O Caminho dos Reis, continuada em Palavras de Radiância (2014) e expandida com Sacramentadora (2019), a série representa uma revolução no entendimento contemporâneo de fantasia épica. A Editora Trama é a casa editorial responsável pela publicação deste universo em solo brasileiro.
A continuação de uma guerra total
Ritmo da Guerra aprofunda o conflito que transcende a simples dicotomia bem contra mal. Após unir as forças humanas em uma frágil coalizão de resistência contra a invasão inimiga, Dalinar Kholin e seus Cavaleiros Radiantes enfrentam um ano de guerra brutal e incessante. Nenhum dos lados consegue obter vantagem decisiva, e a suspensão permanente de traição paira sobre cada movimento, particularmente com Taravangian, o astuto e imprevisível aliado cujos planos pessoais seguem trajetórias próprias.
O conflito escalona significativamente com as descobertas tecnológicas lideradas por Navani Kholin, que começam a transformar o campo de batalha de maneiras inéditas. Simultaneamente, o inimigo prepara uma ofensiva ousada com potencial para alterar o destino de Roshar em sua totalidade. A corrida armamentista subsequente desafia o próprio cerne dos ideais Radiantes e promete revelar segredos da antiga torre que foi, um dia, o coração do poder.
Crises convergentes e transformações pessoais
Kaladin, o Filho da Tempestade, confronta uma profunda transformação em seu papel dentro da ordem dos Cavaleiros Radiantes, uma mudança que vai além da simples progressão de poderes. Seus Corredores dos Ventos enfrentam uma crise existencial inédita, em que enquanto cada vez mais Moldados despertam para a luta, os esprenos (seres intrínsecos a Roshar vinculados à Honra) recusam-se sistematicamente a formar novos laços com humanos. Esta cisão ameaça fragmentar a própria fundação da resistência.
Em resposta, Adolin e Shallan partem em uma missão desesperada rumo à Integridade Duradoura, a fortaleza dos Esprenos de Honra. Seu objetivo: convencer os seres imemoriais a se unirem contra Odium, o deus terrível que ameaça consumir tudo. O fracasso significa confrontar a verdadeira tempestade, não aquela dos céus, mas a do colapso total.
A originalidade que define uma era

Os Relatos da Guerra das Tempestades é amplamente reconhecido como um dos empreendimentos de fantasia mais originais de todos os tempos por razões fundamentais. Sanderson não constrói meros reinos convencionais nem povos estereotipados. Sua cosmologia apresenta sistemas mágicos intrincados baseados em regras rigorosas, uma filosofia presente em sua construção de mundo que se tornou marca registrada do autor. Em Roshar, a magia não é caos inexplicável, mas um conjunto de leis tão complexas quanto a física real.
Além disso, o autor integra temas de profundidade psicológica como, por exemplo, depressão, trauma, redenção, sacrifício, em narrativas que nunca sacrificam o esmero técnico pela emoção. Seus personagens evoluem através de conflitos genuínos, não de decisões narrativas convenientes. A série reimagina a fantasia épica para uma geração que exige rigor científico, coerência interna, diversidade autêntica e arcos de transformação que ressignifiquem o gênero.
Ritmo da Guerra não é meramente o próximo capítulo de uma saga, é a continuação de um projeto que redefiniu o que fantasia épica pode ser no século XXI.