O CEO da Ubisoft, Yves Guillemot, foi oficialmente convocado a comparecer ao tribunal de Bobigny (Paris) no dia 1 de outubro, para se pronunciar a respeito das acusações de assédio moral contra três ex-executivos da empresa.
A solicitação foi feita pela central sindical Solidaires Informatique, que representa parte das vítimas do caso, e por quatro partes civis que participaram do processo judicial.
O tribunal está analisando o papel da alta liderança da Ubisoft na cultura tóxica que permaneceu ativa por anos na companhia. Três ex-diretores, Serge Hascoët, Tommy François e Guillaume Patrux, foram condenados por assédio sexual, psicológico e violência moral, com penas suspensas de prisão que variaram entre 12 meses e 3 anos, além de multas de até 45 mil euros.
A Ubisoft se pronunciou oficialmente sobre a convocação. Embora o comparecimento de Guillemot esteja confirmado, a empresa enfatizou que as autoridades não encontraram fundamentos suficientes para instaurar processos criminais contra ele ou outros membros da gestão. A Ubisoft também destacou seu compromisso de contínua cooperação com a justiça francesa.
O caso, embora centrado nos três ex-executivos, agora ganha uma nova dimensão ao confrontar aspectos institucionais dentro da Ubisoft. A convocação de seu principal diretor reforça a inclusão do tema no debate público, indicando que o tribunal busca esclarecer até que ponto a cultura corporativa e decisões da alta liderança contribuíram para a perpetuação de práticas condenáveis.
