A preview de Towa and the Guardians of the Sacred Tree foi realizada com uma cópia cedida pela Bandai Namco
Logo de cara, Towa and the Guardians of the Sacred Tree me pegou pela atmosfera. O jogo é um roguelite ambientado em um mundo místico cheio de perigos, mas também de cores vibrantes e personagens marcantes. Na pele de Towa, sacerdotisa da aldeia de Shinju, você se junta aos Guardiões para enfrentar o exército de Magatsu, uma ameaça que corrompe terras inteiras e ameaça a existência da vila.
Muito além do combate

A demo já deixa claro que o jogo não se apoia apenas em combates. Existe um cuidado especial no mundo que ele constrói: a cada missão concluída em diferentes linhas do tempo, a vila vai mudando, os moradores vão mostrando mais sobre suas tradições, e você cria vínculos que tornam tudo mais vivo.
Entre uma incursão e outra, dá para treinar no dojô, invocar Graças, e até forjar sua própria espada em um mini-game que mistura estratégia e um pouco de sorte.
Um dos pontos mais fortes até agora é o level design, que usa uma paleta inspirada na arte oriental medieval. As fases não só são bonitas, mas também funcionais: cada cenário tem personalidade, e isso se reflete até nos personagens. Todos têm designs únicos, como Nishiki, o homem-peixe, que me chamou a atenção tanto pelo visual quanto pelo estilo de combate.

Falando em combate, a jogabilidade lembra Hades, mas com um ritmo menos frenético (o que, sinceramente, achei ótimo). O sistema funciona em duplas: você escolhe dois personagens, cada um com habilidades próprias e árvores de progressão distintas, e precisa dominar a troca de golpes e armas no momento certo. Esse dinamismo deixa cada run diferente e com boas doses de estratégia.
Outro ponto que merece destaque é o carisma dos personagens. Não importa quem você escolha para a dupla, sempre rolam diálogos entre eles, o que ajuda a dar mais identidade e profundidade à relação. Esse detalhe faz diferença, principalmente em um roguelite, onde a repetição pode se tornar cansativa.
Até o momento, nada se mostrou realmente negativo na demo. A HUD poderia ser mais atraente para combinar melhor com a fantasia do jogo, e existe o risco dos mini-games de forja se tornarem repetitivos a longo prazo. Mas o verdadeiro ponto negativo, por enquanto, é a ausência de localização em português do Brasil. Para um jogo com tantos detalhes de narrativa, isso pode afastar uma parte do público.
Considerações

As primeiras impressões de Towa and the Guardians of the Sacred Tree são muito positivas. O jogo combina gráficos belíssimos, personagens cativantes, um sistema de combate divertido e boas ideias de progressão. Se a versão final conseguir manter esse equilíbrio e evitar a repetição, tem tudo para ser uma das grandes surpresas do gênero roguelite.
Towa and the Guardians of the Sacred chega dia 18 de setembro de 2025, para PlayStation 5, Xbox Series X/S, Nintendo Switch e PC.