Se tem uma coisa que poderia deixar Persona 3 Reload ainda melhor do que já é seria um port para Nintendo Switch 2 – e agora isso já é uma realidade! A versão do console híbrido garante um novo grau de jogabilidade em seu modo portátil, permitindo levar suas waifus e husbandos preferidos para todo lugar.
Infelizmente, a Atlus acabou pisando um pouco na bola com esse port, que poderia ser melhor do que é. Ainda assim, não deixa de ser Persona!
Performance abaixo do esperado
Visualmente falando, o jogo está praticamente igual ao visto no PS5 e Xbox Series. As texturas foram adaptadas para a capacidade do Switch 2 e os cenários receberam uma “pincelada” bem discreta. Dificilmente você notará downgrades jogando no modo portátil, apesar deles existirem.

O que realmente decepciona é a performance. O jogo roda apenas em 30 fps e ainda sofre com problemas de frame pacing no modo portátil. Tenho certeza absoluta que o Switch 2 conseguiria rodar esse jogo em 60 fps tranquilamente, mesmo que fosse necessário fazer mais alguns downgrades básicos.
Até mesmo o Steam Deck consegue rodar o jogo em 60 fps (e quem joga no portátil sabe bem como otimização não é o forte dele), então é difícil de acreditar que a Atlus simplesmente optou pelo caminho mais fácil na hora de converter Persona 3 Reload para o sistema da Nintendo.
Além de quebrar a fluidez da qual já estamos acostumados nos outros consoles, a instabilidade da taxa de quadros também incomoda. Logo no início, já testemunhei os engasgos causados pelo frame pacing. Esse é o tipo de coisa que poderia ter sido evitada, mas ao menos nesse estado de lançamento, não foi.

Levando o Tártaro no bolso
No demais, esse continua sendo o mesmo jogo lançado em janeiro de 2024, que por sua vez é um remake de Persona 3 do PS2. Nesse caso, recomendo a leitura do nosso review original, que aborda todos os aspectos relacionados ao conteúdo – e já adianto: é um jogão, então certamente vale a pena dar uma chance!
O maior problema deste port está na performance, já que ele traz problemas que não existem nas outras versões. Se você ainda não jogou Persona 3 e tem preferência pelo Switch 2, ele não deixa de ser recomendável. Quem joga mais no modo dock (pela televisão) não sofrerá com essas questões, já que ali o desempenho é aprimorado.

O verdadeiro problema está no modo portátil. Se a portabilidade é seu foco, talvez valha a pena aguardar por futuros patches que corrijam essas inconsistências. Também vale citar que todos os DLCs lançados para o jogo estão disponíveis para compra no Switch 2 por precinhos nada amigáveis. No geral, a maioria traz apenas itens cosméticos, mas ainda vale a pena adquirir o Episódio Aigis – A Resposta –, que traz um longo epílogo para a campanha.
De todo modo, esse foi o primeiro experimento da Atlus com o Switch 2. É quase certo que seus problemas de performance serão corrigidos em breve, então podemos esperar que logo a plataforma hospede a franquia em sua melhor forma, assim como nas demais.