O roguelike PvEvP Let It Die: Inferno, sequência de Let it Die (do famoso Suda51), recebeu uma declaração polêmica recentemente: partes significativas do jogo foram criadas com o auxílio de inteligência artificial generativa.
Na página oficial do jogo na Steam, os desenvolvedores esclareceram que “conteúdo gerado por IA foi utilizado e depois editado por nossa equipe” em diversos aspectos, como vozes dos personagens, trilha sonora, gráficos e outros elementos visuais. Entre os recursos produzidos pela IA estão texturas de placas de fundo, ilustrações para registros, vídeos informativos (InfoCast), vozes e músicas do jogo.
A decisão de expor o uso intensivo de IA generativa ocorre em um contexto maior da indústria: nos últimos meses, tem crescido o número de títulos que recorrem a essas ferramentas para acelerar a produção, economizar custos e automatizar tarefas repetitivas — desde imagens conceituais até dublagens e assets de arte.
A revelação dividiu a comunidade gamer. Para alguns, a utilização de IA em “vozes e arte final” representa uma perda de autenticidade e uma possível desvalorização do trabalho de artistas, músicos e dubladores. Já para outros, a transparência e o uso consciente da tecnologia podem ser vistos como evolução natural da produção de jogos — especialmente em estúdios com orçamentos menores ou prazos apertados.
Do ponto de vista técnico, o uso de IA em assets de áudio e visuais permite à desenvolvedora acelerar etapas que tradicionalmente demandariam semanas de trabalho e altos custos, seguindo a tendência global de adoção crescente de ferramentas assistidas pela IA em jogos.
O lançamento está marcado para 3 de dezembro para PS5 e PC. Diferente do primeiro, esse não será um jogo gratuito; o estúdio original, Grasshopper, não está envolvido no projeto, que foi desenvolvido pela Supertrick Games.