*Este review foi realizado com uma cópia do jogo disponibilizada pela Warner Brasil
Lançado originalmente em 2023, Hogwarts Legacy finalmente chega à nova geração portátil da Nintendo com um porte reformulado e ambicioso. No Switch 2, o RPG de mundo aberto da Avalanche Software se apresenta com mais dignidade técnica, aproveitando as melhorias de hardware e entregando uma experiência que, pela primeira vez no console da Big N, faz jus à magia do universo de Harry Potter.
Um velho feitiço em nova varinha: o que muda no Switch 2
Ao contrário da criticada versão anterior lançada para o primeiro Switch – marcada por cortes gráficos severos, texturas borradas, pop-ins exagerados e uma performance instável – a edição para Nintendo Switch 2 representa um salto considerável. Graças ao novo chip personalizado da Nvidia com DLSS integrado e maior capacidade de processamento, o jogo agora roda com resolução dinâmica entre 900p e 1080p no modo dock, e 720p estáveis no modo portátil, com frame rate fixado em 30 fps, mas com consistência e fluidez.

As texturas foram aprimoradas, sombras e iluminação apresentam fidelidade superior e o tempo de carregamento foi drasticamente reduzido. Embora ainda esteja abaixo das versões para PlayStation 5 ou Xbox Series X, o resultado é surpreendentemente competente para um console híbrido portátil.
Explorando Hogwarts de verdade
A estrutura de Hogwarts Legacy permanece inalterada: o jogador assume o papel de um aluno recém-chegado à escola de magia no quinto ano, com a possibilidade de escolher sua casa, frequentar aulas, explorar os segredos do castelo e enfrentar uma antiga magia esquecida que ameaça o mundo bruxo. O diferencial da versão para Switch 2 está na imersão portátil combinada com uma performance sólida o suficiente para garantir sessões de exploração prolongadas.

O uso do giroscópio para mirar feitiços é uma novidade discreta, mas bem-vinda, exclusiva para o console da Nintendo, funcionando tanto nos Joy-Con separados quanto no modo portátil. Além disso, a integração com o feedback háptico dos novos Joy-Con Pro permite leves vibrações diferenciadas ao lançar feitiços, algo sutil, mas que contribui para a imersão.
Conteúdo completo, sem cortes
Ao contrário do que aconteceu em outras versões inferiores, a edição de Switch 2 traz todo o conteúdo do jogo base sem remoções. Isso inclui o mundo aberto de Hogwarts, Hogsmeade, as florestas proibidas e a vasta variedade de missões secundárias. O conteúdo exclusivo de PlayStation – a missão da loja assombrada de Hogsmeade – ainda não está presente, mas isso se deve a contratos de exclusividade, não a limitações técnicas.
Ainda há limitações, claro
Mesmo com as melhorias, é importante destacar que esta ainda é uma versão ajustada para o hardware da Nintendo. Alguns modelos de personagens apresentam menos detalhes, a densidade de NPCs em certas áreas é reduzida e efeitos gráficos mais complexos – como reflexos em tempo real e volumetria de névoa – são simplificados. No entanto, são concessões inteligentes que não comprometem a experiência central.

Além disso, não há suporte para mods ou recursos de ray tracing que existem nos PCs mais parrudos, e o frame rate, embora estável, poderia se beneficiar de um modo performance com 60 fps – algo que o Switch 2 ainda luta para sustentar em títulos mais robustos como este.
Devo comprar ?
A chegada de Hogwarts Legacy ao Nintendo Switch 2 é um verdadeiro “alohomora” para os jogadores que esperavam uma experiência portátil digna do mundo bruxo. Com otimizações visuais, performance estável e a magia do jogo intacta, esta versão representa a estreia mais decente do universo de Hogwarts em um console da Nintendo.
Embora ainda existam algumas limitações técnicas, a combinação de portabilidade, conteúdo completo e visual renovado faz desta edição uma ótima escolha para quem quer explorar os corredores de Hogwarts sem abrir mão da mobilidade. Um trabalho de transfiguração técnica que, desta vez, funcionou.
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