A Electronic Arts (EA), uma das maiores e mais influentes desenvolvedoras e distribuidoras de videogames do mundo, foi oficialmente vendida por US$ 55 bilhões em um acordo histórico que promete redefinir o mercado de entretenimento digital. O negócio, considerado uma das maiores aquisições já realizadas no setor, foi fechado por um consórcio formado pelo Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF), pela gestora de tecnologia Silver Lake e pela Affinity Partners. A transação coloca a EA em uma nova fase estratégica e retira a companhia do mercado de capital aberto, após décadas listada na bolsa.

Segundo os detalhes divulgados, cada acionista receberá US$ 210 por ação, valor que representa um prêmio significativo de cerca de 25% em relação ao preço das ações antes do anúncio. O financiamento do acordo será estruturado por meio de US$ 36 bilhões em capital próprio e outros US$ 20 bilhões em dívida, com apoio do banco JPMorgan Chase. A expectativa é de que a transação seja concluída até o primeiro trimestre do ano fiscal de 2027, consolidando o controle do consórcio sobre a editora de franquias icônicas como FIFA, The Sims, Battlefield e Apex Legends.
O PIF, que já possuía quase 10% de participação na EA, fortalece ainda mais sua presença no setor de jogos, enquanto a Silver Lake assume papel de liderança no consórcio, trazendo expertise no mercado de tecnologia. A Affinity Partners, organização cofundada por Jared Kushner, também passa a integrar a estrutura de controle. Apesar da mudança de donos, o atual CEO Andrew Wilson deve permanecer à frente da companhia, garantindo continuidade na liderança e mantendo a sede em Redwood City, na Califórnia.
Com a nova administração, a expectativa é que a Electronic Arts acelere sua expansão global, investindo em inovação e ampliando sua atuação no cruzamento entre jogos, esportes e entretenimento. Especialistas apontam que a aquisição pode gerar novos modelos de monetização, integração de tecnologias emergentes e até mesmo maior valorização de suas franquias já consolidadas. Para os jogadores, o impacto ainda é incerto, mas a promessa é de fortalecimento da qualidade dos lançamentos e de um crescimento ainda mais agressivo no mercado de games e esportes eletrônicos.
A venda da EA por US$ 55 bilhões simboliza não apenas uma mudança de propriedade, mas um marco no caminho que a indústria de videogames vem trilhando nos últimos anos, com aquisições bilionárias e disputas de gigantes pela liderança global. Agora, resta acompanhar como essa nova fase moldará o futuro de uma das editoras mais importantes do setor.