A Ubisoft tem sido pressionada pelos seus próprios acionistas para publicar uma resposta formal ao movimento Stop Killing Games, que foi originado a partir da sua decisão de encerrar o suporte a The Crew.
Em abril, o youtuber Ross Scott incentivou todos a pressionarem as publishers contra a atitude de tornar seus jogos “injogáveis”, como aconteceu com The Crew. O Stop Killing Games ganhou grande repercussão no mundo e continua sendo uma pauta relevante em termos de preservação de jogos.
Nessa situação em específico, a Ubisoft fechou os servidores de The Crew, que era um jogo 100% online. Isso já foi o bastante para torná-lo injogável, mas a publisher ainda foi além e removeu o jogo da biblioteca daqueles que compraram uma cópia digital – atitude que, para muitos, foi invasiva e desrespeitosa ao consumidor.
Na última sexta (18), o CEO da Ubisoft, Yves Guillemot, se pronunciou a respeito do assunto quando questionado pelos acionistas da empresa. O diretor manteve sua posição anterior, defendendo a atitude da Ubisoft e pontuando que “nenhum jogo pode receber suporte para sempre”.
“Esse tipo de problema não é específico da Ubisoft. Todas as publishers enfrentam esse problema. Você fornece um serviço, mas nada é definitivo e, em algum momento, ele pode ser descontinuado. Nada é eterno. Estamos fazendo o possível para garantir que tudo corra bem para todos os jogadores e compradores, porque, obviamente, o suporte para todos os jogos não pode durar para sempre” comenta Guillemot.
“A vida útil de um software, sempre que houver um componente de serviço, pode eventualmente levar à sua descontinuação, porque o software pode se tornar obsoleto com o tempo. Muitas ferramentas se tornam obsoletas 10 ou 15 anos depois. Elas não estão mais disponíveis e é por isso que lançamos uma nova versão. Claramente, esse é um problema de longo prazo e estamos trabalhando nisso” conclui o CEO.
Enquanto isso, a campanha do Stop Killing Games segue firme e forte, somando mais de 150 mil assinaturas.