Mesmo após conquistar enorme sucesso com Clair Obscur: Expedition 33, a Sandfall Interactive não pretende transformar o estúdio em uma grande produtora nem seguir o caminho tradicional de expansão após um grande hit. Em entrevista ao Edge, o diretor criativo e co-fundador Guillaume Broche afirmou que a equipe quer manter sua estrutura enxuta e criativa, resistindo à tentação de “escalar” operações por ter maior poder financeiro.
Broche explicou que, mesmo com o reconhecimento crítico e comercial de Expedition 33, a Sandfall prefere continuar trabalhando com uma equipe relativamente pequena, entre 30 e 40 desenvolvedores, em vez de assumir projetos gigantescos que exijam gestão complexa e grandes investimentos. Segundo ele, “é bom ter limitações quando se é criativo”, destacando que a equipe gosta mais de criar jogos do que administrar um grande estúdio.
A filosofia da Sandfall se baseia em priorizar qualidade artística, controle criativo e ambiente colaborativo próximo, fatores que, segundo Broche, foram essenciais para o sucesso de Clair Obscur. Ele afirma que crescer demais poderia colocar em risco exatamente aquilo que tornou o projeto especial. Assim, mesmo com recursos disponíveis para ampliar equipes e abraçar produções maiores, o estúdio prefere manter seu tamanho atual e trabalhar em projetos com a mesma identidade.
A decisão também impacta os próximos passos do estúdio: embora um novo projeto já esteja em desenvolvimento, a Sandfall deixou claro que não pretende “subir de patamar” na escala de produção, nem transformar Expedition 33 em uma franquia imediata e de grande porte — ao contrário do que normalmente acontece após um título de muito sucesso.
Com essa postura, a Sandfall posiciona-se como um estúdio que valoriza autonomia criativa acima de ambições corporativas, reforçando uma mentalidade mais próxima do cenário independente do que das grandes publishers. Por enquanto, seu próximo projeto segue em segredo, podendo ou não estar relacionado a Expedition 33.