Queremos agradecer a Capcom por nos enviar uma cópia de Resident Evil Village para PS4/PS5
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Resident Evil Villge foi anunciado pela Capcom como um dos grandes lançamentos da próxima geração (que hoje é a atual) no ano passado. O vídeo era curto e não revelava muita coisa, apenas um cenário mais acinzentado, com bastante névoa e mantendo a jogabilidade em primeira pessoa. Além de claro, deixar no ar a dúvida: “Teremos o jogo para a geração PS4 e Xbox One?
O tempo foi passando e mais material do jogo foi sendo revelado, mostrando que voltaríamos a controlar Ethan Winters e agora ele buscaria salvar sua pequena filha e vingança contra o Chris por ter fuzilado a esposa dele, Mia, a sangue frio! Nada se encaixava, e quanto mais material era revelado só mais dúvidas eram jogadas na nossa cabeça: O jogo terá vampiros? Lobisomens? O que é isso? Quem é essa mulher de três metros de altura por quem estou apaixonado? Bem, finalmente nós do Portal jogamos Resident Evil Village e podemos responder algumas dessas questões (talvez todas).
Depois dos Bakers
Ethan e Mia vivem uma vida tranquila, mas escondida, em algum lugar da Europa. O casal tenta esquecer os eventos de Resident Evil 7 enquanto buscam dar uma vida normal a sua filha Rose, que ainda é uma bebê. Tudo muda de ponta-cabeça quando Chris invade a residência do casal e sem explicação e fuzila Mia a sangue frio e sequestra Ethan e Rose.
Ethan acorda horas depois, após sobreviver a um acidente no meio da estrada cheia de neve. Buscando por ajuda e querendo encontrar sua filha, ele encontra um misterioso vilarejo, mas logo descobrirá que ali mora um terrível mal, um mal que deu origem aos eventos vividos há três anos atrás com os Bakers.
A campanha de Resident Evil 8 tem altos e baixos, mas ainda é extremamente positiva. A parte baixa fica por conta desse início, a medida que avançamos na história sabemos que tudo aquilo poderia ser diferente evitando os problemas pelos quais Ethan passaria, é o famoso “Você não entende metade do que está acontecendo?”, então explica logo, porque tempo ele teve! Além de não ficar muito claro quando o vilarejo foi tomado pelas criaturas.
Falando assim até parece que a campanha é ruim, mas muito pelo contrário, ela nos envolve no mistério tanto de sua trama tanto quanto no da misteriosa vila. As reviravoltas são interessantes e por mais que tudo pareça exagerado, existe uma lógica atrás daqueles eventos e personagens. Os acontecimentos abordam até personagens importantes que ficaram um pouco esquecidos na lore do jogo, e ajuda a pincelar as origens da Umbrella.
Acompanhar a história está mais fácil e empolgante, pois o jogo foi localizado completamente para o português brasileiro, trazendo grandes nomes para seu elenco que arrasaram no jogo.
Novos Personagens
Resident Evil Village apresenta uma gama de novos personagens, sendo a maioria vilões que enfrentamos no decorrer da campanha e cada um traz uma mecânica diferente quando os enfrentamos, principalmente Heisenberg. Suas aparências exageradas e até mesmo super poderes são explicados por arquivos que encontramos ao longo da história, mas caso você ignore tais arquivos perderá boa parte do enredo e achará que a franquia está se perdendo e desligando de suas origens. Todos os poderes e habilidades tem uma ligação “não sobrenatural”, tudo é feito com base na pseudociência que somos apresentados na franquia.
Dos novos personagens vale ressaltar a querida e temida Lady Dimitrescu e suas filhas, que foram mostradas pesadamente no marketing do jogo. Embora seja uma personagem interessante. No jogo ela funciona como o Mister X no remake do Resident Evil 2, porém sem causar tanto medo ou aflição quanto este. Não espere ver muito dela, e o que vimos dela foi mostrado de forma exagerada pelo marketing, fazendo a gente acreditar que ela teria um papel importante, mas não foi bem assim.
Lady Dimitrescu tem três irmãos e grande mãe Miranda, e como dito acima cada um deles vai pedir uma forma diferente para ser derrotada. Na casa de bonecas temos o terror psicológico e confesso que foi a parte mais assustadora de todo o jogo. Outro momento de terror é dentro da fábrica, onde vamos enfrentar um dos irmãos da mulher gigante, mesmo Ethan estando armado, o local é um labirinto de corredores escuros ou mal iluminados, recheados por criaturas que podem te matar a qualquer momento.
Terror, Suspense e Balas
Em Resident Evil Village o medo nos rodeia apenas nos primeiros minutos de jogo, pela novidade das criaturas e a mecânica em primeira pessoa que nos deixa cara a cara com os licanos, os inimigos genéricos que matamos dentro da vila e nos arredores da mesma. O medo logo passa, pois o jogo nos enche de munição e assim não há a necessidade de se esconder ou tomar mais cuidado ao lidar com os inimigos. Joguei no modo Normal e foi relativamente tranquilo achar munição armas e itens especiais.
Os licanos são resistentes, apresentam uma boa variação, mas logo nos acostumamos coma presença deles. Lady Dimitrescu intimida com sua presença, mas é fácil despista-la em seu castelo.
Sua jogabilidade está muito parecida com a do jogo anterior, o que faz sentido por Ethan ser um civil, mas confesso que ele faz e aguenta muita coisa além de um civil comum. Os saves são máquinas de escrever, temos o sistema de organização de itens que pode ser expandido ao comprar mais espaço no comerciante. Entretanto, como dito acima, está mais voltado para ação do que somente para o terror.
O Comerciante
Resident Evil Village traz de volta o comerciante, mas de uma forma diferente do que vimos no quarto jogo da franquia. Não é o mesmo personagem, mas sua função é parecida. Ele nos ajuda durante a história, as vezes até de forma suspeita, mas sua figura é carismática, até sabemos seu nome, Duque.
Duque também é responsável por deixar o jogo mais fácil, pois podemos vender itens e ganhar uma quantidade enorme de dinheiro para gastar na loja dele. Com essas moedas podemos comprar munição, itens, espaço para o inventário, podemos aprimorar nossas armas além de claro… fazer comida. Em Resident Evil Village devemos caçar e levar os ingredientes para o Duque fazer uma comidinha para gente, cada receita melhora alguma tributo de Ethan, essa nova mecânica ajuda na exploração e aumenta a vida útil do jogo, mas não é um grande atrativo devido ao mapa não ser tão grande quanto se esperava.
Um fato curioso e até bizarro: no castelo da Lady Dimitrescu existe um ponto do comerciante e a Lady não entra por nada, mesmo sendo dentro da propriedade dela, ela fica parada de frente para a porta, mas não entra, nem mesmo manda uma frase ameaçadora. Quebrava a imersão.
A Vila de Village
O mapa de Resident Evill traz os elementos já conhecidos da franquia, portas fechadas por chaves misteriosas, caminhos longos que logo se tornam curtos devido a um atalho que você encontra ao desbloquear uma porta.
O sistema de exploração está bem desenvolvido e até facilitado. Nosso querido amigo Duque até mesmo nos presenteia com a localização de vários tesouros para encontrar-mos e depois vrnde-los para ele. Entretanto são poucos lugares que vai exigir uma exploração mais aprofundada no mapa.
A Vila é interessante, mas também é muito pequena. Seu design não parece comportar todas aquelas pessoas que posteriormente se transformaram nosnterrivies licanos e outros monstros.
Mas a arquitetura dela e de todas as fases são bem desenhados e construídos. Uma palavra q resumiria bem os mapas de Resident Evil Village é: caustrofobia. Sempre estamos passando por corredores apertadas, estreitos e muitas vezes com alguma criatura atrás da gente.
Pós-Game
A campanha de Resident Evil Village não é grande, em cerca de 11 ou 12 horas, talvez menos, você consegue termina-la. Mas a franquia nunca foi conhecida por trazer histórias gigantes, ela se tornou conhecida pelo seu pós-game. Aqui não é diferente.
Ao finalizar a campanha desbloqueamos uma nova dificuldade, armas especiais e a loja de Bonus do jogo e lá podemos comprar figuras de personagens, concept arts, além do clássico modo Mercenaries, que agora está em primeira pessoa, nesse modo você precisa completar objetivos cada vez mais difícies enquanto correm contra o tempo. Podemos melhorar nossas armas com a ajuda de Duque, enquanto matamos hordas de monstros pelo mapa de Village.
Desempenho: PS4 x PS5
Resident Evil Village apresenta gráficos lindos e estonteantes, mostrando todo o poder da RE Engine criada pela Capcom, mas isso somente nos PCs e consoles de nova geração. A versão de PlayStation 4 está graficamente sofrível. Não, o jogo não está feio, mas o excesso de serrilhados incomoda, além das texturas carregando enquanto caminhamos pelo cenário. A situação piora quando somos atacados pelos licanos, onde percebemos uma textura de pele estranha, assim como nos dentes.
Vale lembrar também que o primeiro loading é muito demorado, e o jogo apresentava uma queda constante de fps.
Já no PlayStation 5 a coisa muda, tudo é muito bonito, o jogo corre aos incríveis 60 FPS, sem qualquer tipo de queda, até em momento mais frenéticos. O loading é extremamente rápido, em questão de segundos após começar você já está pronto para jogar. Resident Evil Village, muda de nível com HDR ativado e o famoso “traços de luz” conhecido como Ray Tracing, essas opções estão presentes para serem ativadas e desativadas apenas no menu principal, caso tenha começado o jogo sem definir isso, terá que retornar ao menu, então, fique atento.
Considerações Finais
Resident Evil Village busca aumentar o lore da franquia, trazendo eventos que de início parem desconexos com a franquia mas no final se ligam, ligando até mesmo com a origem da Ubrella. O suspense permeia o jogo inteiro, alguns momentos mais que os outros, já o terror fez falta. A exploração foi um adendo interessante e as influências de Resident Evil 4 são claras e bem vindas. O jogo é um prato cheio para quem gostou do sétimo título e para quem gosta do grande enredo que vem sendo desenvolvido com o passar dos jogos.
Distribuidora: Capcom
Desenvolvedor: Capcom
Gênero: Ação, terror e suspense
Disponível para: PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox Series S/X e PC.
Data de lançamento inicial: 07 de maio de 2021
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