Pantera Negra: Wakanda Para Sempre – Crítica

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Como não poderia ser diferente, Pantera Negra: Wakanda Para Sempre é carregado de emotividade, devido à morte do ator Chadwick Boseman que dava vida ao rei T”Challa em 2020 por um câncer de Cólon, respeitando a memória do ator cada segundo da sequência é dedicado ao legado de Chadwick.

A sétima arte em geral tem o poder de eternizar certas histórias e pessoas, alcançando os corações de vários e vários ao redor de todo o mundo, tornando-as vivas para sempre na memória dos fãs. Wakanda Para Sempre já começa com o sentimento de luto que abateu as pessoas após a repentina morte do ator.

Logo em seus primeiros 10 minutos, a história dá um jeito simples de justificar a ausência de T”challa na história, sem muitos rodeios, e o que vem nas próximas duas horas e quarenta de filme são os personagens lidando com essa perda.


Esse caminho dramático que a história leva, abre espaço para as atuações dos atores do núcleo de Wakanda. A atriz Ângela Basset, entrega uma performance espetacular como a rainha Ramonda, forte e dura na queda com os assuntos políticos, porém extremamente fragilizada longe do trono. Letitia Wright, agora com um tempo de tela muito maior do que no primeiro filme, tem a chance de entregar mais no papel de Shuri, mostrando uma jovem raivosa, cética nas tradições wakandanas e que precisa aprender a lidar com esse luto.

Com relação a história, Ryan Coogler faz um excelente trabalho ao se prestar em fazer algo diferente das corriqueiras narrativas de super-heróis, claro que por se tratar de um filme da Marvel existem alguns elementos que só estão ali pensados na continuidade do universo Marvel, tal como a personagem Riri Willians, a Coração de Ferro.

Porém, isso não impede Coogler de contar a história que ele queria, uma história de luto, sobre perda e continuidade, com muita representatividade e com um argumento social muito forte, o que passa diretamente pela figura do vilão Namor.

Na história, buscando se distanciar de sua contraparte na DC, o Príncipe Submarino é o rei da nação submersa de Talocan, de origem ameríndia, pertencentes a região do México. Assim como Wakanda, Talocan é uma nação escondida do resto do mundo, extremamente poderosa e rancorosa com a superfície.

Assim como o Pantera Negra protege Wakanda, Namor protege seu povo, porém com uma visão muito menos pacífica sobre o resto do mundo. Tal como o vilão Killmonger, a história introduz Namor como um vilão extremamente bem embasado e coerente com as suas ações, apresentando similaridades com o protagonista mesmo que através de uma visão de mundo distorcida.

Como não poderia ser diferente, Wakanda para Sempre é um filme extremamente emocionante e bem construído, onde além de mostrar os próprios atores lidando com o luto, ajuda ao público a também lidar com a perda de alguém tão querido por todos, mostrando que além de Wakanda, Chadwick Boseman também é para sempre.

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