Locke & Key – Crítica

Locke & Key

Locke & Key

Locke & Key é a nova aposta da Netflix, um de suas séries originais, baseado em um quadrinho de horror, com influencias do consagrado autor H.P Lovecraft, a série aborda temas juvenis com uma visão arrojada, com cenas de forte suspense que deixam você travado no sofá.

Estreou dia 7 de fevereiro, mas acabou passando um pouco despercebida, a principio o nome Locke & Key me trouxe a ideia de que era mais uma série de super heróis da Netflix, e após uma experiencia traumática que eu tive com Punho de Ferro eu estava evitando esse tipo de conteúdo, mas após ouvir alguns amigos comentarem, me interessei pela série, principalmente quando soube que tinha pitadas lovecraftianas, um autor que eu admiro muito. Então resolvi assistir ao piloto com minha esposa e após isso não consegui parar mais, em 2 noites seguidas tinha terminado a série, e acabei de comprar o primeiro volume do HQ, pois fiquei com muita vontade de consumir mais sobre essa trama, ainda bem que a segunda temporada parece que já está confirmada, mal posso esperar para saber mais.

A trama se passa em uma pequena cidade, Matheson, próxima a Boston, onde a família Locke se realoca, após trágicos eventos ocorridos em sua cidade natal. A casa que eles vão morar é uma antiga casa de família, conhecida como Key House, e assim a série começa com uma pegada Stranger Things, mas logo acontece uma reviravolta na trama, onde um elemento mágico é inserido, sussurros são ouvidos pela casa e o jovem Bode Locke (Jackson Robert Scott) é levado até uma das chaves mágicas, escondida, a partir dai a série começa a ter cada vez mais um clima de suspense e um pouco de horror, intercalando com leves cenas divertidas, para quebrar o clima de tensão, e alguns jump scares, muito bem colocados, você fica empolgado com a trama, e quer saber mais sobre a história e os personagens, principalmente Tyler (Connor Jessup) e Kinsey (Emilia Jones) Locke, personagens centrais da trama, infelizmente o destaque negativo fica com a mãe, Nina Locke (Darby Stanchfield) com uma personagem rasa e que não entrega, parecendo mais como uma pequena distração da história principal, e sendo pouco relevante na trama.

A casa e o clima bucólico, principalmente nas cenas que aparecem o mar e a costa rochosa, os corvos gritando ao fundo e o sentimento de desesperança e impotência dos personagens ajudam bastante a construir a atmosfera da série, deixando você o tempo todo tenso e encantado, com a beleza de tudo.

Mas toda história para ser boa precisa de um bom vilão, e ai entra nossa querida “Echo”(Laysla De Oliveira) uma atriz com ascendência brasileira que não somente abrilhanta a série com sua beleza mas também com sua ótima atuação como antagonista. Echo é uma ótima vilã, ela move a trama e deixa você em constante alerta. Se mostrando um real desafio aos protagonistas do começo ao fim, ela é misteriosa, interessante e carismática com ações imprevisíveis e um temperamento acido, ao mesmo tempo que ficamos encantados com ela, temos a sensação de que ela é alguém perigoso e que deve ser temida. Por fim, a série tem alguns problemas de roteiro e direção, em alguns momentos vemos alguns pequenos furos, e outros o descaso dos protagonistas com as chaves me deixou muito tenso e incomodado, no final da série eu estava com várias chaves em mente que foram negligenciadas tanto pelos heróis quanto pelos vilões, o que me deixou bastante chateado, por a série ter sido tão boa e com tanto potencial, espero que na próxima temporada se tenha mais cuidado com isso, talvez um investimento melhor também em efeitos especiais.Mas com certeza é uma série que vale a pena conferir, tem muito potencial de se tornar uma grande série e com uma profundidade de mundo bastante interessante, com a mecânica das chaves sendo melhor explorada, vou conferir as HQs até a 2ª temporada chegar, se você gosta de suspense e/ou curtiu Stranger Things, recomendo você dar uma olhada nela você também.