A análise de Digimon Story Cyber Sleuth: Complete Edition foi feita com uma cópia do jogo para PC (via steam), cedida pela Bandai Namco
Lançado originalmente para PS Vita e posteriormente para o PS4 por volta de março de 2015, a série Cyber Sleuth, da renomada franquia Digimon, fez uma estreia tímida por nossas terras, afinal nem mesmo os desenvolvedores apostavam tanto no mercado ocidental, visto que alguns títulos de Digimon continuaram exclusivos somente no Japão.
Mas a Bandai Nanco decidiu mudar essa visão de sua franquia e trouxe os dois jogos da franquia Cyber Sleuth para os PCs e o Switch, no intitulado Digimon Story Cyber Sleuth: Complete Edition, que além dos dois jogos também traz todas as DLCs. Então, se você não jogou antes, o que pode esperar desse jogo?
Nostalgia
Entretanto, isso aqui é uma análise de Cyber Sleuth, e acredito que sua jogabilidade seja uma versão muito mais evoluída do que foi apresentado em World DS, pois aqui o Digimon também segue o protagonista e temos uma fazenda para criar outros Digimon, e que em Cyber Sleuth podemos ver nossa party batalhando.
O Mundo Digital
Esse é o conceito básico para entender o plot dos dois jogos que vem em Cyber Sleuth: Complete Edition, e acredite o desenvolvimento delas são um tanto lento e complexos de mais para tentar entender inicialmente, pois a grande maioria dos diálogos são somente textos para serem lidos e muitas vezes são desnecessários. Eu mesmo comecei tentando acompanhar cada detalhe da trama, mas fiquei cansado e só lia quando julgava importante. Infelizmente o jogo não teve uma tradução para o português, o que dificulta ainda mais o entendimento da trama.
No primeiro Cyber Sleuth nosso protagonista é atacado por uma misteriosa doença chamada de Síndrome do Éden, e ao se unir a uma detetive que resolve casos do mundo digital devemos entender mais sobre essa nossa doença e impedir que mais pessoas a peguem, além de entender quem são os misteriosos seres que estão causando isso.
Já em Hacker’s Memories a história se passa no mesmo universo e no mesmo momento do jogo principal, mas se trata de eventos diferentes. Nele o protagonista está dentro do Eden e é acusado por um crime que não cometeu, agora ele precisa provar sua inocência antes que seja tarde de mais.
Sobre a duração, pode ter certeza que cada jogo vai ultrapassar as 40 horas, e se você desejar terminar a campanha e upar seus Digimon favoritos ao máximo, além de realizar outras missões secundárias, vai passar muito mais tempo jogando.
A exploração desse mundo digital é um tanto interessante, todas as estruturas dos cenários aparecem em formas de dados que formam prédios, plataformas, paredes etc, apresentando uma variedade de cenários em certas partes da campanha.
A câmera do jogo é travada, e mesmo tendo uma exploração linear que não necessite olhar para todos lados, isso incomoda bastante.
Caindo na Digi-porrada!
Na batalha temos a opção de ataque simples, usar os poderes dos nossos Digimon que gasta a barra de SP, usar itens, fugir ou deixar a partida ir no automático, o que é perfeito para quando você quer somente evoluir seus monstrinhos. Do lado direito da tela de batalha temos a sequência de quem vai atacar, e isso ajuda muito a montar uma boa estratégia, sabendo quando pode ser o melhor momento para deixar de atacar e apelar para algum item que pode aumentar seus tatus, ou seu HP, ou SP.
Os combates são o ponto forte do jogo, mas durante a campanha o seu grau de dificuldade é bastante irregular. Em uma missão enfrentamos Digimon bebês e na outra já estamos encarando Digimon em forma ultimate.
Um lugar bom para testar sua habilidades é no Coliseu, nele temos batalhas off-line que vão começar fáceis, mas que aumenta a dificuldade gradativamente. Aqui você precisará revisar sua estratégia e seu time quando chegar nas partidas mais avançadas. E é um bom lugar para ganhar experiência.
O modo Online conta somente com combates de player v player, é divertido, mas um pouco desbalanceado.
O DigiLab
Existe um lugar onde você pode Digivolver seus monstrinhos, alimentá-los, transferir para locais diferentes, e transformas os dados que você encontrou em Digimon, falo do DigiLab. Seu acesso é um tanto chato de fazer, pois ele estar em pontos determinados do mapa, mas ao chegar lá podemos realizar uma série de coisas já ditas logo acima.
Nesse local podemos escolher as criaturas que irão compor a nossa equipe, mas devemos ter cuidado com o espaço de memória que cada uma dessas criaturas ocupam. Por sorte podemos aumentar esse limite de memória com itens que encontramos pelo cenário. Isso não chega a atrapalhar o gameplay, mas ajuda a pensar melhor qual tipo de Digimon colocar.
Na fazenda podemos colocar os Digimon que não estão na nossa party para subir de nível e treinar certos atributos. Além disso, eles podem procurar casos que se tornam missões secundárias (mas estas são bastante chatas e repetitivas), ou procurar por itens, podendo encontrar equipamentos raros ou objetos que vão valer muito dinheiro! A fazenda tem um limite de até 10 Digimon, mas no decorrer da campanha vamos desbloqueando mais áreas para colocar mais monstrinhos.
E as musiquinhas?
Bem, como de costume em minhas análises eu sempre falo da trilha sonora que ajuda a compor as cenas e os cenários, em Digimon temos isso, mas ela não é tão boa. As canções são repetitivas e curtas, e se repetem em um looping infinito no mapa ou combate.
Considerações Finais
Tenha em mente que Digimon Story Cyber Sleuth: Complete Edition é um jogo do extinto PS Vita, e não um jogo de PC. O título recebeu polimento gráfico para se adequar as novas plataformas (PC e Switch), no computador ele tem até resolução 4k, mas sua jogabilidade é limitada devido ao seu console de origem. Levando isso em conta, eu acredito que para os amantes de RPG e de jogos com essa temática de capturar monstros, Digimon Story Cyber Sleuth: Complete Edition é um prato cheio de diversão.
Sua história é um tanto chata para acompanhar, e a falta do texto em Português diminui o interesse em entender a trama, mas as batalhas contra os Digimon, todo o processo de Digievolução, de treino, e principalmente de nostalgia, fazem valer a pena a compra do título. Sua trilha sonora pode incomodar um pouco, mas nada que vá estragar a experiência.
Desenvolvedor: Media.Vision
Gênero: RPG
Disponível para: PC e Nintendo Switch
Data de lançamento inicial:18 de outubro de 2019