Aprendiz de Espiã – Crítica

My Spy Dave Bautista
  O filme Aprendiz de Espiã, uma comédia leve com o ator Dave Bautista, mais conhecido como o Drax no MCU, é um filme divertido para se ver com a família, mas nada muito profundo, como esperado. Do diretor Peter Segal (Corra que a policia vem aí 33 1/3 o Insulto Final de 94) e dos escritores irmãos Erich e Jon Hoeber consegue entregar uma comédia interessante até para os adultos, com uma história simples mas intrigante.
Sophie e JJ em Aprendiz de Espiã
  O filme começa com uma cena bem interessante, que me lembrou bastante o início do filme 007 Cassino Royale, outra franquia onde Bautista também atuou, apesar de a participação dele ser no Spectre. Ela consegue rapidamente situar o espectador sobre a situação atual de JJ”, um ex-soldado das forças especiais do exército que está tentando fazer carreira na CIA, como agente de inteligência. Seu novo chefe na CIA David Kim (Ken Jeong) o critica por sua falta de finesse em lidar com as situações e lhe coloca em uma missão de apoio com sua nova parceira Bobbi (Kristen Schaal) uma técnica que fica responsável pela parte tecnológica da missão de vigilância a qual ele é alocado, é nessa missão que ele conhece Sophie (Chloe Coleman) uma menina muita esperta que vai ajudar esse soldado a melhorar suas habilidades como agente secreto!
  Com um roteiro simples, que lembra bastante filmes de ação dos anos 90, com o perigo maior envolvendo armas nucleares caindo na mão de negociantes de armas russas. O ator Dave Bautista até se esforça, mas ainda falta um pouco de carisma para fazer melhores atuações em papeis mais sérios, lembrando um pouco ao ator Arnold Schwarzenegger no começo da sua carreira, mas é possível sim ver que sua melhora é gradual. Felizmente a atriz mirim Chloe Coleman consegue entregar uma boa dose de carisma e simpatia e ajuda a segurar o filme. Uma grande surpresa para mim ficou por conta de uma dupla do elenco de apoio, que aparece lá para o meio do filme. Infelizmente o ator Ken Jeong (Se beber não case) tem pouco espaço para brilhar, com sua participação limitada a poucas cenas no início e no fim, o filme sofre um pouco também com a falta de carisma por parte das personagens Bobbi a técnica e Kate (Parisa Fitz-Henley) a mãe de Sophie, o que não chega a estragar o filme, mas com certeza poderia ter sido muito melhor. O vilão entrega pouca tensão, e fica a maior parte do filme sem aparecer, mostrando pouca ameaça aos personagens principais, no final ele acaba entrando em um frenesi, tentando criar um conflito, mas não convence.
Na foto da esquerda para direita, Dave Bautista, Ken Jeong, Parisa Fitz-Henley e Chloe Coleman
  A direção de arte e fotografia não tem nenhum apelo especial, mesmo assim gostei bastante da trilha sonora, principalmente no início do filme, apesar de a mixagem de som deixar um pouco a desejar, a direção não impressiona, mas já não tínhamos muita expectativa com esse filme, então tudo bem.
  No final, um bom filme estilo sessão da tarde, que vale a pena conferir para quem tem filhos pequenos, ou gosta muito do gênero.