Um Lugar Bem Longe Daqui – Crítica

CAPA 2

Um Lugar Bem Longe Daqui é uma adaptação do clássico da literatura americana de mesmo nome, escrito por Delia Owens. O filme é um mistério que conta a história de Kya (Daisy Edgar-Jones), ou “a garota do brejo” como é falada por todos na cidade. A personagem é renegada pela sociedade e acaba virando a única suspeita de um assassinato por conta de uma única evidência não concreta.

Algo que me chamou muito a atenção no filme, logo nos créditos iniciais, foi a grande presença de mulheres nos cargos mais importantes da produção. A diretora Olivia Newman é acompanhada pela roteirista Lucy Alibar, que adaptou o texto também escrito por uma autora. A produção executiva também é composta quase inteira por mulheres, inclusive Reese Whitherspoon.

Confesso que eu não li o livro, mas creio que é por causa dele que o roteiro é tão cheio de detalhes. A mágica de Um Lugar Bem Longe Daqui é justamente essa riqueza de detalhes: personagens complexos com histórias fortes, diálogos cheios de significado e cenários muito minuciosos. Outro detalhe que, para mim, fez toda a diferença foi a delicadeza.

Acredito que ter todas essas mulheres criando esse filme fizeram com que todos os personagens pudessem nos tocar ao menos por um instante. É a delicadeza com todos esses detalhes que nos fazem entender essa personagem à deriva da sociedade.

Se tratando de Daisy Edgar-Jones, eu estou sempre impressionada com o seu trabalho. Ela é uma atriz muito talentosa e nesse filme consegue até interpretar bem o sotaque da Carolina do Norte, considerando que ela é londrina. Outras atuações que me tocaram foram as de Michael Hyatt (Mabel), Sterling Macer Jr. (Jumpin) e Taylor John Smith (Tate), mas no geral esse elenco inteiro muito bem escolhido.

Um Lugar Bem Longe Daqui superou todas as minhas expectativas, e mesmo durante o filme, quando eu achei que tinha entendido como terminaria, me surpreendeu. Estou recomendando para todos os meus amigos e agora para você também, leitor.