Tom Clancy’s The Division 2 – Review

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hugo stories

Há dois ciclos atrás fui responsável por incumbi-los com a análise de The Division 2, infelizmente por imprevistos da vida e de outras missões, não consegui trazer tal análise a tempo. Entretanto, agora ela está entre nós!

Primeiramente quero deixar claro, essa análise é para quem não jogou o primeiro título e pensa se vale a pena investir dinheiro e tempo no jogo. Se você já jogou o primeiro, fique livre para ler também.

O início

Com vocês… Lola, a nova agente da The Division.

The Division 2 começa com você criando seu personagem, as opções de customização são satisfatórias, ainda mais para aqueles jogadores mais exigentes, que gostam de mexer no ângulo e tamanho de alguma parte do rosto.

Depois de criar o personagem (a propósito criei uma agente de nome Lola, mas não consegui colocar o nome já que aparentemente ele é vinculado ao nome da conta, mas no meu coração ela se chamava Lola) já somos jogados no campo de batalha e após os eventos desse prólogo recebemos a ordem de ir para Washington, pois algo aconteceu lá. Chegando na capital, a situação não está boa: o presidente está desaparecido, os sobreviventes passam por necessidades básicas, e muitas gangues rodeiam as ruas.

Toda a história é pano de fundo para justificar o tiroteio do jogo, já que ela nunca é bem explorada, não trazendo personagens e nem eventos marcantes. Caso você deseja saber mais sobre o universo do jogo, busque por documentos, arquivos de áudio, etc.

Para quem não jogou o primeiro The Division, logo após o prólogo tem uma cutscene explicando como a infecção aconteceu, e como ela se espalhou, além de explicar o que é o grupo The Division, tudo de forma bem didática.

Ambientação impecável

Lola após o carnaval

The Division 2 traz uma Washington completamente pós apocalítica com: carros destruídos, lixo para todos os lados, ervas daninhas crescendo por todos os cantos, a natureza tomando conta da selva de pedra que um dia aquela cidade foi.

O mapa possui várias regiões que são separadas por níveis, e para desbravar eu recomendo estar pelo menos um nível acima do recomendado, pois a possibilidade de encontrar inimigos mais fortes e morrer é extremamente alta.

Tu vai morrer

A torreta é a sua melhor amiga

A dificuldade de The Division 2 é bem elevada. Cada tipo de inimigo tem uma forma de agir, e uma inteligência artificial moderada ou elevada, o que vai te obrigar a montar estratégias e subterfúgios para lidar com cada situação. Com o tempo você percebe a maneira como eles se comportam, e passa a notar que existem aqueles que avançam para bater em você, outros que buscam flanquear seu personagem, aqueles que preferem ficar de longe, etc. assim você pode decidir em quem deve dar mais atenção.

Mas não pense que isso vai deixar o jogo mais fácil, já que em cada missão enfrentamos dezenas de inimigos na mesma tela, e nosso HP vai embora rápido se não souber como e onde buscar cobertura. Confesso que achei a dificuldade injusta em certos momentos.

Nossa barra de vida é dividida em duas, a primeira é o nosso colete, e devemos usar um item para regenerá-lo durante o combate, a barra de baixo é o nosso HP e pode ser regenerado se você achar um lugar e descansar no meio do combate… o que é difícil quando existem dez bandidos e um outro de armadura com lança-granadas querendo te matar.

Ao morrer, que com certeza vai acontecer bastante nas suas jogatinas, você volta ao checkpoint sem perder seus itens… pelo menos isso.

Se preparando para o combate

Arrumando a Lola pra sair

The Division 2 chama atenção para seus equipamentos, permitindo que você crie armas únicas e equipamentos que se adequem ao seu estilo de jogo… menos se você gosta de modo stealth, já que isso não existe aqui.

Por ser um looter shooter buscar por itens melhores é a sua principal função, e ele a faz muito bem, a todo momento estamos recebendo alguma coisa, seja ao matar inimigos, realizando missões ou passando de nível.

Corra Lola, corra!

Suas armas e itens de vestimenta tem pontos de status que podem ser alterados se você colocar alguma peça, ou equipar itens da mesma marca em seu personagem.

Para conseguir essas peças você vai precisar de diagramas que são conseguidos após doar uma quantia determinada de itens nos refúgios do jogo e cumprir pequenas tarefas.

AS habilidades são equipamentos que nos auxiliam bastante durante o combate, o jogo nos dá várias opções, mas podemos selecionar apenas duas durante a ação. Para desbloquear as habilidades nós precisamos dos pontos de habilidade que ganhamos ao passar de nível, para poder desbloquear a variação dessas habilidades precisamos de pontos de tecnologia shade, tais pontos são conseguidos no mapa ou realizando missões.

Para quem não conhece muito o gênero, como foi meu caso, pode ficar perdido no início, mas rapidamente você pega o jeito e entende que tudo funciona de forma quase orgânica. Em poucas horas você vai estar andando pelo mapa atrás de itens melhores para o seu personagem.

RPG de tiro

Lola com o dedo coçando para atirar em vagabundo

Muitos não conseguem entender que a série de The Division é um RPG, e por isso os inimigos não vão morrer com um simples tiro na cabeça, mas sim, acertar a cabeça causa mais dano. Se o título apresentasse essa pegada mais “realista” o loot do jogo seria desnecessário, poderíamos terminar a campanha e fazer o pós-game com as armas que começamos no prólogo.

E por se tratar de um RPG aqui temos todas aquelas características básicas do gênero, a procura por itens, status negativos (como por exemplo: o fogo), armadura (que são suas vestimentas), habilidades, o protagonista que não fala (e isso me incomoda de um jeito imensurável, mas faz parte do gênero) e a ação repetitiva, mas com contexto.

Sobre esse último item, The Division 2 pode parecer repetitivo já que suas missões são extensas e difíceis. Elas são divididas em cenários, como por exemplo, chegamos no cenário 1 da fase, matamos a onda de inimigos, avançamos para o cenário 2, matamos os inimigos e por último o terceiro cenário, onde temos mais inimigos com a adição de um deles vestindo uma armadura (que ódio mortal desse cara de armadura!). Basicamente é isso, a mesma mecânica, mas com contextos diferentes.

Modo Online

Buscar cobertura é muito importante

Infelizmente não joguei bastante do principal atrativo de The Division 2. Mas pelo pouco que joguei posso dizer uma coisa: tudo mais fácil e mais divertido, na verdade foram duas coisas!

O jogo apresenta vários atrativos para quem gosta de jogar com em rede (não rede de dormir, mas joguei muito nela também), como um modo de clã com várias missões, e até uma lojinha, temos também a Zona Cega, que funciona como um pvp, onde devemos encontrar itens infectados e mandar para um helicóptero, entre outros modos.

Console Moises

Alguns gráficos demoram para carregar

O jogo foi testado no Playstation 4 normal, e não apresentou quedas de FPS, nem loadings demorados, entretanto a renderização dos gráficos foi um problema. Muitas texturas demoravam vários segundos para carregar, seja durante as cutscenes ou durante o gameplay.

Bugsoft?

Lola like a boss

Durante minhas jogatinas não presenciei nenhum bug, seja ele o famoso bug da torreta que desaparece ou de inimigos presos em paredes ou no chão.

Considerações finais

Lola descansando depois de um longo dia

The Division 2 traz horas de diversão, para você ter uma ideia só a campanha já vai te garantir mais ou menos 30 horas, sem mencionar o pós-game que faz o jogo virar algo completamente novo e te garante ainda mais horas de gameplay; o sistema de equipamento é espetacular e nos apresenta um leque de possibilidades; a ambientação é de encher os olhos.  Entretanto, sua história poderia ser melhor, e seu foco no online deixa a jogatina offline injustamente difícil.

*Este review foi realizado com uma cópia do jogo fornecida pela Ubisoft

Desenvolvedor: Ubisoft
Gênero: Ação, RPG, looter shooter
Disponível para: PlayStation 4, Xbox One, Microsoft Windows
Data de lançamento inicial: 15 de março de 2019

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