Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder’s Revenge – Review

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*Este review foi realizado com uma cópia do jogo disponibilizada pela Dotemu.

Eles voltaram! As Tartarugas Ninjas foram as protagonistas de alguns dos maiores beat ‘em ups dos arcades e consoles na década de 1990; todo mundo que pegou essa fase provavelmente se sente muito órfão desses personagens desde Turtles in Time, o quarto título da série e também o mais popular entre os fãs. Por incrível que pareça, este ano o jogo completa 31 anos de existência e de lá para cá tivemos diversos outros games protagonizados pelas tartarugas, mas nenhum chegou perto de repetir o sucesso dos seus antecessores.

Finalmente chegou um estúdio corajoso o suficiente para desbravar essa fórmula de sucesso e ousar lançar um novo jogo que seja exatamente igual aos títulos mais icônicos dos personagens, mas ainda trazendo coisas novas. A Dotemu é uma publisher que trabalha somente com franquias consagradas (vide Streets of Rage 4, que também foi lançado com seu selo), então quando vi que este jogo estava sob seus cuidados, respirei aliviado. Sob a autoria da Tribute Games, que fez um trabalho soberbo, temos aqui o revival perfeito para essas tartarugas tão queridas.

Estava com saudades

Se você jogou TMNT IV: Turtles in Time, independente de ser a versão de arcade ou do SNES, vai se sentir em casa. TMNT: Shredder’s Revenge é um tributo ao jogo, praticamente uma homenagem do início ao fim, mas sem deixar de lado o fato de ser um título inédito. Tudo aqui faz questão de ser nostálgico até o limite, então mesmo que ainda seja um game atrativo para novatos, é inegável que este é um presente dos grandes para todo fã das tartarugas.

Nem a história disfarça as semelhanças – não só porque a cutscene inicial começa exatamente como em Turtles in Time, com todos assistindo televisão, mas também pelo desenrolar das coisas: Shredder (que por aqui é mais conhecido como Destruidor) coloca em ação mais um plano de dominação global, e qual a melhor forma de se fazer isso? Atacando a Estátua da Liberdade, é claro! Só que ao invés de roubá-la, dessa vez ele tem outras cartas na manga para o maior símbolo de Nova York.

Ao todo contamos com sete personagens jogáveis, sendo as quatro tartarugas, April, Splinter e Casey Jones. Quem escolher jogar com as tartarugas vai notar que os movimentos de cada uma delas são idênticos aos jogos antigos, com alguns adendos como ataques especiais, esquivas e outros golpes que vamos desbloqueando gradativamente. April, Splinter e Casey são as novidades da vez, cada um possuindo seu próprio conjunto de golpes, vantagens e desvantagens. Os personagens se diferenciam de acordo com três atributos base e a parte boa é que é muito legal experimentar todos, então esse acaba sendo um incentivo para rejogar a campanha várias vezes.

Indo além de suas particularidades, o jogo também tem um sistema de evolução que ajuda a nos manter interessados no replay. Cada personagem pode subir de nível individualmente conforme vamos jogando com eles, o que desbloqueia melhorias e novos golpes. Portanto, dá vontade de zerar o jogo com todos, pois acaba sendo recompensador de alguma forma.

Revisitando Nova York

Assim como nos anteriores, a campanha é dividida em fases e dessa vez temos um mapinha muito simpático para “explorar”. Todas as fases homenageiam Turtles in Time de alguma forma, seja no cenário adotado, nos inimigos que enfrentamos ou nos chefes. É praticamente jogar o mesmo título de 1991 pela primeira vez novamente.

O que achei realmente legal é o fato das fases se passarem em diversos lugares famosos de Nova York, desde a Times Square até o Museu de História Natural. O pixel art estupendo dos gráficos também foi essencial na hora de dar vida a esses lugares; tudo é tão bonito, bem detalhado e animado que dá vontade de ficar parado só olhando as coisas acontecendo ao redor. Os visuais dos inimigos e chefes também foram perfeitamente recriados, transmitindo um misto perfeito de nostalgia com a sensação de estarmos enfrentando algo novo.

A campanha conta com 15 fases no total e alguns objetivos paralelos entre elas, que no geral consistem apenas em encontrar alguns personagens escondidos nos cenários e colecionáveis específicos para cada um deles. Não é algo que vá fazer muita diferença no final, mas é uma adição bem-vinda, já que é sempre legal encontrar algum item aleatório escondido embaixo dos objetos quebráveis. As fases não são longas, levando em média de cinco a seis minutos para serem concluídas, então é um jogo curtinho e objetivo como deveria ser.

Já o multiplayer acaba sendo a cerejinha do bolo, assim como era em seus antecessores, mas aqui a Tribute Games teve o cuidado de deixar ainda melhor. Jogar Shredder’s Revenge com um ou mais amigos é bem mais divertido do que parece, principalmente por algumas particularidades exclusivas do co-op, como a possibilidade de combinar ataques entre os personagens. Agora também é possível salvar seu coleguinha quando ele cair em combate, então vai muito além de apenas jogar juntos, pois envolve um certo grau de cooperação entre os jogadores. No modo online, é possível jogar em até seis pessoas simultaneamente e daí vira uma pancadaria generalizada que é a cara deste jogo.

Sem mais, acho que já deu para entender que TMNT: Shredder’s Revenge é simplesmente perfeito naquilo que propõe. É uma revisita a um grande clássico, só que de forma repaginada e com conteúdo inédito, então é impossível não recomendar um jogo destes – especialmente para quem chegou a jogar algum título das Tartarugas Ninjas na época. Você vai se sentir criança de novo!

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