The Last of Us Part II Remastered – Review

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*Este review foi realizado com uma cópia do jogo disponibilizada pela PlayStation Brasil

The Last of Us Part II foi um verdadeiro divisor de águas na indústria de games – mas ame ou odeie, é incontestável que é um jogo de extrema qualidade. Para este que vos fala, ele é perfeito em termos de narrativa, trazendo uma trama de tirar o fôlego, com diversas reviravoltas e com um dos finais mais marcantes que já tive o prazer (ou a tristeza) de ver em um videogame.

Mesmo com tantas qualidades, é fato que ainda é muito cedo para vermos um remaster deste jogo, que lançou originalmente em junho de 2020. Assim como seu antecessor, ele também está recebendo uma versão repaginada no PS5, trazendo visual e desempenho levemente aprimorados, novos modos e diversos extras inéditos. Neste review, vamos focar apenas no que esta versão tem de novo, então continue a leitura para descobrir se realmente vale a pena investir neste título uma vez mais.

Melhorias visuais

The Last of Us Part II já era muito bonito no PS4, então é fato que as diferenças deste remaster são mínimas. A Naughty Dog priorizou apenas um upgrade na resolução e no framerate, trazendo três alternativas para os jogadores – mas que na prática, pode ser reduzida a apenas uma, dependendo do modelo da sua TV.

A primeira seria o modo fidelidade, que traz resolução em 4K nativo com 30fps. A segunda seria o modo desempenho, com 60fps constantes e resolução em 1440p. Por fim, temos o modo de framerate dinâmico, que pode ultrapassar os 60fps, caso sua TV seja compatível com a tecnologia.

Dito isso, só é possível usufruir da qualidade real de dois desses modos com TVs avançadas, que sejam compatíveis com resolução 4K e 120fps. Do contrário, somente o modo desempenho funciona normalmente e, sinceramente, já está de bom tamanho. A resolução mínima é maior que os 1080p do PS4 e qualquer coisa em 60fps já fica mil vezes melhor.

Modos inéditos

The Last of Us Part II Remastered conta com três modos inéditos: Sem Volta, Guitar Free Play e Speedrun. O primeiro é o destaque da seleção, consistindo em uma jornada roguelike com elementos inspirados no modo Mercenários da franquia Resident Evil. Você escolhe um personagem e sai enfrentando várias hordas de inimigos em mapas aleatórios, até enfrentar um chefe no final.

Aqui temos a possibilidade de escolher o próximo mapa que enfrentaremos e, assim como de costume no gênero, vamos escolhendo alguns upgrades para avançar na jornada. A morte é definitiva, então ao morrer perde-se todo o progresso. O modo é interessante e estende razoavelmente o tempo de jogatina, mas acaba perdendo a graça uma vez que já tivermos liberado todos os personagens. No geral, é muito básico e repetitivo.

Já o Guitar Free Play é apenas o mesmo minigame de tocar violão da campanha, porém de forma infinita para você solar à vontade. Por fim, o Speedrun incentiva os jogadores a zerar a campanha no menor tempo possível, competindo com pessoas de todo o mundo em um ranking global. Novamente, mais dois modos extremamente básicos que não agregam novidades de peso no pacote.

Bastidores

O que achei mais legal nesta nova versão de The Last of Us Part II foram os extras, que adicionam diversas histórias de bastidores e curiosidades sobre o desenvolvimento do game. O destaque aqui é o Níveis Perdidos (Lost Levels), que possibilita jogar três fases que foram cortadas da campanha original – tudo recheado com comentários dos devs e do próprio Neil Druckmann. É muito legal poder jogar essas fases ao mesmo tempo que entende o motivo delas terem sido removidas do conteúdo final.

Não é sempre que vemos bastidores sendo compartilhados abertamente nos jogos que jogamos, então recomendo apreciar cada detalhezinho desses extras. Minha única crítica é referente aos podcasts disponíveis neles, que trazem várias conversas com os devs e o elenco, mas estão totalmente em inglês e sem legendas. Quem não entende o idioma não conseguirá usufruir nada dessa parte, infelizmente.

Dito isso, o veredito agora depende unicamente da opinião pessoal de cada um. Para quem não jogou o game no PS4, essa é definitivamente a melhor forma de experienciá-lo – principalmente porque não está sendo vendido a preço cheio, então se for a sua primeira vez, com certeza é um bom negócio.

Para quem já jogou antes e possui a versão digital de PS4, ainda é possível obter todo o conteúdo novo em um upgrade que custa R$ 50. Acho que acaba valendo mais a pena para aqueles que desejam rejogar a campanha, pois o conteúdo novo não consegue prender por muito tempo. Ainda assim, é um precinho bem digno para nos despedir de vez dessa trágica história de amor e vingança.