Review: Transformers: O Último Cavaleiro

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[review_summary rating_label=”7.0″ positives=”Bons efeitos especiais
Muitas explosões
Grande exploração do universo dos robôs” negatives=”Enredo confuso e clichê
Pouco foco no vilão principal
Mais do mesmo”][rating title=”História” value=”6.5″]
[rating title=”Atuação” value=”8.0″]
[rating title=”Efeitos Especiais” value=”9.0″]
[rating title=”Trilha Sonora” value=”7.0″][/review_summary]

Já faz uma década que Michael Bay reinventou o universo dos famosos carros que viram robôs, febre nos anos 80 e 90. A franquia Transformers já passou por muita coisa nesses dez anos de existência como blockbuster e o maior desafio da equipe criativa foi manter o interesse dos fãs por tanto tempo, o que realmente não é uma tarefa tão simples.

Transformers: O Último Cavaleiro é o quinto capítulo da saga, que ao que tudo indica, está muito longe de acabar. Muitos estão questionando se o filme realmente vale o ingresso ou se é só mais uma tentativa desesperada de arrancar dinheiro dos fãs usando nomes já consagrados da indústria cinematográfica. Temos que ter em mente que o filme foi feito para os fãs, aqueles que não simpatizaram com nenhum dos filmes anteriores permanecerão com sua opinião intacta porque, querendo ou não, o longa é mais do mesmo.

O protagonista continua sendo Cade Yeager (Mark Wahlberg), o humano perseguido pelo governo que luta em prol dos Autobots para que um dia o nosso mundo aceite os robôs de braços abertos. Junto a ele há a revelação, Izabella (Isabela Moner), uma garota órfã muito determinada com a causa dos Autobots que prova o seu valor mostrando ser uma exímia mecânica, assim como outros grandes aliados, dentre eles Vivian Wembley (Laura Haddock), que possivelmente será a nova Megan Fox da franquia, Sir Edmund Burton (Anthony Hopkins) e o retorno do Major William Lennox (Josh Duhamel). A trama aborda toda uma mitologia que envolve Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda. Nesse universo, os cavaleiros eram acompanhados de Autobots ancestrais e descobriremos mais a respeito da entidade que se julga a criadora de Cybertron, onde um artefato místico lhe foi roubado e tal entidade está disposta a recuperá-lo custe o que custar.

O marketing do filme foi construído a partir da troca de lado do líder dos Autobots, Optimus Prime, que até então acreditávamos ser incorruptível, e também da nova personagem Izabella, que promete representar muito bem o girlpower na franquia Transformers. Agora chegamos à pergunta que não quer calar: o longa cumpriu tudo que foi prometido nessas campanhas de publicidade?

O enredo do filme muitas vezes se torna confuso e com pouco foco. Em certos momentos, alguns personagens são apresentados com tanta ênfase que achamos que eles terão um peso considerável na história, mas acabam sendo pouco explorados ao longo da narrativa. O filme também carece de cenas mais descontraídas entre os Autobots, pois em quase todas elas o grupo dos mocinhos aparecem apenas para lutar, o que parece ser o único objetivo deles nesse título, deixando tudo rápido demais e com pouca profundidade. O que não falta em tudo isso são as explosões, como já podíamos esperar do nosso amigo Michael Bay.

O vilão principal permanece do início ao fim sendo um grande problema. Já estamos acostumados com Megatron e sua equipe de Decepticons, mas aqui tudo é muito momentâneo: ora os vilões são os Decepticons, ora Optimus Prime, ora a entidade criadora de Cybertron. Apesar de Isabela Moner ter provado seu valor em demonstrar que tem toda a capacidade para protagonizar um filme da série, o seu poder feminino fica limitado apenas a primeira parte do filme em que todos os holofotes estão nela. Depois disso, o rumo da história volta a girar em torno de Cade e a garota é deixada de lado junto com toda a equipe de Autobots, o que acaba tirando o interesse do telespectador sobre a personagem com o passar do longa e, de certa forma, diminuindo sua importância no enredo.

De uma forma geral, podemos dizer que Transformers luta muito para permanecer como um dos títulos com bilheterias estrondosas, mas já é uma formula muito previsível e que precisa ser renovada logo caso os produtores desejem que o interesse dos fãs pelos filmes permaneça e ainda que consiga angariar novos fãs. A franquia não carece de personagens bons e consagrados, então o potencial permanece o mesmo a cada produção, mas se você procura algo realmente inovador e incrível no novo Transformers, não crie muitas expectativas; como foi dito anteriormente nesse artigo, Transformers: O Último Cavaleiro é um filme feito para os fãs e se você gostou de todos os quatro anteriores, muito provavelmente gostará desse também.

Transformers: O Último Cavaleiro chega aos cinemas no dia 20 de julho.