Review | Seven: The Days Long Gone

Seven The Days Long Gone Banner 6
[review_summary positives=”Universo interessante” negatives=”Instabilidade
Poluição visual
Jogabilidade travada
Tutorial pobre
Outros”][rating title=”Gráfico” value=”5″]
[rating title=”Jogabilidade” value=”5″]
[rating title=”Desafio” value=”5″]
[rating title=”Trilha Sonora” value=”5″]
[rating title=”Diversão” value=”4″][/review_summary]

Em Seven: The Days Long Gone, RPG de ação desenvolvido pelas desenvolvedoras indies Fool’s Theory e IMGN.PRO, controlamos o ladrão Teriel, que após um roubo terminar de forma inesperada, ele acaba com um demônio, Atanak, em sua cabeça e  a caminho da ilha-prisão, chamada de Peh. Para sobreviver, Teriel terá a ajuda de Atanak, onde passarão por alguns apuros, se envolvendo em uma rede de mentiras e conspirações!

Quero ser épico!

Bem, se você achou essa sinopse no mínimo interessante, saiba que ela para por aí. O jogo apresenta um conflito religioso, até que promissor, e um universo bastante curioso, com missões que incentivam a exploração. Porém, tudo acontece de maneira rápida e sem muita explicação. Uma hora você é apenas um ladrão experiente, na outra já tem que salvar o mundo. A história quis ser épica, mas seu desenvolvimento é pobre, não há personagens marcantes, ou até carismático.

Vamos explorar… ou será que não? 

O jogo tem um mapa de tamanho honesto para ser explorado, já que podemos encontrar  novos poderes, missões extras, diagramas para fabricação de itens que podem potencializar nossas armas e vestimentas. E por se tratar de um universo pós-apocalíptico e cyberpunk, com certeza vale a pena explorar cada canto da ilha. Aqui eles conseguiram misturar bem a decadência de um universo pós-guerra, com a tecnologia e luzes  já conhecidas do gênero cyberpunk.

Porém, o jogo apresenta uma poluição visual que atrapalha. Sua câmera isométrica compromete a jogabilidade em diversos momentos, como quando estamos em um cenário com muitos relevos e cheios de personagens. O parkour de Teriel é problemático, e não parece um movimento um orgânico.

A fabricação de itens e o ganho de habilidades também passam batido. Primeiro porque o jogo não explica como aquilo deve ser feito; e segundo, são desnecessárias, eu zerei o jogo sem precisar melhorar nenhum equipamento e usando apenas uma habilidade!

A exploração também peca no seguinte, Fast Travel! O mapa tem um tamanho honesto (como dito acima), porém ter que andar nele é cansativo. Pensando nisso, o jogo disponibiliza as viagens rápidas. Você só precisa invadir uma base de segurança e hackear o sistema, simples, mas como fazer isso com um mapa que não te auxilia, e com inimigos que uma hora são os soldados mais inteligentes do mundo e também os mais burros? Veja bem: você passa do lado deles, abaixado, fora do campo de visão, eles não vão te ver, mas se você plantar uma armadilha (sem ninguém por perto), se esconder, e alguém cair nela, pronto, você rapidamente é encontrado (mesmo se estiver vestido igual a eles). Então muitas vezes hackear o sistema para liberar a viagem rápida poderá ser uma tarefa que demandará muito tempo, e tempo esse que poderia ser gasto andando (e para alguém que deveria ser ágil Teriel é bem devagarzinho).

Como é que isso funciona?

Design

O design dos personagens são feios e bagunçados, com certeza é algo que poderia ser melhor trabalhado. Porém, se o jogo erra no design dos personagens, ele acerta coma a ambientação, os gráficos dos cenários não são um esplendor, mas cumprem com a proposta do jogo e estão longe de serem ruins. Fico imaginando os criadores quebrando a cabeça atrás de referências para criar uma ilha um tanto singular. Pena que a câmera isométrica e a queda de frames atrapalham a exploração.

Suas definições de beleza foram desatualizadas!

Pois é…

As desenvolvedoras de Seven: The Days Long Gone ainda são estreantes no mercado, mas não é por isso que devemos aceitar menos e deixar os erros graves passarem. Tenho a impressão de que o título foi lançado de forma apressada, o que não faz sentido, já que não era um lançamento aguardado. Mesmo que lancem atualizações para corrigir os erros e instabilidades de fps, a primeira impressão é a que fica.

Com mais tempo de produção, para melhorar um pouco a história e polir melhor o jogo Seven: The Days Long Gone poderia ter sindo uma excelente surpresa, mas é apenas um jogo que teve boas ideias e uma péssima execução.

O título já está disponível na steam.