Resident Evil 2 e 3 (PS5) – Review

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Três anos se passaram desde o lançamento do remake de Resident Evil 2 e adivinha? Ele continua incrível e, agora, mais crocante do que nunca na nova geração de consoles. Já o remake do 3 infelizmente segue com os mesmos problemas de antes, mas ainda não é de se jogar fora e, na nova geração, está trazendo uma experiência mais satisfatória que nos consoles anteriores.

Os dois remakes da era de ouro de Resident Evil receberam upgrades gráficos e de performance no PS5 e Xbox Series, trazendo aquelas configurações que já estamos bastante familiarizados: ray tracing e texturas insanas em troca de framerate inconstante ou framerate ilimitado em troca de gráficos mais simples. De qualquer modo, estaremos bem servidos e experienciando dois grandes jogos em sua melhor forma, então prepare-se para passar muito medo em 4K!

Mais bonito e mais mórbido

Nós já analisamos cada um dos remakes individualmente em seus respectivos lançamentos, então este texto vai focar apenas nas melhorias que as versões da nova geração receberam – e é claro, não deixe de conferir nossos reviews originais de Resident Evil 2 e Resident Evil 3.

A RE Engine é indiscutivelmente uma das melhores engines da atualidade e não fica muito atrás de nenhuma outra. Os gráficos dos dois jogos no PS4 e Xbox One já eram impressionantes o bastante, então pelo menos para mim, só faltava um desempenho melhor para dar um dinamismo mais legal a todo aquele climinha gostoso de zumbis no escuro e Nemesis fungando no nosso cangote.

Ambos os jogos contam com a possibilidade de jogar com ray tracing dinâmico ou framerate ilimitado, podendo alcançar até 120fps. A boa notícia é que, diferente de outros jogos que rodam nas mesmas plataformas, você não precisa jogar em 30fps para curtir o ray tracing. Os jogos rodam nativamente em 60fps mesmo com a tecnologia ativada, então essa é a menor taxa de quadros que você vai obter aqui… quer dizer, quase.

O combo de ray tracing e 60fps gera algumas instabilidades mínimas. Na maior parte do tempo o framerate é constante, mas quando o bendito do ray tracing aparece, pode cair um pouco, mas nada que vá prejudicar a experiência. Por outro lado, quem não tem um monitor compatível com 120fps nem sequer poderá alterar o modo de jogo, então essa provavelmente será a única forma de jogar para muita gente – e convenhamos, já está bom demais, não é?

Mais rápido do que nunca

As novas versões também contam com loadings infinitamente mais rápidos, graças ao SSD dos consoles. É realmente impressionante, pois você praticamente pula do menu direto para o jogo (nem dá tempo de preparar o coraçãozinho antes). Quem for jogar no PS5 ainda terá o recurso exclusivo dos gatilhos adaptativos, que foram explorados muito timidamente. Até dá para sentir um peso diferente ao atirar com armas pequenas ou de médio porte, mas não é nada tão requintado como já vimos em outros jogos.

Por fim, a última mudança é a adição do áudio 3D, que só funciona adequadamente com um headset dos bons ou um sistema de home theater, então tá aí outro recurso que se limita a quem tem os acessórios certos. Quem já tem o jogo em mídia física ou digital no PS4 ou XONE poderá fazer um upgrade sem custo para a nova geração, e o melhor: se você já platinou a versão anterior, basta carregar seu save no PS5 para conseguir uma nova platina na faixa, sem nenhum esforço.

Sem mais, é até fácil dizer que vale mais a pena jogar Resident Evil 2 e 3 no PS5 e Xbox Series do que nos seus antecessores. São exatamente os mesmos jogos, só que mais bonitos e fluidos, então o que já era bom ficou ainda melhor – e mais assustador, diga-se de passagem.