Red Faction Guerrilla Re-Mars-tered (Nintendo Switch) – Review

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Red Faction Guerrilla já está completando uma década de existência e é vivendo do sucesso do passado que a THQ Nordic está trazendo novamente a versão remasterizada do ápice da franquia, dessa vez para o Nintendo Switch.

Lançado em 2009 para PS3, Xbox 360 e PC, Red Faction Guerrilla foi referência em mecânicas de destruição e de jogos em mundo aberto. Em uma época onde os games sandbox estavam começando a virar tendência, a Volition conseguiu trazer uma experiência sólida e satisfatória, que se mostrou eficaz até hoje, com o lançamento da versão Re-Mars-tered em 2018. Agora resta saber se tudo que ele oferece foi adaptado com sucesso para o Nintendo Switch.

Revolução interplanetária

O jogo conta a história de Alec Mason, um homem que se muda para Marte buscando oportunidades de trabalho no ramo da mineração. Os humanos colonizaram Marte por completo e hoje vivem sob o domínio da EDF (Earth Defense Force), uma força militar opressora e autoritária que tornam a vida dos residentes de Marte muito mais difícil.

Logo, Alec se vê envolvido com a Red Faction, uma milícia rebelde que luta contra os abusos da EDF, adotando como sua nova missão desestabilizar o poder da EDF do planeta e tornar Marte um lugar próspero para os humanos viverem.

O maior aperitivo de Red Faction Guerrilla é a destruição. A narrativa é mínima e tudo é focado na realização de missões da história, missões secundárias e outras atividades voltadas para destruição de bases e edifícios da EDF ou combater seus soldados diretamente. Tudo isso recompensa o jogador com engrenagens, que servem para dar upgrades no personagem, e moral com seus companheiros de milícia.

A variedade de armas e outras coisas que podemos usar para destruição é vasta. Bombas, veículos, armas de fogo e tudo que pode ser usado para causar estrago fazem parte do seu arsenal. É divertido levar essa rotina de caos até certo ponto, afinal, após um tempo é notável que isso é tudo que o jogo oferece, se tornando enjoativo.

O mapa é bem grande pra sua época, mas hoje não é tão vasto, se comparado a outros jogos mais recentes. Contando com cinco províncias diferentes, logo tudo se torna arrastado demais devido à falta de variedade nas missões e atividades paralelas.

Elevando a dificuldade

O desempenho no Switch está elogiável. O jogo roda constantemente em 30 fps (frames por segundo) e os gráficos não estão tão serrilhados quanto os ports do console costumam ficar. O downgrade gráfico é notável, se comparado com a remasterização das demais plataformas, mas ainda assim está bom para os padrões e limitações do Switch.

O que acabou deixando a desejar são os controles, que são confusos e nada práticos. O movimento da câmera e da mira é muito rápido, mesmo deixando a sensibilidade no mínimo, o que dificulta muito quando precisamos de uma mira mais precisa em combate.

A própria mira é outro ponto negativo. Ao invés de mirarmos com o gatilho esquerdo e atirarmos com o direito, como de costume em qualquer jogo, o gatilho esquerdo apenas golpeia fisicamente com a arma, enquanto o direito atira. Para entrar no modo de mira, é preciso pressionar o analógico direito, o que atrapalha demais caso esteja jogando no modo portátil. Tudo isso torna o combate desnecessariamente complicado demais neste port de Switch.

Red Faction Guerrilla Re-Mars-tered é um título que envelheceu bem e consegue ser interessante até hoje, mas sua fórmula repetitiva e seus controles ruins na versão de Switch podem ser fatores que afastem alguns jogadores muito rápido. Ainda assim, com respeito a desempenho, é um dos melhores ports de AAA que desembarcaram no console da Nintendo.