Mesmo com o jogo sendo lançado originalmente há 2 anos, somente em 2019 ele recebeu a versão “Game of the YoRHa Edition”, e por isso decidimos trazer a análise desse incrível jogo.
Robôs e Androids
A Terra foi invadida por estranhos robôs alienígenas, a humanidade tentou se defender como pôde, mas para evitar a extinção os poucos sobreviventes da invasão foram para uma base na lua. Nessa base os humanos criaram androids com o intuito de investigar a Terra, matar os robôs alienígenas e trazer a população de volta ao seu planeta natal.
No jogo controlamos 2B, uma android mortal, séria e altamente disciplinada, algo bem diferente de seu parceiro o 9S, um android um pouco mais humorado e sentimental. Com o decorrer da trama, somos apresentados ao rico universo de Nier: Automata, e a uma trama cheia de surpresas e conspirações, já que muitos robôs alienígenas demonstram sentimentos e alguns são muito parecidos com os androids criados pelos humanos.
Entretanto, parte dessa trama mirabolante será perdida para a grande maioria do público, visto que o jogo não tem dublagem ou mesmo legendas em português, e esta última seria algo que poderia ser facilmente adicionada na versão Game of the YoRHa Edition, mas não foi.
A trama é tão complexa que possui 26 finais, mas apenas 5 são oficiais. E o jogo influência que você faça um replay, já que ao terminar as pouco mais de 20 horas da história principal, ele te oferece uma nova opção de “new game” com mais desafios, cutscenes e personagens.
Jogabilidade Frenética
A jogabilidade de Nier: Automata são elogios a parte. A PlatinumGames, desenvolvedora do jogo e criadora de Metal Gear Rising, Bayonetta, Vanquish e outros, conseguiu deixar sua marca já registrada no mercado: lutas frenéticas, alucinantes e cheias de combos.
Não se engane, por mais que o título seja um hack and slash, ele também é um RPG, e esse outro gênero pesa ainda mais. Aqui matamos inimigos e realizamos missões para passar de nível, ficando mais forte e podendo usar novas armas (que podem ser encontradas no mapa, ou compradas nas lojas do jogo).
O combate flui bem, e requer uma boa maestria na arte da esquiva. Os combos permitem misturar uma série de armas, criando momentos épicos e de encher os olhos. 2B só pode atacar corpo-à-corpo, para os ataques a longa distância temos o nosso Pod, um pequeno robô que além de ajudar nos combates nos informa sobre a localização de algum item, inimigo, entre outras funções.
Achou que hack and slash e RPG eram os únicos gêneros presentes no título, bem, saiba que ainda existem mais dois: o famigerado metroidvânia é encontrado levemente por aqui, já que começamos com o mapa todo liberado para exploração, exceto por algumas partes que são desbloqueadas ao avançar da história, mas que podem ser revisitadas várias vezes, o mapa poderia ser melhor desenvolvido para melhorar a exploração; e o outro gênero seria o bullet hell, quando estamos no nosso mecha, ou enfrentando inimigos armados o jogo se transforma em uma explosão de tiros, mas nada que assuste aqueles que não estão acostumados com o gênero, basta apenas dominar a arte da esquiva.
Saiba que Nier: Automata é um jogo difícil, e isso foi base do seu marketing na época de seu lançamento. Quando jogamos online encontramos corpos de outros jogadores, e neles encontramos mensagens deixadas por eles. Com os cadáveres dos androids podemos reanimá-los para serem nossos aliados, ou pegar dinheiro, itens e xp. Ao morremos, e acredite isso vai acontecer bastante, perdemos itens e dinheiro, por isso salve sempre que possível.
Equipe-se Para Sobreviver
Suas armas são fundamentais para sobreviver, e o jogo permite que você possa evolui-las, claro que por um certo preço e certos itens. Também podemos equipar nosso Pod, adicionando novos ataques e novas funções.
O jogo possui um sistema de nível que te permite usar armas mais fortes, entretanto ao passar de nível você não aumenta seus status. Para aumentá-los você vai precisar equipar chips, mas existe um espaço limitado para isso, por isso escolha bem o que quer aperfeiçoar em sua 2B.
Nier: Automata é um jogo difícil, por isso no modo easy o jogo libera uma série de Chips que faz 2B atacar e esquivar sozinha, algo que só os noobs vão utilizar… não é mesmo, Leo?
Trilha sonora
A trilha sonora é espetacular. Ela consegue ser calma quando precisa, intensa em momentos tensos e épicas em batalhas contra minions e chefes. Não foi atoa que o jogo recebeu o prêmio do Game Awards de melhor trilha sonora, no ano de seu lançamento.
Cada área do mapa possui sua trilha musical distinta, e a minha favorita é a dos refugiados que toca assim que os encontramos no início do jogo.
Considerações Finais
Dizem que quando um jogo quer ser muita coisa, ele acaba que se torna nada. Isso não se aplica ao Nier, um Hhack and slash, com RPG (ou o contrário), com bullet hell e elementos de metroidvânia, onde essa mistura toda resulta em um jogo épico e divertido. A história mirabolante, com os típicos exageros orientais, traz um bom ritmo e instiga a saber mais, principalmente perto de seu final.
Vale lembrar que a edição Game of the YoRHa traz o jogo principal, quatro designs para seu Pod, a Machine Mask e a expansão DLC 3C3C1D119440927 – lançada em maio de 2017.
*Este review foi realizado com uma cópia do jogo fornecida pela Square Japan
Desenvolvedor: PlatinumGames
Gênero: hack and slash, RPG, bullet hell
Disponível para: PlayStation 4, Microsoft Windows
Data de lançamento inicial: 17 de março de 2019
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