Mortal Kombat 11 – Review

mk 11 scorpion

Mortal Kombat 11 foi anunciado há alguns meses, e no mesmo dia de seu anúncio vimos o seu gameplay onde já podíamos ver as novas mecânicas de combate… quero dizer kombate, a nova hud e design de alguns personagens. Com o tempo mais materiais foram sendo divulgados, entre eles a sua história que contaria com viagens no tempo, unindo passado e presente para lutar pelo futuro, pois Kronika, a grande vilã do jogo, quer reescrever a história, já que Raiden acabou com o equilíbrio do bem e do mal.

Mais bonito e mais violento!

Mortal Kombat 11 apresenta os gráficos mais bonitos já vistos em um jogo de luta. O nível de detalhe vai desde o design dos personagens até o cenário e seus diversos elementos. Tamanha beleza gráfica deixou a violência do jogo ainda mais acentuada, já que os desenvolvedores apelaram para o realismo durante as expressões faciais, o que em muitos momentos me fez virar o rosto para não ver uma lança perfurando a cabeça da minha linda Cassie Cage.

O que ajuda nesse aumento da violência também são suas cores mais saturadas, as cores quentes tem tons bem fortes o que deixa o sangue cenário e dos personagens ainda mais apelativos.

Bastante violência, criatividade e gore são encontrados nos Fatallities que estão ainda mais brutais!

Seu estilo gráfico lembra o de Injustice 2, porém é superior, o que é de surpreender já que o jogo utiliza uma versão customizada da Unreal Engine 3, mesmo com a Unreal Engine 4  estabilizada no mercado.

Melhor história da trilogia

A trama de Mortal Kombat 11 se passa logo após o final de Mortal Kombat X. Como dito acima, Raiden acaba com o equilíbrio entre o bem e o mal, fazendo Krônica reiniciar a história, entretanto ela ira reescrever o passado excluindo Raiden e outros personagens importantes para trazer o equilíbrio de volta. Ao começar a mexer no tempo, ela acaba trazendo vários heróis e vilões da série, os heróis devem impedi-la, já os vilões devem protege-la enquanto ela realiza a tarefa.

Aqui temos a melhor história apresentada nessa nova trilogia de Mortal Kombat, com vários momentos marcantes como a luta entre Kotal Kahn e Shao Kahn, os heróis do passado descobrindo que se tornaram espectros no futuro, os heróis mais velhos encontrando suas versões mais novas, rendendo momentos hilários como é o caso de Johnny Cage, entre outros acontecimentos que vão ser importantes para o andamento da franquia.

A viagem no tempo tem suas regras, como por exemplo se o “eu” do passado morrer, o do futuro desaparecerá, mas tal faceta do roteiro traz pequenos furos, entretanto não é nada que estrague a experiência.

SPOILER!!!! quero deixar claro que o final é decepcionante SPOILER!!!

Novo Kombate

Prepare-se para conhecer o jogo mais competitivo de toda a série! A mecânica de Mortal Kombat 11 deixa cada personagem com sua identidade própria de luta, é nítida a diferença de velocidade e força entre eles.

O famoso Raio-X, grande novidade inserida no MK9, agora é apenas um leve atrativo ao aplicar um golpe especial, mas sua animação foi reduzida a apenas um movimento. O que se destaca é o Fatal Blow, movimento que tem a opção de ser ativado quando seu personagem está com pouca vida, ao ativá-lo o lutador realiza um ataque especial extremamente violento e sanguinário, o Fatal Blow de vários personagens fazem o antigo Raio-X parecer uma deliciosa manhã de domingo, tomando Nescau com Telletubbies na tv. Por ser extremamente apelativo e permitindo ao usuário virar as partidas, ou até mesmo ganhá-las, essa técnica só pode ser utilizada uma vez na luta, então saiba a hora certa de utilizar!

Outra novidade que temos são as barras de defesa e ataque, elemento emprestado de Injustice 2 vem para MK 11, mas com suas peculiaridades. A barra de ataque permite você aumentar a duração de seus combos, já a de defesa te dá a possibilidade de esquivar ou de se defender de certos golpes. Ao realizar tais movimentos a barra é diminuída, mas volta a crescer automaticamente.

Por apresentar um combate mais estratégico o ritmo das lutas é mais lento que os jogos antigos, entretanto tudo está perfeitamente equilibrado e não irá incomodar os jogadores da franquia.

Caso não consiga aprender as novas mecânicas o jogo apresenta um tutorial extremamente didático, ensinando até mesmo o frame certo para realizar a ação contra o oponente, mostrando o esmero dos desenvolvedores até mesmo em algo que é renegado por outras empresas.

As Kriptas

Se você achava as launch box de Injustice 2 um caça-níquel, eu te apresento as Kriptas de Mortal Kombat 11. Mas primeiro, vamos falar da customização. O jogo tem sim vários itens para customizar seus personagens, podendo até mesmo colocar algum equipamento nesse item que irá melhorar algum atributo, mas tal upgrade vale apenas para os modos “offline” de jogo. Muitos itens são liberados ao realizar a campanha e as torres, mas boa parte deve ser adquirida nas Kriptas.

As Kriptas é um modo de jogo onde exploramos a ilha de Shan-Tsung, por isso prepare-se para um cenário nostálgico, cheio de referências ao MK9, e com alguns puzzles para serem resolvidos. O que importa é que aqui abrimos baús, para isso precisamos das diversas moedas que o jogo nos oferece, e acredite muitos baús não são baratos. Ao abri-los você pode desbloquear itens consumíveis que auxiliam nos combates nas torres, mas apenas “offline”, artes conceituais, músicas, ícones, artes conceituais, consumíveis, artes conceituais, músicas, um item para equipar o personagem, artes conceituais e talvez uma skin. Ou seja, passamos horas lutando, juntando dinheiro para gastar em umas lunch box que dão muitos itens sem importância para a jogabilidade de modo geral, e ganhamos poucas peças para customizar nosso personagem. Acredite, é praticamente impossível liberar tudo o que tem no jogo, porque é impossível ganhar várias peças de customização.

Embora apresente muitas opções de customização, o jogo parece querer dificultar o desbloqueio de peças para fazer o jogador comprar o dinheiro do jogo com dinheiro real e assim abrir mais baús. Em Injustice 2 tínhamos as launch box, mas com a certeza de que teríamos peças e não uma série de ícones e artes conceituais.

O modo Online e Offline

O título apresenta seus modos clássicos de luta, adicionando agora As Torres do Destino, uma torre normal porém com certos desafios que acontecem nas lutas dificultando sua vitória, aqui os consumíveis devem ser bem utilizados.

O que chama a atenção é que todos os modos de jogo precisam de conexão com a internet, exceto a luta-única e o torneio. Não consegui terminar nenhuma torre porque perdia a conexão com o servidor do jogo o tempo inteiro.

Não faz sentido deixarem as torres dependentes da conexão com a internet, e ainda mais com servidores ruins, nos outros jogos não era assim.

Considerações finais

Com uma trama de destaque, MK11 traz um gameplay balanceado e extremamente competitivo, mas que está disposto a divertir e entreter os jogadores mais hardcore até os novatos e casuais. A customização de personagens apresenta muitas opções, mas a dificuldade em desbloqueá-las pode desanimar alguns jogadores.

*Este review foi realizado com uma cópia do jogo de PS4  fornecida pela Warner Games

Desenvolvedor: NetherRealm Studios, QLOC, Shiver
Gênero: Luta
Disponível para: PlayStation 4, Microsoft Windows, família Xbox One e Nintendo Switch
Data de lançamento inicial:  23 de abril de 2019

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