Máquinas Mortais – Crítica

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Durante os primeiros minutos de Máquinas Mortais, eu estava maravilhado em ver algo que nunca tinha visto nos cinemas. Estamos em um mundo pós-apocalíptico, a Terra tendo sido devastada por uma “guerra de 60 minutos”, que criou uma paisagem devastada. Mas a terra é ocupada por cidades em movimento, “cidades de tração”, que de alguma forma prenderam rodas de tanques embaixo delas, e agora se agarram de maneira sinistra e predatória. Temos uma perseguição entre uma grande cidade e uma pequena cidade mineradora que tinha em mãos recursos para sua sobrevivência, a grande cidade é Londres, ela literalmente “engole” cidades menores para obter seus recursos e transformar os moradores em mão de obra barata.

Isso tudo é realmente muito interessante ate aqui, basicamente são cidades piratas, diferentes de um grande navio no mar, mas sim com uma enorme cidade montada como se fosse um tanque, com diversos prédios e pessoas em cima dele, é de encher os olhos ver uma cidade perseguindo a outra, eu realmente estava preocupado como seriam esse tipo de cena, mas acabou tendo um resultado muito agradável e impressionante.

Depois da impressionante cena inicial, Máquinas Mortais começa a decair quando começa a contar sua história. Desajeitado e desafortunado, Tom Natsworthy (Robert Sheehan) é um aprendiz no Museu de Londres, especializado na tecnologia dos “antigos” – em outras palavras, nós. Seus talentos atraem a atenção do imperioso Thaddeus Valentine (Hugo Weaving), uma figura de autoridade vagamente populista com um interesse incomum em colecionar drives e eletrodomésticos do século 21 enferrujados. Os dois logo se encontram juntos nas entranhas da cidade de rodas, ao lado da filha de Thaddeus, Katherine (Leila George), quando encontram uma jovem mascarada chamada Hester Shaw (Hera Hilmar), uma das pessoas que estavam na cidade mineradora que Londres engoliu no inicio.

Hester Shaw foi criada por uma criatura meio-máquina-meio-zumbi chamada Shrike (Stephen Lang). Shrike persegue Hester grande parte do filme, e também é responsável por algumas das cenas de ação. Apesar de bom visual a trama não chama atenção e traz a sensação de que nenhuma história contada sobre qualquer um dos personagens nos faz se preocupar com eles, não sei dizer se é a forma que elas são contadas ou se a atuação de alguns personagens principais não convence, ao ponto do filme acabar e eu não estar ligando caso alguém morra na trama.

Depois de muitos clichês e claras referências de filmes como “Mad Max” e jogos como “Fallout” o filme finalmente se rende a Star Wars para ter um final totalmente improvisado, apressadamente introduz um grupo de pilotos rebeldes chamados de a Liga Anti-Tracção, liderada pela  fora-da-lei Anna Fang – que por sinal mantem uma única expressão facial durante todo o filme, fora que em alguns momentos eu olhava para o figurino dos personagens e só conseguia lembrar de Star Wars, principalmente no final onde temos o combate entre “Império” x “Rebeldes”. Até temos uma cena onde um de nossos protagonistas encontra uma jaqueta dos rebeldes, e o filme simplesmente para e foca naquilo alguns minutos como se fosse importante para algo, mas como falei anteriormente, as profundidades tomadas não nos faz ter apego a nenhum personagem, nem a história em si.