Luigi’s Mansion 3 – Review

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*Este review foi realizado com uma cópia do jogo disponibilizada pela Nintendo

Luigi’s Mansion é um dos exclusivos mais aleatórios e bizarramente divertidos da Nintendo e, com o terceiro título dessa série, não está sendo diferente. Não fugindo muito do que os outros jogos têm a oferecer, Luigi’s Mansion 3 amplia as aventuras mal-assombradas do nosso querido encanador em um vasto hotel de luxo recheado de fantasmas nos mais variados ambientes.

Com uma campanha muito divertida e um multiplayer satisfatório, esse é mais um exclusivo de peso que chega para enriquecer a biblioteca do Nintendo Switch.

Férias frustradas

O jogo começa quando Luigi, Mario, Peach e alguns Toads estão indo passar as férias em um hotel de luxo no meio do nada. Aparentemente tudo corria bem e eles teriam as férias que sempre sonharam, até que repentinamente o hotel mostra sua verdadeira face e tudo não passava de uma armadilha da fantasma Hellen Gravely, que se aliou ao King Boo para aprisionar Luigi e seus amigos e finalmente obter vingança após os eventos de Dark Moon. Agora cabe ao nosso protagonista explorar cada andar do hotel e salvar os seus amigos capturados.

A campanha dura entre 15 e 20 horas, sendo um tempo satisfatório, mas que pode acabar se tornando meio arrastado. Você terá uma rotina de chegar em um novo andar, explorá-lo por completo, enfrentar um chefe, liberar um novo andar e assim por diante. O hotel tem 17 andares (contanto com os dois do subsolo) e cada chefe capturado te presenteia com um novo botão do elevador, garantindo acesso a um novo piso.

Reencontrando velhos amigos.

A diversidade de ambientes e desafios em cada andar é o que salva o jogo de ser extremamente repetitivo. No hotel exploraremos a cozinha, um cinema, um castelo e até uma pirâmide egípcia, sendo cada andar guardado por um chefe característico ao seu ambiente e com poderes exclusivos. As batalhas contra todos eles são sempre divertidas e instigantes, pois cada um possui uma maneira diferente de ser derrotado, então as boss fights são basicamente puzzles.

A física do jogo é algo de cair o queixo. Novamente, Luigi conta com seu Poltergust para capturar os fantasmas. Com esse aspirador de pó, podemos sugar, soprar e dar um impulso no ar, tanto nos momentos de conflitos quanto para resolver puzzles. O impressionante aqui é que absolutamente tudo que está no cenário responde perfeitamente aos ventos do Poltergust, não importa se for uma folha de papel, uma cortina ou até uma bola de boliche – a física é compatível com cada objeto. Esse detalhe é ainda mais notável e admirável em momentos que podemos soprar coisas que alteram o cenário de alguma forma, como uma pilha de pétalas de flores ou um monte de areia.

Diamantes e fantasmas

Tratando-se de um jogo da Nintendo, é claro que temos vários itens e objetivos secundários a serem completados. Cada andar do hotel esconde seis pedras preciosas, sendo um dos desafios coletar todas, além de alguns Boos, que são outro tipo de colecionável do jogo. Pode até ser legal correr atrás de tudo isso para quem tem TOC e não sossega até fazer 100% nos jogos, mas não espere nenhuma recompensa incrível por atingir tais feitos.

Com respeito à dificuldade, o jogo não é tão difícil, mas pode acabar sendo mais do que realmente é devido aos controles. Eles são funcionais e respondem bem à cada ação, mas as vezes é tudo muito caótico, principalmente quando queremos mirar o Poltergust em um ponto específico. Em alguns momentos, por mais que você tente, parece impossível de conseguir acertar a mira onde você quer, não sendo algo muito prático e podendo te prejudicar em alguns momentos em que enfrentamos inimigos. Não é algo que vamos passar a todo momento, mas é um detalhe bem irritante que vez ou outra aparece para atrapalhar.

Kage Bunshin de Luigis!

O multiplayer traz de volta o modo co-op de Dark Moon e um modo competitivo de até oito jogadores, que pode ser jogado tanto localmente quanto online. No modo ScareScraper, os jogadores precisam cooperar para limpar 25 andares gerados aleatoriamente, sendo um modo bem divertido que estende bastante a vida útil do jogo, principalmente quando jogado com amigos. O modo ScreamPark traz uma competição entre dois times e com três desafios diferentes, todos baseados em pontuação. Esse foi um excelente adendo para o jogo e o fato de um único modo apresentar uma variedade de desafios é um ponto muito positivo.

Luigi’s Mansion 3 é facilmente o melhor exclusivo de Switch lançado em 2019 (pelo menos até agora, porque ainda temos Pokémon pela frente). O jogo oferece uma experiência sólida e divertida para todas as idades, explorando todo o potencial que o Switch consegue oferecer (graficamente falando) e com diversão garantida por incontáveis horas, levando em consideração o multiplayer. Mais um título obrigatório para os donos de Switch!