Lightyear – Crítica

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Diário estelar: quase 30 anos após o lançamento do filme que começou tudo, Lightyear vem trazer a história de Buzz, o querido brinquedo de Andy em Toy Story. O filme se introduz (no primeiro minuto mesmo, então sem spoilers) ao público dizendo que Lightyear foi o filme favorito de Andy em 1995 e a razão de ele querer o boneco.

Divulgação/Disney

Introduzindo novos e antigos personagens, o longa conta uma história de amizade e lealdade, tal qual o próprio Toy Story. Com um enredo simples, procura abraçar todos os públicos, mas como cada filme da Pixar, tem também uma mensagem mais profunda que não deixam olhos secos na sala.

Sinceramente, quando soube que não seria o Guilherme Briggs dublando o Buzz, fiquei chateada e anunciei que assistiria ao filme legendado, mas a sessão foi dublada e preciso dizer que Marcos Mion fez um bom trabalho, embora eu preferisse que dessem o papel para algum dublador já que a profissão por si só leva pouco reconhecimento.

Arquivo/IMDb

A história de origem de Buzz mostra de onde vem muitos de seus ideais e características do próprio boneco, no entanto, confesso que esperava ver um Capitão Lightyear mais cheio de si, com uma liderança forte e admirado por todos. Para a ponte com Toy Story e a programação do brinquedo, considerando que ele não sabe que não é um, imaginei ele bem “sabichão” para que ele chegasse para encontrar com o Woody como chegou. Falando a verdade, acho que se fosse assim, o personagem poderia ser tachado de arrogante e o filme, chato. Talvez a escolha de um patrulheiro espacial mais consciente de seus erros tenha sido a melhor aproximação com o público. 

Divulgação/Disney

Os novos personagens se fazem presentes e necessários durante o filme todo e mostram que não existe Buzz sem seus amigos, mas, novamente, pensando que existe uma sequência de fatos e um legado para esse filme, me pergunto o que aconteceu com os outros personagens. Por que não viraram brinquedos se são tão importantes?

Divulgação/Disney

A polêmica na internet em volta do “beijo lésbico” no filme se provou homofóbica (claro) e gerada por puro preconceito. Se a história não foi nem um pouco modificada após os protestos conservadores, a narrativa se mostrou completamente natural e necessária para trama. Não senti em nenhum momento foi “para preencher cota”, “lacrar”, ser “diferentão” ou para “chocar a família tradicional”. É a simples existência da personagem e da sua família, nada de novo por aqui. No entanto, importante e que bom que a Disney bateu de frente contra o ódio.

No geral, Lightyear é de encher os corações. Ensina novas e antigas lições, mostrando que o legado Pixar segue forte e se renovando. É um filme para crianças e para quem nunca deixou de brincar com a imaginação. Lightyear chega aos cinemas em 16 de junho e será futuramente adicionado ao catálogo de streaming do Disney+.

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