Jurassic World: Reino Ameaçado – Crítica

jurassic world fallen kingdom 1366x768 2018 4k 8k 13224

Jurassic World: Reino Ameaçado (Jurassic World: Fallen Kingdom) é um filme estado-unidense de 2018, dirigido por J.A. Bayona (Sete Minutos Depois da Meia-Noite, O Impossível) e estrelando Chris Pratt e Bryce Dallas Howard. É o quinto filme da série Jurassic Park, que iniciou-se com o homônimo filme em 1993, e o segundo da nova franquia Jurassic World.

O filme se passa 3 anos após os eventos de seu antecessor, o parque encontra-se fechado e, em seu interior, os dinossauros vivem livremente. Tudo parece estar bem até que o vulcão, aparentemente inativo, localizado na Ilha Nublar volta à atividade, colocando a ilha e todos que a habitam em risco. Cabe, então, a Owen Grady (Chris Pratt) e Claire Dearing (Bryce D. Howard) trabalharem em conjunto para resgatar os dinossauros.

Inicialmente, há a introdução de uma grande discussão ideológica quanto ao resgate, ou não, dos dinossauros. De um lado há argumentos que são animais em extinção, merecendo a mesma proteção, enquanto de outro defende-se a teoria de que devem passar por sua “segunda extinção”, visto que não deveriam nem existir mais. Infelizmente esse arco não é retomado ao longo do filme, sendo utilizado apenas para contextualização do universo, sendo pouco desenvolvido.

A primeira metade do filme tem um ritmo mais rápido, tendo também, na opinião deste que escreve, as melhores cenas do filme, dando destaque a uma belíssima cena com um braquiossauro na ilha. A segunda parte remete mais a um thriller, em ambientes confinados e com um ar de perseguição, tendo, inclusive, uma ótima referência à famosa cena dos velociraptors na cozinha do filme original sem tornar a cena forçada.

O filme não faz uso de todo seu potencial, visto que muito é mostrado nos materiais promocionais (teasers e trailers), fazendo com que muitos momentos perdessem parte de seu impacto. Além disso, há um desenvolvimento no arco da família Lockwood (do ex-companheiro de John Hammond, o fundador do Jurassic Park original) que é muito abrupto, sendo apenas “jogado” para o espectador sem nenhum tipo de conclusão, esse momento poderia ter um peso muito maior e daria margem para inúmeras discussões, infelizmente, não exploradas.

Os efeitos visuais são muito bons, realmente houve um upgrade nos exibidos no último filme. Os dinossauros estão realistas, havendo um ótimo equilíbrio entre os animatrônicos e os de computação gráfica (CG). Além disso, os efeitos utilizados na composição do cenário foram, no geral, imperceptíveis, o que é um ótimo sinal.

A trilha sonora, composta por Michael Giacchino, não é tão icônica ou memorável quanto à de John Williams, como é de se esperar. Apesar de não ser notável ao longo da maior parte do filme, há momentos em que a música realmente preenche o ambiente, enriquecendo o filme imensamente.

A fotografia destaca diversas tomadas panorâmicas, marca registrada na franquia. Há alguns momentos de deslize, como alguns zooms exagerados em rostos de personagens seguidos de cortes bruscos, nesse caso entrando também a edição do filme. É necessário destacar, novamente, a cena do braquiossauro pela bela cinematografia, mas, além dela, há um ótimo plano sequência (sem cortes) em um momento com as bolas de transporte (iguais às do primeiro filme) que realmente contribui para a tensão da cena.

Jurassic World: Reino Ameaçado é um filme divertido, com menos humor do que seu antecessor e com um tom mais sério. O filme sofre por tentar mais estabelecer sua continuação do que amarrar todas as pontas soltas em seu enredo. Não é comparável ao primeiro filme, que segue incontestavelmente como o melhor da franquia, mas é uma boa adição à saga.

 

PS: O filme possui cena pós-créditos!