I Wanna Dance With Somebody – Crítica

in a i wanna dance with somebody naomi ackie takes on the stage as whitney houston 1024x512 1

Talvez tenha sido o telão, talvez o som na sala de cinema com pouquíssimas pessoas, ou talvez apenas a mais pura verdade escancarada que me deram a impressão que Whitney Houston foi gigante. I Wanna Dance With Somebody é a história da carreira de uma das maiores vozes (se não a maior) de todos os tempos.

Kasi Lemmons e Anthony McCarten, a diretora e o roteirista, respectivamente, rompem barreiras e preconceitos à já mostrar nos primeiros minutos de filme o relacionamento de Whitney e Robyn, que custou muito a ser liberado pela família para ser visto no longa. Esse seria o primeiro dos bastidores revelados pelo filme, a confirmação da suspeita de que a cantora e sua diretora artística/melhor amiga realmente formaram um casal e se separaram por razões que você vê no filme.

O filme mostra que, ao mesmo tempo que Whitney amava cantar, as pessoas amavam ouví-la; a indústria, porém, era cruel com ela e lhe fez criar a persona que ia aos palcos, mas lá dentro estava exausta da cobrança e das expectativas de todos. Esse é o caminho do espectador para entender por que Whitney começou a usar drogas e ter compaixão por ela.

Naomi Ackie, para mim, conseguiu transmitir a grandeza da cantora, desde a alegria de cantar às performances encenando movimentos que Houston fazia. Pode ser a mágica de interpretar alguém tão grande, mas quando ela estava em cena, era impossível não sentir sua potência, até quando estava nos seus maiores momentos de dor.

Assim como Freddie Mercury em Bohemian Rapsody, a voz de Whitney foi utilizada 95% das vezes que a personagem estava cantando, diz o IMDb. Creio que foi uma escolha inteligentíssima, afinal, seria impossível chegar perto de “cantar com os deuses”, como diz a personagem no filme. A voz de Whitney é insubstituível, não importa quem cantasse no filme, seria alvo de comparação e decepção para o espectador. A experiência de ouví-la dessa forma e com tal potência me deixou arrepiada diversas vezes.

Fui ao cinema já sabendo que essa história não teria um final feliz, na verdade, sabendo que seria muito trágico, mas consegui sair da sala como se tivesse ouvido um leão rugir bem na minha frente, pois a força de sua voz reverbera eternamente. Whitney quebrou recordes, desafiou estatísticas e descobriu sua própria força em tentar ser apenas ela mesma. A mensagem de I Wanna Dance With Somebody que ficou para mim, é ter cuidado ao idolatrar pessoas: elas são, assim como nós, humanas – elas sofrem e quebram.

Para ler mais sobre cinema, clique aqui.

Compre seu ingresso aqui.