Horizon Forbidden West – Review

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*Este review foi realizado com uma copia do jogo enviada pela PlayStation Brasil.

Em um futuro muito distante onde as máquinas dominaram a Terra e a humanidade retrocedeu para um estilo de vida pré-histórico, fomos apresentados à incrível história de Aloy, uma garota exilada que fez de tudo para salvar seu povo e eliminar uma grande ameaça que pairava sobre o que sobrou de vida no planeta. É claro que esse conto não ia parar por aí, afinal o desfecho de Horizon Zero Dawn deixou mais pontas soltas no ar do que conclusões naquela narrativa.

Horizon Forbidden West finalmente chegou para dar continuidade à saga de Aloy, expandindo ainda mais aquele belíssimo mundo em ruínas e nos apresentando um novo lado de tudo aquilo que já vimos no primeiro jogo. Acho que, desde o lançamento do PS5, esse é o primeiro exclusivo PlayStation de peso a chegar no console (ainda que também esteja disponível no PS4), então finalmente poderemos ter um gostinho 100% next-gen de um baita jogo que já não víamos a hora de jogar!

Bem-vindo ao Oeste Proibido

A história começa exatamente onde o primeiro acabou, então caso você ainda não tenha jogado Zero Dawn, recomendo pular para o próximo parágrafo afim de evitar SPOILERS. Após Aloy salvar Meridiana de Hades, a IA responsável pela tentativa de dizimar a vida na Terra, ela acaba descobrindo que na verdade a ameaça não foi eliminada, já que Sylens – que supostamente era um aliado – acabou salvando Hades e o levando para o Oeste Proibido, uma terra onde ninguém ousa entrar. Com o meio ambiente se degradando lentamente e as máquinas cada vez mais enfurecidas, Aloy não vê muita escolha a não ser partir em uma jornada ao Oeste para eliminar de vez seus inimigos.

Horizon Forbidden West é tudo que Zero Dawn era, só que melhor.

Forbidden West funciona como uma grande (e bota grande nisso) expansão de Zero Dawn. O jogo em si é o mesmo, com as mesmas mecânicas, estilo e level design, porém dessa vez com algumas adições em cada aspecto do pacote. Sendo assim, temos novidades nas mecânicas, máquinas novas para enfrentar, novas tribos, ambientes para explorar e, é claro, um mapa consideravelmente maior que o primeiro. O jogo todo gira em torno desse Oeste Proibido, mas esta é uma região muito vasta que demora absurdos para ser explorada, então só para a gente chegar nos momentos mais empolgantes da história leva fácil mais de 20 horas de gameplay – pois é, o jogo é gigante!

Por esse motivo, o início acaba sendo bastante arrastado e por vezes até mesmo entediante. Digamos que a Guerrilla deu uma atenção muito maior à jornada do que aos objetivos envoltos a ela, então cada vilarejo, cada cidadezinha que encontramos tem suas próprias histórias e passamos um bom tempo por lá ajudando os locais. É claro que tudo isso é opcional e a maioria dessas pequenas histórias são missões secundárias, mas vale a pena fazer cada uma para aprender mais sobre o Oeste Proibido e, não menos importante, ser bem recompensado por isso.

Além desse montão de sidequests, ainda existem os costumeiros objetivos paralelos espalhados pelo mapa para estimular a exploração, então esse ainda é um jogo que avançamos lentamente na história. Para quem curte um bom RPG, Forbidden West é um prato cheio, pois ele tem tudo que a gente pode desejar: um mundo vasto e interessante, muitas atividades para nos manter ocupados, um combate excelente e boa variedade de inimigos. O primeiro já tinha tudo isso, mas como já enfatizado, esta sequência melhora tudo de seu antecessor.

Armada e perigosa

Aloy já era bastante overpower no primeiro jogo, mas em Forbbiden West ela está impiedosa. Com cinco árvores de skills diferentes e uma vastidão de armas e armaduras para encontrar, o que não faltam são combinações diferentes para deixar sua Aloy ainda mais poderosa. Agora ela tem até um paraquedas de energia, então dá para se sentir jogando Breath of the Wild em alguns momentos.

Em compensação, não foi só a Aloy que ganhou um upgrade. Os inimigos também estão à altura, então além de novas máquinas também teremos de enfrentar as tribos Tenakth, selvagens do oeste que são famosos por sua brutalidade. Se vendo obrigada a fazer novos aliados, Aloy terá que se unir a alguns Tenakth mais “sociáveis” para enfrentar um grupo de exilados que aprenderam o dom de dominar máquinas, então dessa vez o problema é em dobro, já que teremos humanos e máquinas trabalhando juntos.

A parte mais legal dos combates está nas batalhas contra as máquinas novas, a maioria já tendo sido apresentada nos trailers do jogo. Seja uma cobra, um mamute, uma criatura aquática ou até um pterodátilo, cada uma oferece um estilo de combate único e exige estratégias diferentes, então é sempre muito tenso enfrentar esses inimigos novos. Por outro lado, a variedade de máquinas que podemos dominar e tornar nossas aliadas também está mais alta, então agora dá até para voar no jogo! Para quem já estava achando Forbidden West lindíssimo pelos trailers, esperem só até vocês verem esse mapa de cima.

Se tratando de gráficos, nem preciso falar nada, não é mesmo? Horizon Forbbiden West é de cair o queixo do início ao fim. Toda aquela vegetação e variedade de biomas é de um capricho soberbo (com destaque para a exploração aquática, que é a principal novidade deste título), seja jogando em 4K e 30fps ou em 60fps com resolução dinâmica. A qualidade dos detalhes dos humanos também é impressionante. Apesar da expressão facial ainda não ser das melhores e por vezes ser exagerada demais (os NPCs deste jogo são bem caras e bocas), você consegue enxergar até os poros da pele deles. Nada tira a sensação de que você está conversando com pessoas de verdade – é quase como assistir a um filme!

Ainda assim, minhas críticas acabam ficando mais a cargo da história, que ao meu ver seguiu a mesma lógica do primeiro. Em Zero Dawn, a primeira metade me deixou bastante interessado, mas a segunda já se tornou um tanto confusa e clichê. Forbidden West funciona mais ou menos do mesmo jeito: as primeiras horas são paradas e pouco empolgantes, depois a maré vira e a coisas melhoram muito, mas no final voltam a esfriar. A boa notícia é que com certeza teremos uma trilogia, então vem mais por aí.

Sem mais, acho que a recomendação é óbvia para aqueles que jogaram e amaram o primeiro jogo. Ele ainda é tudo que Zero Dawn era, só que melhor, então é um título obrigatório para os fãs da Aloy. Quem não se empolgou muito com o antecessor provavelmente continuará tendo a mesma opinião neste, então já sabe o que esperar. Gostando ou não, é indiscutível que esse é um dos primeiros lançamentos de peso do PS5 e todo mundo deveria dar uma chance.

Horizon Forbidden West tem data marcada para 18 de fevereiro para PS4 e PS5

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