Halloween (2018) – Crítica

6771ac5e bb4d 4495 9dfa ee04938f2d92 halloween 01 photocredit Ryan Green Universal

Halloween (2018) é um filme de terror do tipo ­slasher­ dirigido por David Gordon Green (Segurando as Pontas, Sua Alteza?) e estrelado por Jamie Lee Curtis, Judy Greer e Nick Castle. É o décimo primeiro da franquia que começou com Halloween de 1978. Apesar disso, segue uma linha do tempo própria, sendo uma continuação direta do filme original, ignorando o que se passa nos demais.

O primeiro Halloween foi dirigido e produzido por John Carpenter, que, além disso, compôs a trilha sonora com o icônico tema principal. Esse filme é um dos pais do gênero de terror slasher, servindo de inspiração para outros como o famoso Sexta-Feira 13 de 1980. É extremamente recomendável assistir ao filme de 1978, não só para assistir à continuação, mas também por ser um clássico com um altíssimo valor cinematográfico.

A narrativa se passa em Haddonfield, Illinois, 40 anos após os eventos do primeiro filme e acompanha, inicialmente, uma equipe de jornalistas investigativos que analisam o caso do assassino Michael Myers, internado em um manicômio pelas últimas quatro décadas. Às vésperas da noite de Halloween, Michael consegue escapar e vai direto à caça de Laurie Strode (Jamie Lee Curtis), que dessa vez está preparada para o confronto.

Não há uma subversão do gênero, tem-se todas as características marcantes, como os adolescentes fazendo idiotices e morrendo quando tentam dar uns amassos, o “monstro” que aparece repentinamente, os jump scares (alguns bem baratos, inclusive), entre diversos outros “clichês”. Além disso, há inúmeras referências aos outros filmes da série, algumas mortes semelhantes, takes parecidos e até efeitos sonoros. Dessa forma, é um filme que, apesar de moderno, traz aquela sensação de nostalgia para delírio dos fãs do gênero e tem tudo para atrair novos admiradores.

A fotografia é excelente, contribuindo muito para toda a tensão em momentos cruciais. É necessário destacar um plano-sequência espetacular em que Michael visita algumas casas e… bem, mata muita gente. Também é valido destacar que a violência é mais explícita nesse filme do que no primeiro, tendo algumas mortes que podem deixar o espectador bem desconfortável.

A trilha sonora, composta por John Carpenter, é incrível e assustadora, aumentando ainda mais o desconforto do espectador. Além do tema original, há diversas faixas de arrepiar, é realmente um dos pontos mais altos do longa. Michael Myers está ainda mais assustador e muito se deve à música.

O filme aborda os traumas vividos pela personagem de Jamie Lee Curtis e como eles afetaram na sua própria vida pessoal e em seus relacionamentos com sua família, sendo um aspecto realmente interessante que apenas contribui para o desenvolvimento da personagem. Há uma pequena dose de humor, o que pode incomodar a alguns, visto que há, às vezes, uma quebra no clima de tensão, pessoalmente, não foi um problema.

Halloween (2018) é um ótimo filme de slasher que traz tudo de melhor do gênero e consegue revitalizar a franquia com sucesso. O humor pode não agradar a todas as audiências, mas ainda assim é obrigatório para fãs do estilo e para quem gostar do original. Halloween estreia nos cinemas brasileiros em 25 de Outubro.