Ghost Recon Breakpoint – Review

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*Este review foi realizado com uma cópia do jogo disponibilizada pela Ubisoft 

Ah, como eu gosto de jogos da Ubisoft e não escondo isso, acho que é a empresa que mais tenta lançar alguma franquia nova ou até reinventando aquela franquia mais antiga, com isso Ghost Recon Breakpoint chega para tentar ser o mais completo jogo da série Ghost Recon.

Bem-vindos a Auroa

Alguns anos após os eventos de Ghost Recon Wildlands na Bolívia, o Ghost Recon Breakpoint move a ação para o arquipélago ficcional de Auroa, uma utopia de controle privado liderada por Jace Skell. O “Mundo 2.0” da Skell se esforça para ser um lugar onde as pessoas existem em harmonia com os avanços da alta tecnologia que tornam suas vidas mais significativas e agradáveis. Porém a corrupção tomou conta do lugar, a força militar privada dos Lobos assume o controle. Liderado por um ex-Ghost, Cole Walker interpretado por Jon Bernthal, o lobos e Ghosts travam esse duelo pessoal para obter o controle de Auroa. 

Ghost Recon passou por mudanças consideráveis ​​ao longo de seus quase 20 anos de história. Sempre foi uma simulação militar com soldados do futuro, e você sempre teve um esquadrão operadores de forças especiais altamente treinados à sua disposição, mas o que começou como um jogo de tiro tático relativamente seco teve uma quantidade crescente de personalidade acrescentando, assim como Wildlands e Breakpoint mapas enormes e um leque enorme de possibilidades dão um tom robusto para a antiga serie de games.

Logo de cara o jogo apresenta a tão falada nova experiencia em ralação aos machucados do personagem, apos a introdução com a queda do helicóptero (mesma cena presente no beta), acordamos machucado e precisamos progredir para encontrar sobreviventes da frota, o sistema de cansaço e lesões é apresentado, o personagem incapaz de realizar algumas funções quando o ferimento é muito grave, é necessário aplicar a bandagem nos ferimentos para que o seu personagem volte a se locomover de forma ideal.

Com relação a toda essa sensação de sobrevivência na densa selva, temos ótima movimentação ao explorar grandes morros, lugares ingrimes, há possibilidade de escorregar e ate rolar ladeira abaixo, quando isso acontece você perde vigor na sua barra de energia e nesse caso só é possível restaurar essa barra, bebendo água.

A Ubisoft pareceu ouvir todos os feedbacks da comunidade em relação ao Wildlands, Ghost Recon Breakpoint possui um mapa grande e denso, cada lugar foi trabalhado com maestria, não são só apenas repetições de floresta para preencher espaços vazios, mas sim algo que completa, e da um ar de exploração a mais para Breakpoint. 

A campanha principal se apega a um formato repetitivo no qual você descobre um local, coleciona pistas, junta-as e depois resolve a missão. Depois de um tempo, esse ciclo começa a parecer repetitivo e bastante monótono, sem contar que muitos lugares da missões principalmente são exageradamente distantes uma das outras, não que isso seja um problema, mas há formas mais legais de te fazer ter que ir a pontos distantes do mapa. Ghost Recon Breakpoint tem algumas idéias interessantes e modos interessantes. Sua campanha usa uma estrutura amplamente não-linear que permite enfrentar qualquer desafio, incluindo a batalha final com Walker, sempre que você quiser. Isto é fantástico. Há muito o que fazer e você pode fazer da forma que achar melhor.  

A Ubisoft sempre pega o que funciona em seus jogos e tenta distribuir entre as franquias, podemos ver que Ghost Recon Breakpoint tem como base The Division para sua formação, fora o sistema de lesões e animação de queda, não há basicamente nada de adicional na jogabilidade, o que pode ser uma coisa boa para os fãs de Wildlands. Não se engane que a ubisoft extrai elementos apenas de seus próprios jogos de tiro, também temos um molde de Assassin’s Creed Odyssey, você pode escolher jogar no modo de exploração, que desliga o HUD, permitindo encontrar objetivos da missão usando pistas, é uma boa opção para aqueles jogadores mais hardcore, que gostam de um bom desafio.

Por incrível que pareça, na minha versão de PC não vi tanto bug quanto colegas da mídia tem falado, e tenho reparado que a maioria deles é nas versões de console. Uma coisa que tem caído bastante em criticas é sobre a IA dos inimigos, eu achei fantástica por sinal, junto a dublagem PT-BR do game, os inimigos avisam no radio para todo o setor sobre a segurança, ou possível ameaça, me fez lembrar os grandes jogos de stealth.

Devo Comprar ?

Acredito que Ghost Recon Breakpoint vale sim o investimento do seu suado dinheiro, é um jogo que entrega o que promete dês do inicio, apesar de ter uma história um pouco rasa, o jogo diverte da sua maneira, se você tiver amigos para jogar o cooperativo, não pense duas vezes em adquirir Ghost Recon, mas pense bem em que plataforma jogar, as versões não tem o mesmo brilho em consoles tradicionais.