Final Fantasy XVI: Echoes of the Fallen – Review

echoes of the fallen scaled

Final Fantasy XVI nos trouxe uma história recheada de tramas políticas que, dentro de suas dezenas de horas, teve um desfecho bem fechadinho. Quando a Square Enix anunciou que haviam DLCs em desenvolvimento, logo já pensei que se trataria apenas de algumas tramas paralelas naquele climinha clássico de “filler de anime”.

A primeira aventura deste pacote de expansões foi lançada de surpresa durante o TGA 2023 e acabou que minhas expectativas estavam corretas. Echoes of the Fallen adiciona um breve arco à campanha principal, se passando antes da conclusão da história e explorando um pouco mais do passado de Valisthea. Não chega a ser um conteúdo imperdível, mas já é desculpa o suficiente para revisitar Clive e cia.

O retorno dos Magiteks

Diferente do que muitos podem esperar, Echoes of the Fallen não consiste em uma mini-campanha à parte do enredo principal, estando mais para uma missão estendida. Em menos de três horas já é possível terminar este arco, então a curta duração certamente será um fator bem desanimador para quem esperava algo mais elaborado.

O objetivo deste DLC é investigar a origem de alguns cristais misteriosos que estão circulando os mercados de Valisthea. Tudo nos leva para uma torre secreta construída pelos Decaídos, um povo ancestral que viveu naquelas terras há milhares de anos e tentaram se tornar deuses. Ali, encontramos uma fonte de magia e tecnologia chamada de Magitek, referenciando o clássico termo já visto em diversos jogos da franquia.

A história em si é muito boba e a curta duração do DLC não dá tempo suficiente parao enredo ser desenvolvido com mais profundidade. Os únicos personagens inéditos que introduziram para desenrolar a trama são três NPCs sem nenhum tipo de carisma ou personalidade, então aquela sensação de “filler de anime” está mais presente do que nunca.

A pior parte é que eles nem sequer desenvolveram bem o foco central da expansão, que são os Decaídos. Apesar de aprendermos um pouco mais sobre esse povo e suas ambições, tudo ainda é muito superficial e não agrega valor nenhum à trama geral do jogo. Em suma, acaba sendo totalmente esquecível e apenas um pretexto simplório para estender minimamente nosso tempo de gameplay.

Escalando a torre

O principal objetivo desta expansão é escalar uma torre repleta de inimigos para que, no topo, seja possível destruir o cristal que alimenta aquela tecnologia. Esse desafio consiste apenas em enfrentar alguns grupos de monstros e eventualmente um chefe, sendo quatro no total. Os três primeiros são apenas versões modificadas e genéricas de inimigos que já enfrentamos no jogo base, então apenas o último se destaca.

Quem é fã de Final Fantasy de longa data provavelmente vai gostar do fan service que prepararam na batalha final de Echoes of the Fallen. Além disso, esse provavelmente é o confronto mais difícil do jogo inteiro, deixando qualquer superboss anterior no chinelo. Visualmente falando, não se compara a nenhum confronto contra os Eikons, mas em termos de desafio, certamente vai dar um trabalho acima da média.

Ao encerrar esse breve arco, os jogadores são recompensados com uma espada bem forte (que precisa ser fabricada no ferreiro), deixando todos preparados para o segundo DLC. Quem adquirir o Expansion Pass também ganha alguns itens interessantes, como a Buster Sword de Cloud e uma espada inspirada no saudoso Final Fantasy III. No demais, é apenas isso que Echoes of the Fallen tem a oferecer.

A boa notícia é que o DLC está bem barato, com um preço compatível ao seu conteúdo. A segunda e última expansão, The Rising Tide, ainda não tem data de lançamento confirmada, mas já foi revelado que terá em torno de 10 horas de duração e explorará a história de um novo Eikon: o Leviathan. Resta esperar que ela seja mais relevante do que Echoes of the Fallen.