Dungeons & Dragons – Honra entre Rebeldes – Crítica

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Dungeons & Dragons existe há quase 50 anos e tem sido um elemento básico do mundo dos jogos de mesa. Também foi adaptado para várias formas de mídia, incluindo videogames, livros e até uma adaptação anterior para o cinema. A adaptação anterior não agradou aos fãs da franquia, pois não conseguiu capturar a essência do jogo, mas o filme Dungeons & Dragons – Honra entre Rebeldes – prometia trazer o amado mundo de D&D para a tela grande mais uma vez…

E agora temos um sucesso! O filme segue um grupo de aventureiros que estão em uma missão para derrotar uma poderosa força do mal que ameaça tomar controle de Nevanunca (Neverwinter). O grupo de aventureiros formado por um Bardo, Edgin Darvis (Chris Pine), uma Bárbara, Holga Kilgore (Michelle Rodriguez), um Feiticeiro, Simon Aumar (Justice Smith) e uma Druida, Doric (Sophia Lillis), com participações especiais de um Paladino, Xenk Yendar (Regé-Jean Page) e um Ladino, Forge Fitzwilliam (Hugh Grant), recheado de referências a raças, magias, itens mágicos, cidades e localizações, o filme consegue fazer algo muito difícil, que é uma adaptação de uma obra com um conteúdo extremamente vasto, e simultaneamente, agradar aos fãs mais aficionados, mas sem perder o timing e o ritmo do filme, conseguindo ser um excelente filme, mesmo para quem não conhece o RPG de mesa tradicional, fazendo um bom trabalho em capturar a essência do que torna Dungeons & Dragons incrível – o senso de aventura e a emoção de explorar um mundo de fantasia.

O enredo do filme não é excessivamente complicado, mas também não é estúpido para o público. Tem o equilíbrio certo de ação, aventura e humor que mantém o público envolvido ao longo do filme. A história não parece apressada e o ritmo é perfeito, permitindo que o público entenda os motivos de cada personagem e os riscos envolvidos na missão. Com a excelente vilã Sofina (Daisy Head), uma maga vermelha poderosa, trazendo um clássico antagonista de D&D para o enredo.

Os personagens do filme são bem escritos e bem atuados, cada um com sua personalidade e motivações únicas. O destaque vai para o Bardo (Chris Pine). Seu personagem é charmoso, espirituoso e muito divertido de assistir. Os outros atores também fazem um bom trabalho em dar vida aos seus personagens. O público pode vê-los crescerem e mudarem ao longo do filme, acrescentando profundidade e complexidade à história.

Um dos aspectos mais impressionantes do filme são os efeitos visuais. O mundo de Dungeons & Dragons ganha vida com detalhes impressionantes, com cada local sendo lindamente projetado e desenhado. Os efeitos especiais também são excelentes, com feitiços e criaturas fantásticas que parecem realmente impressionantes na tela grande. As cenas de ação são bem coreografadas e emocionantes de assistir, proporcionando uma experiência verdadeiramente envolvente. Mas o que me surpreendeu bastante foi os efeitos práticos, com várias cenas gravadas com animatrônicos, ou bonecos, dando um charme e realismo ao filme, em tempos de cenários e personagens todos digitais, foi algo bem-vindo.

No geral, Dungeons & Dragons é uma aventura divertida e emocionante que captura o espírito do jogo de mesa. Embora possa não ser uma peça cinematográfica inovadora, é uma adaptação fiel que os fãs da franquia vão adorar. Os personagens bem escritos, visuais impressionantes e ação emocionante proporcionam uma experiência cinematográfica verdadeiramente agradável. Seja você um fã obstinado de D&D ou apenas procurando uma divertida aventura de fantasia, definitivamente vale a pena conferir este filme.