Dragon Quest Builders 2 – Review

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*A análise de Dragon Quest Builders 2 foi feita com uma cópia do jogo para PC, cedida pela Square Enix. 

Dragon Quest é uma franquia de JRPG da Square Enix que já está no mundo dos jogos há décadas, e é muito famosa principalmente no oriente, por aqui nunca teve tanta expressividade. Talvez os personagens te pareçam familiares, já que o design  deles e dos monstros foram criados por ninguém menos que Akira Toriyama, criador de Dragon ball e que também participou de Chrono Trigger, e que está presente desde o início da série Dragon Quest.

Por se tratar de uma série de jogos tão longa, é claro que ela arriscaria se envolver em outros gêneros além do tradicional RPG, mas mesmo assim o primeiro Dragon Quest Builders foi uma surpresa um tanto quanto inusitada, a mistura de RPG com Minecraft deu certo tanto que em 2019 tivemos a sequência, Dragon Quest Builders 2, e pela nota que você viu, o jogo é realmente divertido!

Inventivo e descomplicado

Todo esse mapa para explorar já na segunda ilha.

Em Dragon Quest Builders 2 temos uma melhora significativa em relação ao primeiro, onde tudo foi refinado e aprimorado para esse novo título, mas bem, eu não joguei o antecessor então tive que fazer uma rápida pesquisa para saber se realmente houve uma real mudança e sim, teve muita!

O jogo tem muitos pontos positivos, entretanto o título começa mostrando uma tela de customização de personagem bem pobre, onde só podemos escolher a cor do cabelo do personagem, o tom da pela, e seu gênero, entre outras alterações que não fazem muita diferença. Tamanha falta de opções de customização é uma pena e não faz sentido em um jogo que estimula a criatividade para criar objetos e grandes construções.

Após criar seu personagem passamos por um rápido tutorial explicando os comandos básicos do jogo e após sofrermos um naufrágio caímos em uma praia onde devemos começar a criar de forma mais livre, seguindo missões e explorando, aqui está a grande cartada do título: construção e exploração (e somente isso).

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De início, pelo menos no primeiro mapa (ou ilha), você fica restrito a fazer as missões principais, mas claro, tudo isso faz parte do jogo querendo ambientar você as mecânicas e a exploração. Tudo aqui é descomplicado e valoriza a rapidez, vá até tal lugar, pegue alguns itens, leve-os até a mesa de criação, pegue o item criado e deixe em tal lugar, pronto!

Na segunda ilha em diante a história vai se desenvolvendo melhor, mas a trama não é ponto forte do jogo, e o fato dos diálogos serem apenas em texto, e ainda em inglês, vai deixar a maioria dos jogadores com preguiça de acompanhá-la. Entretanto, para os fãs da franquia Dragon Quest, ela está recheada de referências, tanto em easter eggs, quanto em efeitos sonoros.

Evoluindo com Gratidão

Evoluindo a vila!

Ao chegar em uma ilha devemos realizar missões (secundárias ou principais) dadas pelos cidadãos de uma pequena vila, realizando-as você ganha pontos de gratidão, com eles podemos evoluir a vila e assim deixa-lá mais próspera, trazendo mais habitantes até ela, assim podemos ganhar ainda mais pontos e também ganhamos novas instruções para construir mais objetos.

Também devemos evoluir nosso personagem, protegendo a vila de ataque de monstros e enfrentando as criaturas espalhadas pelos mapas. Ao passar de nível vamos desbloqueando novas armas para serem construídas.

E por falar em combate temos aqui um outro ponto fraco do título. O combate não é muito inventivo ou divertido de se fazer, basta apenas apertar um botão e ficar longe do inimigo quando este for realizar um ataque mais forte. Não é algo que estraga a experiência, mas deixa a desejar.

Exploração Divertida

Opa, como isso foi acontecer?

Como dito acima, construir o que os cidadãos da vila te pede gera pontos de gratidão, mas é claro que você não está preso a fazer somente o que eles querem ou fazer do jeito que eles pedem, o jogo sempre abre espaço para a criatividade, tanto para construção quanto para a exploração, fazendo você chegar até um ponto do jeito que você achar melhor, seja subindo uma montanha ou atravessando ela com sua marreta. Mas lembre-se de ativar os pontos de viagem rápida, você não vai querer ter que fazer todo um caminho de volta sem necessidade.

Enquanto adamos pelo mapa nosso personagem vai perdendo o equivalente a sua estamina (ou barra de energia), por isso sempre devemos levar comida para mante-la cheia, acima dos 20% pelo menos, caso contrário o nosso boneco ficará mais lento além de cansar mais rápido e sofrer mais dano de ataques simples. E a noite somos atormentados por uma aparição bastante poderosa, mas não tão difícil de derrotar e até aconselho enfrentá-la para adquirir mais pontos de experiência, exceto se você estiver com fome.

Ao avançar da campanha vamos liberando ferramentas e veículos que facilitam a exploração das ilhas, como uma capa que ao saltar de um local alto faz o jogador voar ou “cair com estilo”. A exploração é um ponto forte de Dragon Quest Builders 2.

Considerações Finais

Montando um castelinho.

Dragon Quest Builders 2 apresenta uma mecânica fácil e viciante de construção e exploração, é bem comum sentar acreditando que vai jogar alguns minutos mas de repente perceber que se passaram horas. O jogo é convidativo para quem conhece Minecraft, também para quem não jogou o primeiro título ou para quem não conhece a franquia Dragon Quest, mas se você conhece a série de jogos vai se empolgar encontrando as referências. Definitivamente o combate não é o foco, e a falta do idioma em português do Brasil são pontos fracos.

Desenvolvedor: Square Enix, KOEI TECMO GAMES
Gênero: Aventura, RPG, Craft
Disponível para: Nintendo Switch, PlayStation 4, PC
Data de lançamento inicial: 10 de dezembro de 2019

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