Detroit: Become Human – Review

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Detroit: Become Human é o mais recente jogo do diretor e escritor francês David Cage. O estúdio de Cage, Quantic Dream, é conhecido por produzir um tipo de drama interativo muito particular, que preza a narrativa cinematográfica acima de tudo.

A CIDADE VIVA

Detroit: Become Human acontece no final dos anos 2030,  no centro de um ruptura tecnológica que abala a sociedade, onde homens e maquinas vivem em conjunto, mas não em harmonia. Como um bom jogo da Quantic Dream que conhecemos, ele vai e volta entre diferentes personagens, todos os quais estão em caminhos separados convergindo para o mesmo lugar. Kara é uma empregada androide recém-formatada, de propriedade de um pai solteiro com um hábito de drogas e problemas de fúria. Markus está tão bem quanto um androide pode ser, o assistente de um famoso pintor, que o trata menos como uma máquina e mais como um filho. Connor, enquanto isso, um androide cujo trabalho é caçar outros androides com mau funcionamento, conhecidos como divergentes.

O jogo faz um bom trabalho ao ajudá-lo a experimentar o papel de cada personagem neste mundo. Jogar como Kara no começo significa fazer muitas tarefas domésticas; na lavanderia, lavando os pratos, fazendo o jantar, essa coisas de cozinha.
E ela tem que lidar com tudo isso enquanto lida com um fluxo constante de abuso verbal de seu dono, se ela é muito lenta ou bloqueia sua visão no jogo de hóquei, muito diferente de Markus que leva a vida tranquila com seu dono. 

Connor é uma figura autoritária – um policial que é encarregado de procurar e prender ou eliminar androides com defeito. Então ele é um tipo diferente de androide – um que realmente fornece alguns dos melhores momentos do jogo.

Blade Runner é claramente uma inspiração, assim como os trabalhos de Asimov, mas a Quantic Dream também adicionou sua própria mudança do gênero. Connor pode decidir qual é a melhor ação a tomar numa dada situação, mesmo ao custo da sua própria vida e isto apresenta frequentemente muitas opções de estilo de jogo ao jogador. Você pode até matá-lo no prólogo antes que os títulos rolem, e então ele não aparecerá no resto do jogo.

Markus também pode morrer em momentos importantes da história, o que é uma pena, porque ele é um personagem bem interessante para o rumo da trama. Ele é um androide encarregado de cuidar de um velho artista deficiente e não tem um circuito ruim em sua cabeça até que um incidente alarmante o faz sair de sua programação e se tornar um membro do movimento de resistência.

Kara é empregada doméstica em uma casa problemática, que também quebra sua programação e se torna divergente, mas por um motivo muito diferente de Markus.

Outra estrela do jogo é o próprio Detroit. Situado em 2038, a equipe de design foi à cidade para tornar a versão mais próxima da cidade a mais credível possível. A história é claramente ficção científica, mas a tecnologia é baseada em coisas que existem agora ou estão por vir.

Veículos autônomos circulam pelas ruas, drones voam pelos céus e os androides foram inspirados por assistentes de voz, como Alexa, Siri. Muito se pensou em como a existência de trabalhadores e ajudantes não-humanos também afetaria a sociedade.

DEVO COMPRAR ?

Sim. Se você estiver interessado em jogos single-player, cinematográficos e focados na narrativa, então Detroit: Become Human é uma agradável escolha, para quem quer se prender numa historia e deixar gameplays intensos de lado.

 

*Este review foi realizado com uma cópia de varejo do jogo disponibilizado pela Playstation