Demon’s Souls Remake – Review (PS5)

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*Este review foi realizado com uma cópia de Demon’s Souls disponibilizada para PS5.

O primeiro grande exclusivo do PlayStation 5, trás de volta o criador de um gênero comum entre os gamers, que é o “Souls Like”. Lançado em 2009, Demon’s Souls foi um marco para a FromSoftware, onde ficou conhecida como referência em RPG de ação. Podemos ver isso com todos os sucessos envolvendo a franquia Dark Souls, filho de Demon’s Souls e o premiado Sekiro: Shadows Die Twice, nomeado a jogo do ano em 2019. A Sony encarregou para esse trabalho de trazer de volta um grande titulo, ninguém menos que a Bluepoint Games, conhecida por alguns remasters de sucesso como God of War e Uncharted e o último que foi Shadow of the Colossus. Será que a Bluepoint foi capaz de trazer Demon’s Souls com maestria ? confira.

Viva morra e repita

Acho que esse titulo nunca fez tanto sentindo em um jogo Souls Like, se você não está nenhum pouco familiarizado com a franquia e adquiriu um PS5, acredito que seja a hora de começar, mas se você já joga jogos do gênero, estará praticamente em casa. Demon’s Souls é considerado o Souls mais difícil de todos, se por um acaso você só jogou Dark Souls, deve estar acostumado com fogueiras em determinados espaços para que o caminho fique curto até o boss, porem em Demon’s Souls não é assim que funciona, para ser mais exato, para salvar uma nova área você primeiro precisa derrotar o boss daquela determinada região, se não, não será possível avançar.

Outros detalhes que torna Demon’s Souls o mais difícil de todos é que ao morrer, nos perdemos nossa forma humana em carne e osso e viramos uma alma. O que acontece quando viramos alma em Demon’s Souls? nossa vida é reduzida para metade. Mas não se preocupe, há itens que é possível restaurar a forma humana e obter o seu life por completo, ao derrotar um boss sua forma humana retorna ao corpo junto a sua vida por completo.

Embora passar pelas mesmas áreas repetidamente pode parecer chato, a grande dificuldade de Demon’s Souls garante que nunca se torne repetitivo ou chato. Nos vamos aprender com os erros no caminho e o progresso se torna mais um pouco mais rápido, mas um passo em falso, pode resultar em morte. Demon’s Souls do PS5 é quase o mesmo jogo de 2009, então para quem jogou o que ele tinha a oferecer na época, não terá dificuldades.

Demon’s Souls possui 5 regiões pela qual você pode se aventurar enquanto caça os demônios, elas podem ser acessadas pelo Nexus, uma especie de lobby, comum em jogos souls likes, onde você pode recuperar a vida, comprar itens, organizar inventario, e o melhor de tudo, usar o almas para fazer upgrade no seu personagem e subir de nível, os atributos são divididos de forma direta e minimalista, assim como um bom jogo de RPG apresenta.

Um remake perfeito! 

Temos que exaltar o trabalho da Bluepoint em Demon’s Souls, mencionei anteriormente que era basicamente o mesmo o jogo, mas a gente pode notar um capricho nesse remake para o PS5, tudo foi remontando e melhorado com carinho. Os visuais Demon’s Souls são incríveis devido à atmosfera e iluminação de tochas e fogo, sombras e movimento do personagem, quando você passa por uma tocha acesa, os realces e as sombras que são mostradas no corpo se movem conforme você passa, tornando-o realista. A quantidade de detalhes é absolutamente incrível, ao utilizar magias perto de plantas e outros elementos é possível observar que as folhas mexem com a pressão da magia.

A potencia do PS5 misturado ao trabalho Bluepoint em Demon’s Souls sobe o patamar de como o jogo se comporta, nele temos duas opções gráficas, uma chamada fidelidade, com gráficos fieis em 4k e com tudo o que temos direito, porem rodando a 30 FPS, já o modo desempenho roda o jogo a 60 FPS e em 1440p.

Uma curiosidade é que Demon’s Souls não tem Ray Tracing, apesar do PS5 ter poder para isso a Bluepoint resolveu deixar de fora a opção no desenvolvimento do jogo. Mas para os mais exigentes de plantão, o jogo é impecavelmente bonito mesmo sem Ray Tracing, você não sentirá falta da tecnologia, principalmente no modo desempenho.

Também não posso deixar de destacar como o jogo encaixa e utiliza o potente SSD do PS5 em que carregamentos é basicamente nulo no jogo, se não fosse pela mensagem de conexão no servidor do jogo, o tempo de load seria zero.

 

Considerações finais. 

Demon’s Souls é sem sombra de dúvidas um belo cartão de visitas do PS5, uma estreia melhor que da geração passada, é um dos maiores remakes de todos os tempos em todos os aspectos e não deixa a desejar, um jogo obrigatório para o PS5. Jogar o primeiro exclusivo como Demon’s Souls faz explodir minha expectativas para o PS5, mesmo sem a presença do tão famoso Ray Tracing, podemos ter uma pitada do que essa geração pode ser capaz, e tenho certeza que iremos nos surpreender muito com o que está por vir.