Death Stranding (PC) – Review

Death Stranding

Death Stranding

*Este review foi realizado com uma copia do game disponibilizada pela 505 Games

Um jogo incrível do mestre Hideo Kojima, em sua melhor forma, para PC. Quando vi os primeiros reviews e gameplays desse jogo fiquei um pouco sem entender, e realmente a primeira vista o jogo é um pouco estranho, a estranheza só não é maior por conta da pandemia em que vivemos, o que se assemelha um pouco a própria história do jogo.

A muito tempo um jogo não exigia tanto da minha placa de vídeo, com gráficos impressionantes, e suas longas cutscenes, a principio você fica ansioso para jogar, mas com o tempo se habitua e elas diminuem de frequência, fica até parecendo que estamos assistindo a um filme bem no inicio, acho que tudo colabora um pouco para essa imersão, o ator, os gráficos.

O jogo se passa em um futuro onde por conta de um evento cataclismático o mundo dos mortos se funde parcialmente com o mundo dos vivos, quando uma pessoa morre, ela precisa ser incinerada antes de tocar o solo, caso o contrário um novo cataclisma acontece, destruindo o local (como uma bomba atômica) e um novo fantasma é formado. Nós não podemos ver os fantasmas, mas eles também não podem nos ver, o segredo para sobreviver? Fazer muito silêncio, ou ter seu próprio BB (Baby Bridge/Bebê Ponte) a ponte entre o mundo dos vivos e dos mortos, os bebes que ainda não nasceram estão no limiar da vida, e com isso podem sentir os fantasmas, que no jogo são chamados BTs (Beach Things/Entidades Praianas) as praias são como se fosse o limbo, a porta de entrada para o mundo dos mortos. Logo de inicio em uma belíssima e longa introdução, somos apresentados ao nosso personagem principal, Porter, ele é um famoso entregador. A civilização, por conta do cataclisma, se isolou em cidades-bunker, e agora precisa do serviço de extrema importância dos entregadores, pessoas com coragem excepcionais, e alguns com poderes sobrenaturais (DOOMs, sem significado atribuído), que enfrentam a intempere e os fantasmas para poder conectar as cidades, entregando peças. remédios, o que for necessário. Mas Porter não é um entregar qualquer, além de ele possuir um DOOM de nível 2, que não o permite ver os BTs, nas senti-los, ele é um também é um “Repatriado”, alguém que voltou do mundo dos mortos, e agora é imortal, ou seja, o jogo não tem game over! Toda vez que morre, Porter retorna a vida e recomeça de onde parou.

EP ao fundo, após evento cataclismático

A história é simplesmente incrível e envolvente, toda vez que uma cutscene começa da vontade de sentar no sofá e apreciar, apesar disso, a gameplay é um pouco repetitiva, e não tem muita ação, envolvendo basicamente você se deslocar entre cidade e executar missões de coleta e entrega, com o avanço do jogo e da história acontecem eventos e alguns combates, mas não é o foco do jogo.

A jogabilidade foi muito bem adaptada para o PC, sendo muito agradavel de controlar com o mouse e teclado, todo o menu é fácil de navegar, o que agrada bastante. Ademais, boa parte do jogo você vai estar se locomovendo entre uma área e outra, precisando se equilibrar na chuva, gerenciar o peso da carga, e os danos a ela causados, o que impacta na sua experiência no final da missão. O passeio pode ser uma caminhada, de moto ou com algum outro veiculo, e isso é bastante agradável, principalmente pela paisagem incrível que os gráficos proporcionam no computador, se não fosse pelos fantasmas eu até gostaria de viver nesse mundo. Com o tempo Porter vai conhecendo novos personagem, e se torna parte de uma missão maior, tem seus equipamentos melhorados e consegue melhorar as suas habilidades de entregador, com muitos elementos de RPG que satisfazem e tornam o jogo mais interessante.

Por fim temos o incrível multiplayer cooperativo assíncrono, onde você para transpor obstáculos pelo relevo pode utilizar cordas, escadas, tirolesas e deixar ela para outros entregadores que podarem utilizar em outros jogos, é possível também colocar placas com sinalização ou mensagens de incentivo, o que torna o jogo menos solitário e melancólico, como ele é no incio. Realmente uma inovação grande, apesar de já ter visto isso em outros jogos, e não ser algo totalmente novo, em Death Stranding foi uma das melhores e mais bem casadas execuções que eu já vi dessa forma de multiplayer.