Dark Picture Anthology: Little Hope – Review

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Queremos agradecer a Bandai Namco por nos enviar uma cópia de Dark Picture Anthology: Little Hope para PS4.

Nessa nova geração quando falamos de jogos de escolhas onde podemos seguir por vários caminhos e opções, vamos acabar lembrando dos títulos da gigantesca Supermassive Games, afinal de contas ela criou Until Dawn que fez bastante barulho (positivamente falando) no início da geração PS4. Anos depois veio sua nova empreitada, uma antologia chamada de Dark Pictures, onde vemos contos de terror vividos por alguém (no caso o nosso personagem) e acompanhados por um misterioso “bibliotecário”, o primeiro capítulo dessa antologia foi Man of Medan, que já teve crítica aqui no site.

Agora vamos analisar o segundo capítulo de Dark Picture, o chamado Little Hope. Será que vamos ter uma grande melhora com relação a jogabilidade do primeiro capítulo? A história melhora? Confira isso e muito mais nessa análise, claro se você escolher lê-la.

Cidade Fantasma

Little Hope troca a estética claustrofóbica de navio fantasma de Man of Medan e opta por uma temática de cidade fantasma. A trama se inspira nos julgamentos das bruxas em Salem e nas proximidades de Andover no final do século XVII. A história começa à noite com um acidente de ônibus que leva nossos cinco protagonistas à beira de Little Hope. Eles não têm outra opção a não ser se aventurar mais na cidade para obter ajuda e descobrir o que diabos aconteceu com o motorista do ônibus. A medida que avançam, os protagonistas começam a ser perseguidos por estranhas e macabras criaturas, algumas querem mostrar o passado já outras querem mata-los!

A trama bebe bastante de jogos como Silent Hill e filmes como a Vila. Já os personagens, são mais carismáticos que os de Man of Medan, e optam por escolhas mais sensatas em seus diálogos.

Com um desenvolvimento interessante em seu começo, Little Hope peca um pouco em seu final, que pode decepcionar quem passou horas seguidas lidando com a ansiedade na hora de salvar os personagens. Entretanto, foi uma escolha ousada e surpreendente!

Um Tanque Moderno!

Em Man of Medan controlávamos jovens em uma jogabilidade estilo “tanque”, já que os movimentos de câmera eram limitados pelos corredores do navio e era uma homenagem aos jogos de terror antigos, da época de PS1. Agora em Little Hope, por temos mais cenários abertos, temos um bom controle da câmera, mas os personagens ainda se movem devagar, um botão para correr (na velocidade trote) seria uma boa opção, além de facilitar a exploração em certos momentos.

O jogo aproveita para aumentar o misticismo da cidade trazendo elementos de exploração que já vimos no capítulo anterior, e aqui não temos muitas novidades com relação a isso, quem jogou o primeiro vai se sentir familiarizado e quem não jogou ainda vai achar isso meio inútil.

Em um gênero com jogabilidade bastante limitada, Little Hope, traz uma boa mecânica comparada ao anterior, chamo de “Corre porque fudeu”, onde os protagonistas fogem das criaturas e vez de cada personagem vai se alternando de forma dinâmica, deixando tudo ainda mais frenético e um pequeno erro pode ser fatal!

A jogabilidade em Little Hope tem uma leve melhora ao ser comparada com Man of Medan, e as opções de escolhas muitas vezes resultam em situações inesperadas e que pode causar boas surpresas durante sua visita a Little Hope.

Ai que susto!

A trama de Little Hope com certeza é o ponto forte do jogo, saber o que aconteceu no passado daquela cidade é instigante, mas a maneira como isso acontece torna-se cansativa, pois sempre vem seguida de um jump-scare safado, onde um fantasma segura nosso braço e solta um grito aterrorizante enquanto a câmera foca seu pálido rosto apavorado. Sério, teve um momento que aquilo dava mais raiva do que susto!

E por aqui quase tudo é jump-scare, o que poderia virar um grande terror psicológico como a própria Bruxa de Blair acaba se tornando um filme de terror barato, com momentos mais violentos caso algum personagem morra.

Como disse “quase tudo” no parágrafo acima, ainda sobra outros elementos do terror que o jogo explora como sua ambientação, pois os protagonistas estão sendo perseguidos e seus perseguidores podem aparecer em qualquer lugar.

Expressividade

Os jogos da Supermassive Games usam e abusam da captura de movimento e de rosto, em Little Hope não foi diferente. Todos os personagens possuem uma boa captura de movimento e principalmente facial, destacando ainda mais suas expressões de susto e medo, podemos sentir o pavor deles ao se deparar com monstros horrendos ou o medo de explorar o caminho mais a frente sem saber o que pode estar vindo por de trás do nevoeiro.

O mesmo talvez não pode ser dito do protagonista do jogo, o ator Will Poulter, que fez o Eustáquio em As Crônicas de Nárnia A Viagem do Peregrino da Alvorada, onde suas expressões são quase mínimas perto das situações pelas quais ele passou, mas nada que chega a estragar tanto a experiência durante a jogatina.

Considerações Finais.

Little Hope traz uma jogabilidade semelhante ao Man of Medan, com algumas novidades que agregam ao novo título. Sua ambientação e trama chamam a atenção, pelo ar misterioso  e macabro que adota, misturando presente e passado, entretanto, como dito mais acima, seu final pode decepcionar.

Distribuidora: Bandai
Desenvolvedor: 
Supermassive Games
Gênero: survivel horror, narrativa interativa 
Disponível para: PlayStation 4, Xbox One e PCs.
Data de lançamento inicial: 30 de outubro de 2020

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