Cyberpunk 2077: Phantom Liberty – Review

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*Este review foi realizado com uma cópia do jogo disponibilizada pela CD Projekt Red

Estava com saudades de Night City? Então trago boas notícias, pois a primeira (e possivelmente a única) grande expansão de Cyberpunk 2077 finalmente está entre nós! Phantom Liberty expande a campanha principal com conteúdo de sobra e uma história recheada de política e espionagem, trazendo uma vibe bem diferente da campanha principal.

Além deste DLC, o jogo também está recebendo o patch 2.0, disponível para todos os jogadores. Essa atualização traz ainda mais novidades ao pacote, reformulando diversos elementos do game e fazendo dele um título praticamente novo. Se você ainda não deu uma chance para Cyberpunk 2077, a hora é agora, pois ele nunca esteve tão completo e imersivo quanto agora!

Phantom Liberty

O DLC adiciona um novo distrito e traz uma história independente, se passando antes da conclusão da campanha principal. Isso significa que você não é obrigado a terminar a jornada de V para adentrar o novo mapa, podendo até mesmo usar um personagem pré-definido para pular os eventos do jogo base e partir direto para a expansão (não é recomendável, mas quem quiser arriscar tem essa possibilidade).

O novo distrito se chama Dogtown, uma cidade separatista dominada por uma milícia militar. A trama se desenrola quando V recebe o contato de uma figura misteriosa chamada Songbird que, de alguma forma, consegue “entrar na sua cabeça” através do Relic. Songbird encarrega nosso protagonista da árdua missão de salvar a presidente dos Novos Estados Unidos da América, um ato nobre que nos jogará em um verdadeiro ninho de cobras.

É nesse contexto que somos apresentados a um dos agentes secretos do governo: Solomon Reed, interpretado por ninguém menos que Idris Elba. Ao lado de Keanu Reeves como Johnny Silverhand, Cyberpunk 2077 já está com um elenco de primeira – fora os diversos cameos e aparições especiais de outras figurinhas bem conhecidas do mundo real.

A história de Phantom Liberty dura em média 10 horas e está repleta de reviravoltas e escolhas difíceis. Existem dois momentos em especial que certamente te deixarão em pânico, pois é bem nítido que qualquer decisão aqui pode ser catastrófica. O único problema é que, caso você já tenha zerado o jogo antes, provavelmente saberá desde o começo qual será o maior plot-twist do DLC, o que é uma pena.

O restante do pacote não se distancia muito do que já temos no jogo base, mas continua expandindo tudo com a qualidade de sempre. Dogtown possui suas próprias missões secundárias e serviços, onde poderemos prestar alguns “freelas” de mercenário para o canal local. Percebi um nível de detalhes maior nessas missões mais terciárias, o que deixou todas bem mais interessantes de fazer.

Somando missões principais com atividades secundárias, todo o conteúdo de Phantom Liberty adiciona em média 20 horas de gameplay, um tempo mais que satisfatório (se tratando de um DLC).

Novidades da atualização

O patch 2.0 provavelmente traz mais novidades que a própria expansão, então quem chegou a jogar Cyberpunk 2077 no passado com certeza vai se perder quando abrir o jogo novamente. A atualização trouxe novidades no combate, no sistema de polícia, nas árvores de habilidades e em todos os elementos de RPG do game. O título já era bom, mas agora está ainda melhor!

Começando pelas árvores de habilidades, todas as skills sofreram uma repaginada e estão mais complexas, adicionando melhorias que podem transformar o seu V em uma máquina de matar. Agora podemos chegar até o nível 60 e temos muito mais liberdade para explorar combinações e redistribuir os pontos sempre que achar necessário. Infelizmente, não é possível ter um personagem perfeito, com todas as skills disponíveis, então não hesite em mudar sua build quando estiver precisando mudar seu estilo de jogo.

Os elementos de RPG também estão mais elaborados, tendo mais peso nos diálogos e na forma como resolvemos os conflitos. Agora os atributos do seu V podem desbloquear interações adicionais que mudam o rumo de uma conversa, muitas vezes evitando reações violentas. Esses status também se fazem mais presentes ao desbloquear novos caminhos pelo cenário, então está tudo muito mais imersivo e cheio de possibilidades.

O combate com armas de fogo está amplamente aprimorado e quem chegou a jogar a build antiga vai notar isso logo de cara. Nunca foi tão bom atirar neste jogo e agora podemos fazer isso até quando estamos dirigindo – outra novidade do patch 2.0. As batalhas em veículos foram uma grande adição e não se limitam só ao ato de atacar no volante, mas também a hackear carros ou até mesmo destruí-los totalmente através da tecnologia.

Por fim, temos o aprimoramento do sistema de polícia do jogo, que antes era praticamente inexistente. Em mais de 100 horas na versão antiga, nunca fui perseguido pela polícia de Night City. Agora a situação está bem diferente e as autoridades da lei estão prontas para atacar ao menor dos crimes cometidos, então se você gosta de causar pelas ruas, esteja avisado! Semelhante a um GTA da vida, quanto mais caos, mais intensa será a ação policial – podendo até mesmo chegar na MaxTac, o terror de qualquer criminoso.

Dito isso, acho que já deu para entender que Cyberpunk 2077 finalmente está completo e redondinho, não é mesmo? Esse patch melhora infinitamente diversos elementos importantes e o DLC apenas expande aquilo que já era bom. É improvável que tenhamos outra expansão neste primeiro título, mas felizmente nossa passagem por Night City não acabará por aqui, pois já temos uma sequência confirmada.