[CRÍTICA] Kingsglaive: Final Fantasy XV

kingsglaive ffxv cover

Muitos acreditam que filmes baseados em jogos são a fórmula do fracasso, pois adaptar uma história de várias horas em um filme de mais ou menos duas horas, vai resultar em cortes e adaptações mal feitas. E aí está a vantagem de Kingsglaive: Final Fantasy XV, dirigido por Takeshi Nozue (que também dirigiu Final Fantasy VII: Advent Children) o filme não busca adaptar uma história já contada em um jogo, mas sim servir de prólogo para o vindouro (dependendo de quando você ler isso) Final Fantasy XV.

Sinopse
Em Kingsglaive: Final Fantasy XV somos apresentados a dois reinos que vivem uma guerra constante há vários anos: o reino  de Lucis, um lugar pacífico, governado por Rei Regis (Sean Bean), e protegido pela magia de um poderoso cristal; do outro lado temos Nilfheim, um poderoso império militar e fortalecido pelo poder seu magictek.

Nilfheim começou a invadir as terras de Lucis, com o intuito de chegar à capital, Insomnia, e roubar o cristal que dá poder ao reino. Para proteger a capital, Rei Regis usou o poder do cristal e criou um campo de força, e para proteger suas fronteiras ele criou os Kingsglaive, poderosos guerreiros mágicos.

Agora anos de guerra podem chegar ao fim quando o imperador de Nilfheim decide fazer um acordo de paz com Lucis. E então começa uma história conspiratória, cheia de ação, com uma animação de qualidade gráfica incrível!

PONTOS NEGATIVOS
Universo rico, mas sem explicação –
O filme tem um universo extremamente rico, como já é de costume nos jogos da série Final Fantasy, mas muito pouco do que é apresentado é explicado ou explorado durante o filme, o que pode deixar o espectador um pouco confuso.

Corre, corre – Alguns personagens são bastante superficiais em suas personalidades e ações, não deixando bem específico a realização de tais atos. Culpa disso talvez seja pela dinâmica do filme, onde acontece muita coisa e não deixa tempo para o desenvolvimento de outros personagens que poderiam agregar à trama.

PONTOS POSITIVOS

Que coisa linda! – O filme é lindo! Sério, é a animação mais bonita que eu já assisti, visualmente falando. A qualidade começa desde a fotografia do filme, misturando magia e tecnologia na arquitetura da cidade e em ambientes internos; os modelos dos personagens beiram a realidade, tudo graças a tecnologia que temos hoje.

Corre, corre – O que foi um ponto fraco também pode ser um ponto forte, pois embora alguns personagens tenham sua trajetória mostrada de maneira extremamente superficial, isso não chega a atrapalhar o andamento da história, já que ela é bastante dinâmica e sem muitas coincidências forçadas.

Personagens – Nyx Ulric (Aaron Paul), o protagonista, junto com seus dois amigos Libertus e Crowe, conseguem nos cativar nos primeiros minutos de tela, parte disso vai pelo roteiro de Takashi Hasegawa e a direção de Takeshi Nozue, pois quando não estão em missão os personagens são mostrados em situações um pouco mais cotidianas, como bebendo em um bar. E é com eles que vamos sentido o peso da história.

Cenas de ação Em momentos de ação eles também souberam usar com maestria  o uso da tecnologia para criar combates épicos, cheios de movimentos rápidos, com ângulos de câmeras incríveis, acompanhadas por uma excelente trilha sonora e efeitos visuais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Kingsglaive: Final Fantasy XV poderia retirar alguns poucos minutos de seu embate final para desenvolver certos personagens, mas mesmo assim ainda é uma excelente animação. E recomendo o filme para todos aqueles que gostam de cenas de ação épicas, conspirações, ou para aqueles que sentem falta de um bom filme baseado em jogos.

E lembre-se, ele é um prólogo do jogo Final Fantasy XV, então muito do que foi mostrado aqui será continuado ou explicado no jogo.

                                                                          NOTA

Mas e então, o que você achou do filme? Lembrando que o filme estreou no dia 30 de Agosto, já está disponível no iTunes, na “locadora do Paulo Coelho”, e chegará também com o jogo Final Fantasy XV em 29 de novembro de 2016.