Exterminador do Futuro: Destino Sombrio – Crítica

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O nome Exterminador do Futuro pode divergir opiniões sobre o enredo de alguns filmes, mas não se pode negar que se trata de uma das franquias que mais impactaram o cinema mundial, muito em função dos seus dois primeiros filmes. E é nos dois primeiros filmes que Exterminador do Futuro: Destino Sombrio se apoia.

O enredo do novo filme da franquia praticamente corta da cronologia os três filmes mais criticados : “Exterminador do Futuro: Rebelião das Máquinas”, “A Salvação” e “Gênesis”. Então, na teoria, já sai ganhando quando é uma continuação direta dos dois filmes mais amados pelos fãs. E se tratando de pensar nos fãs, o filme acerta e muito.

A história traz uma nova protagonista, Dani Ramos (Natalia Reyes) é uma jovem que tem sua vida transformada quando uma máquina do futuro é enviada para acabar com a vida dela pois, aparentemente, ela tem um grande papel para a humanidade na guerra contra as máquinas. Então ela precisa se juntar com Grace (Mackenzie Davis), uma mulher com capacidades físicas e mentais aprimoradas através da tecnologia e que veio do ano 2042 com a missão de proteger a jovem, e a já conhecida Sarah Connor (Linda Hamilton) que é especialista em lidar com problemas do futuro. Arnold Schwarzenegger é mais uma vez o robô T-800, a figura mais marcante da série e uma das mais marcantes no cinema.

A Skynet foi vencida em um futuro alternativo, o que acabou gerando uma outra organização de Inteligência Artificial que deseja aniquilar os seres humanos, chamada de Legião. O vilão fica nas mãos do Gabriel Luna que apresenta o incansável robô Rev-9.

Exterminador do Futuro: Destino Sombrio possui um enredo enxuto e muito foco nas cenas de ação, o que é um grande ponto positivo. Cenas de lutas, explosões e perseguições de tirar o fôlego que não te deixam nem piscar em alguns momentos. O vilão possui habilidades nunca antes mostradas na série e que deixam as lutas muito mais emocionantes, além dos efeitos especiais que são relativamente bons. A dupla feminina novata consegue entregar uma atuação que convence e que pode até ter um futuro na franquia, mas o ponto alto das atuações do filme está com Arnold e Linda que conseguem trazer toda a nostalgia que o filme precisava, a atuação dos dois chega a se sobressair em algumas partes tomando até o protagonismo momentâneo do filme. Você simplesmente esquece que a Sarah Connor não é protagonista por alguns minutos e um T-800 que agora se chama Carl e arruma cortinas acaba sendo muito divertido.

O ponto baixo do filme sem sombra de dúvidas é a falta de inovação. O filme entrega o que os dois primeiros filmes entregaram e o que vários outros filmes do gênero entregam também, mas nada de diferencial para marcar uma época. Sendo assim mais um filme para gerar dinheiro e pouco impacto no cenário mundial de cinema.

O filme acerta muito quando passa uma borracha em todos os filmes desastrosos e faz uma continuação direta dos dois primeiros, além de entregar grandes cenas para os fãs mais antigos da série e muitas cenas boas para fãs do gênero de ação. Exterminador do Futuro: Destino Sombrio pode ser considerado como um resgate de todos os pontos positivos que os primeiros filmes tiveram, mas ao mesmo tempo sem nenhuma inovação, o que não quer dizer necessariamente que seja ruim, só que tem o risco de se tornar uma fórmula maçante e perder a sua força com o tempo.