A melhor escolha – Crítica

last flag flying cinepop

Filme produzido pelo talentoso diretor Richard Linklater, conhecido por sempre tratar de forma bem humana e realista histórias emocionantes. Sua filmografia inclui filmes como “Escola do Rock” e “Boyhood: Da Infância à Juventude”.

Não foi diferente na trama de “A melhor escolha”. Richard optou por mostrar a importância de termos amigos ao nosso lado em momentos tão delicados de nossas vidas.

Baseado no livro de Darryl Ponicsan, o longa descreve o drama vivido pelo personagem Larry, que encara a morte de seu filho e o desafio de fazer seu funeral. O personagem é interpretado pelo ator Steve Carrel, indicado ao Oscar como melhor ator em 2015 pelo papel no filme Foxcatcher.

Ele então, com o auxílio da internet – recurso moderno e novo para a época (2003) – reencontra seus dois amigos e parceiros de guerra, Sal Nealon interpretado por Bryan Cranston (indicado ao Oscar como melhor ator por Trumbo – Lista Negra) e Mueller, interpretado por Laurence Fishburne.

Com várias doses de alívio cômico, muitas devido ao personagem Sal, o enredo se desenrola e traz à tona lembranças dos tempos em que o grupo servia à Marinha e o quanto suas visões e realidades mudaram de lá para cá.

O filme também traz uma visão crítica sobre os jogos políticos em um sistema perverso de privilégios e lucratividade, em que não se importam se preciso for transformar garotos em escudos humanos, distorcendo fatos para transformar em uma versão politicamente aceitável e patriota para os demais.

Filme segue em um formato linear, com bastante diálogo e um ritmo lento, tendo alguns diálogos desnecessários ou redundantes. No roteiro não há uma virada muito definida ou um momento ápice. O que poderia ser explorado mais neste filme foi os momentos de drama, trazendo mais lembranças e vivacidade ao relacionamento pai e filho, explorando mais esse momento dramático da vida do personagem Larry. O enredo teve momentos que retrata isso porém com uma certa superficialidade.

O espectador pode se deixar levar pela química que há entre os personagens, pois a personalidades de cada um é distinta e muito peculiar, causando assim uma interação muito divertida de se acompanhar.