Crash Bandicoot 4: It’s About Time – Review

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Após passar uma década na geladeira, finalmente podemos dizer que vivemos o suficiente para ver um jogo inédito do Crash sendo lançado! Crash Bandicoot 4: It’s About Time é uma nova tentativa de fazer uma sequência que faz jus à trilogia original (afinal, convenhamos que The Wrath of Cortex foi o início do fim) e, felizmente, eles conseguiram!

O jogo traz tudo que a franquia tem de melhor e ainda conseguiu implementar novidades que agregam ainda mais valor ao produto final. Agora sim podemos dizer com tranquilidade: o Crash voltou!

Desventuras interdimensionais

Nossa história começa exatamente onde Crash Bandicoot: Warped acaba, com os vilões do marsupial tentando escapar de sua prisão interdimensional. Com muito esforço eles conseguem abrir uma fenda temporal e escapar, mas isso acabou bagunçando todas as realidades e causando um choque de universos. Agora cabe a Crash e Coco, com a ajuda das máscaras quânticas (novos personagens deste jogo), impedir os planos maléficos do Dr. Neo Cortex e cia. e salvar o mundo novamente.

Todas as grandes novidades giram em torno dessas máscaras, que são seres cósmicos capazes de manipular diferentes tipos de matéria. Cada uma garante um poder diferente para Crash e as mecânicas das fases se baseiam nessas habilidades, então teremos fases com objetos que aparecerem e desaparecem, abismos que só podem ser atravessados com um super giro e por aí vai. É tudo muito criativo e um tanto desafiador.

Falando em desafio, Crash Bandicoot 4 mantém a dificuldade de seus antecessores e continua bem difícil. Quem já está acostumado com a franquia pode não sentir tanta dificuldade, mas ainda assim é muito comum morrer incontáveis vezes em uma única fase. Felizmente, existe a possibilidade de escolher jogar com vidas infinitas ou com limite de vidas (para quem for louco o suficiente).

Mesmo com vidas infinitas, é importante se esforçar o tempo inteiro para não morrer, pois um dos desafios opcionais das fases é morrer menos de três vezes. Cada fase oferece uma série de desafios que, quando cumpridos, nos garantem joias. Quando cumprimos todos os desafios de uma fase, somos recompensados com skins novas para Crash ou Coco. Não pense que conseguir todas as joias de uma fase será tranquilo, pois esse é disparado o Crash com o maior número de joias para coletar.

De cara nova

Crash e Coco não são os únicos personagens jogáveis aqui. Esse é o Crash da saga principal com a maior variedade de personagens, incluindo alguns que estão jogáveis pela primeira vez, como Dingodile, que sempre foi um chefe nos anteriores, e até mesmo Tawna, a ex-namorada do marsupial que está marcando seu retorno em grande estilo.

Todos eles possuem seu próprio estilo de gameplay, alterando todas a estrutura das fases e oferecendo seus próprios desafios, o que é muito legal. Além disso, cada fase dos personagens opcionais se desenrola paralelamente às fases principais, então é como se você estivesse jogando um complemento da história através de outro ponto de vista.

Quanto ao visual, os gráficos estão incríveis e ricos em detalhes. Cada cenário é recheado de cores e elementos que muitas vezes fazem referência a alguma coisa, então o que não falta são easter eggs. A trilha sonora também continua de primeira e todas as faixas lembram muito as músicas dos clássicos.

Existem apenas poucos fatores que podem estragar um pouco a experiência. A performance não está 100% e as quedas de fps são bem comuns, principalmente durante cutscenes. Os loadings também são um pouco demorados e existem alguns bugs de jogabilidade que podem atrapalhar bastante. Comigo esses bugs foram bem presentes, mas como não vi mais ninguém passando por isso, creio que não sejam comuns.

Crash Bandicoot 4: It’s About Time é um jogaço para nenhum fã do personagem botar defeito! Ele tem tudo que faz a trilogia original ser tão boa e os desenvolvedores ainda conseguiram inovar o suficiente, para que de fato seja um jogo novo. Essa sim é a sequência que ele merece!