Convenção das Bruxas – Crítica

Convenção das Bruxas

Convenção das Bruxas marca minha volta as cabines de imprensa, com os cinemas tomando todas as medidas sanitárias e de distanciamento necessárias, já me sinto seguro a voltar a frequentar os cinemas, e nada melhor do que retornar com esse remake de um grande clássico da sessão da tarde e dos anos 90.

Convenção das Bruxas de 1990 foi um filme que marcou uma geração, e com grande elenco, como a ganhadora do Oscar, Anjelica Houston e Mr. Bean (Rowan Atkinson), o remake traz em seu casting a também ganhadora do Oscar, Anne Hathaway como a rainha das bruxas, e ainda conta com os reforços de Stanley Tucci e Octavia Spencer. Do diretor de Robert Zemeckis de De volta para o futuro e Forrest Gump e produção de Guilhermo Del Toro o filme consegue entregar a uma nova geração a experiência de Convenção das Bruxas.

Nessa nova jornada, o pequeno orfão (Jahzir Bruno) após sobreviver a um acidente de carro, por estar usando cinto, perde os pais e vai viver com a Vovó, uma curandeira americana, típica dos estados do sul. Após o encontro com uma bruxa em um supermercado, Vovó decide levar o neto para passar alguns dias no Hotel, com a intenção de despistar a Bruxa, mas acaba encontrando uma antiga inimiga, a rainha das bruxas, em meio convenção das bruxas, que estava sendo organizada neste mesmo hotel.

A trama consegue se manter muito fiel ao filme original, se passando nos anos 60, consegue manter uma estética parecida mas com uma excelente modernização, o inicio do filme ficou muito mais rápido e interessante, sendo mais gostoso de assistir, agora com o protagonista como contador de sua própria história, a família que agora é negra e conta com a excelente atuação de Octavia Spencer como a Vovó, que traz um certo alivio emocional, principalmente se comparado com a assustadora Vovó do filme original, e com pequenos ajustes na história consegue entregar uma trama muito mais concisa e amarrada dentro da sua própria mitologia.

O filme também resolve algumas pequenas pontas soltas, como porque a vovó estava hospedada naquele hotel caríssimo? Mas, mesmo com tudo isso, o primeiro filme consegue ser incrivelmente marcante e carismático com seu gênero de comédia de terror, bastante assustador, e insuportável de assistir para muitas crianças até hoje em dia, mesmo com uma classificação de 10 anos.

Com excelente atuação de Anne Hathaway, que consegue entregar bem o papel de rainha das bruxas, infelizmente o excesso de efeitos especiais acabam que atrapalham um pouco a atuação da atriz. O grande Stanley Tucci também tem bastante sucesso em sua difícil missão de tomar o lugar de Rowan Atkinson e juntos os dois são grande parte do sucesso do filme.

O filme consegue modernizar o clássico, e com certeza vai fazer muito sucesso, principalmente com o público infantil, mas ainda lhe falta um pouco do charme cult do seu antecessor, os efeitos práticos são impressionantes até hoje. Se você está procurando um filme para voltar ao cinema com seu filho, esse é um excelente filme para você fazer seu retorno. Bastante divertido e empolgante, uma aventura pelo mundo das bruxas.

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