Cloudpunk – Review

cloundpunklogo

Enquanto Cyberpunk 2077 não chega, o que não falta é joguinho com temática futurista e distópica para a gente curtir. Cloudpunk é um deles, um jogo que foi originalmente lançado para PC em abril deste ano e só agora recebeu uma versão para consoles, mas antes tarde do que nunca.

Porém, diferente da maioria dos jogos ambientados nesse vasto subgênero do cyberpunk, em Cloudpunk nós não empunhamos armas ultra tecnológicas e saímos causando o caos por aí. Aqui, nosso único objetivo é fazer entregas em uma vasta megalópole que nunca para de chover (o que explica porque não tem tantas pessoas e carros vagando por aí). Para você que sempre reclamou da demora dos Correios ao entregar seus pacotes, chegou a hora de se colocar um pouquinho no lugar deles.

O Sedex do futuro

O jogo é ambientado em Nivalis, uma grande cidade que, como já dito, sofre um grande problema com chuvas. Nossa protagonista é Rania, uma loba solitária que está passando apuros financeiros e se vê obrigada a encarar a cidade grande para ganhar uns trocados. Ela logo encontra uma oportunidade de trabalho na transportadora Cloudpunk, que é famosa especialmente por não questionar o conteúdo dos pacotes – você os contrata e eles entregam, simples assim.

A comparação com Death Stranding é inevitável, principalmente porque podemos vagar por Nivalis tanto pelos ares (com seu carro voador) quanto andando, mas aqui é bem diferente. Nós só recebemos um pacote por vez e você não tem a obrigação de correr para o destinatário dentro de um limite de tempo, podendo entregar tudo no seu tempo e sem sofrer penalidades.

A progressão do jogo está diretamente ligada com a entrega dos pacotes, mas sua experiência depende muito do seu nível de curiosidade e paciência de explorar. Nivalis é cheia de segredos e cabe somente a você descobri-los, visitando cada área da cidade e conversando com os NPCs que encontrar.

A ambientação é incrível, tanto em terra como em ar. A cidade é forjada no neon, repleta de prédios gigantescos, casas noturnas e pessoas modificadas tecnologicamente. Como de costume, a cidade é dividida entre a elite e as camadas mais pobres (que populam a região mais baixa de Nivalis), então é muito legal poder ver de perto como funciona esse lado mais distópico do jogo.

Uma entregadora de respeito

Como não existe punição por demorarmos nas entregas, o jogo acabou ficando sem nenhum tipo de desafio e pode ser até mesmo entediante para algumas pessoas. Porém, em certos momentos teremos a opção de topar ou não realizar uma entrega em específico. Caso você aceite, ganhará uma boa recompensa, mas recusar irá impactar na sua narrativa, então temos um pequeno sistema de karma aqui.

Essas entregas opcionais geralmente envolvem alguns dilemas morais, como entregar um pacote com conteúdo ilegal, por exemplo. Como o mundo em que vivemos não é lá muito correto, fica difícil dizer se seria moralmente aceitável ou não fazer essa entrega, principalmente porque você é o inocente da história e só está fazendo o seu trabalho.

Nivalis também está repleta de missões secundárias que só podem ser encontradas caso você explore bastante cada beco da cidade. A maioria só envolve levar algum item para um NPC ou encontrar um outro NPC, mas se você for um bom explorador, provavelmente vai encontrar muitos itens antes mesmo de precisar deles, te poupando o trabalhão de sair por aí caçando eles.

Conforme você ganha dinheiro, poderá ir comprando algumas melhorias para seu carro ou até mesmo para seu apartamento, que é acessível no jogo. Todas essas recompensas são cosméticas e não trazem nenhuma diferença no gameplay (inclusive as do carro, o que é uma pena), mas assumo que é bem legal personalizar o apartamento de Rania.

O jogo ainda conta com diferentes tipos de câmera para todos os gostos, inclusive quando estamos a pé, o que foi uma agradável surpresa. Podendo alterar entre câmera em primeira ou terceira pessoa e até mesmo fixa, o que não falta são modos diferentes de se aprofundar na beleza de Nivalis. A trilha sonora também não deixa a desejar, não fugindo do clássico synthpop/retrowave que faz parte de toda a estética cyberpunk.

Eu não esperava nada de Cloudpunk, mas assumo que gostei mais do que poderia imaginar. Não é um jogo de ação, então quem não gosta de ler toneladas de diálogos e de andar para lá e para cá com o único intuito de explorar provavelmente vai odiá-lo. Se não for o seu caso e, se você for um grande fã do gênero cyberpunk, o jogo é mais que recomendado!

Quer ler mais reviews ? clique aqui. 

Cloudpunk na PS Store.

Cloudpunk na Steam.