Clive ‘N’ Wrench – Review

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O review de Clive ‘N’ Wrench foi realizado com uma cópia do jogo disponibilizada pela Numskull Games.

Falar de um jogo desenvolvido ao longo de alguns anos por uma única pessoa é complicado. Pois sabemos dos desafios que é criar um game desde o seu processo inicial até as fases de programação, estruturas de fase etc. Mas o jogo tem que ser avaliado pelo que ele apresentou e infelizmente o que tivemos em Clive ‘N’ Wrench foi um sentimento agridoce.

Uma Viagem Pelo Tempo

Nancy, uma cientista, descobre que seus projetos de viagem no tempo foram roubados pelo grande vilão Dr. Daucus e sua parceira General Olga. Agora, a professora Nancy vai precisar da ajuda de seus amigos, o ágil coelho Clive e o esperto macaco Wrench para viajar no tepo e perseguir a terrível dupla de vilões, antes que estes realizem seus planos nefastos!

A história abre espaço para uma boa aventura nostálgica, por meio dos 11 mundos que o jogo oferece e cada um sendo bem distinto em design do cenários quanto dos inimigos. Mas infelizmente, o jogo não traz uma boa jogabilidade e explorar os mundos muitas vezes é frustrante. Vamos aos fatos.

Jogabilidade Nostálgica, Mas…

Para passar pelos mundos devemos pegar itens que vão desbloquear batalhas contra os chefes de fase. Porém, encontrar esses itens não será uma tarefa simples, já que alguns estão espalhados pelo cenário e outros só são recuperados depois de realizar missões secundárias.

A estrutura das fases lembra o que era visto em Super Mario 64, Banjoo Kazooe e outros “coletatoons” da quinta geração. Na verdade, tudo em Clive ‘N’ Wrench lembra um título que seria lançado para os consoles nos anos 90, desde HUD, level design, trilha sonora etc. Porém, com gráficos um pouco mais atuais isso cria uma mistura estranha, parece mais que estamos jogando uma beta do que um jogo realmente finalizado.

Clive pode pular, fazer um pulo duplo e ainda planar com a ajuda de Wrench para alcançar plataformas mais longas. A ajuda do macaquinho não acaba por aí, pois ele também é arremessado na direção dos inimigos e mostra como o fator de colisão do jogo é uma bagunça, porque muitas vezes você acerta o inimigo e não parece que o acertou, e quando morrem seus corpos viram bonecões molengas que em certas situações ficam bugados no cenário.

As interações com NPCs que passam missões secundárias são bem fracas, pois não existe uma cutscene, ou algo que dê algum contexto delas no jogo, simplesmente chegamos e eles dão a missão e quando terminamos uma moeda aparece magicamente. Sem mencionar que podemos terminar as missões sem aceitar elas, já que os NPCs estão espalhados pelo cenário e podemos encontras os itens de tais missões antes deles nos passarem (acho que deu para entender.

Personagens Bonitinhos no Papel

Confesso que quando recebi o título para analisar o que me chamou a atenção foi o design dos personagens, desenhados por um artista que gosto bastante do trabalho, Luigi Lucarelli. Seu traço é mais infantil, lembrando algo que poderia ser usado nas animações da Disney, mas com um toque artístico bastante original.

Porém, ao tirar do papel, o traço de Luigi Lucarelli é perdido. Os protagonistas estão bem renderizados (na maioria das cenas), porém o mesmo não pode ser dito do resto dos personagens que muitas vezes apresentam uma modelagem que parece mal acabada ou feita as pressas.

Que Barulheira É Essa?

Geralmente não tenho muito o que reclamar da parte sonora dos jogos, muito pelo contrário, costumo elogiar bastante quando temos imersão causada pelos sons do ambiente ou uma trilha sonora de fundo que condiz com o que vemos na tela. Porém,em Clive ‘N’ Wrench  é o oposto disso tudo.

Quando falamos com alguém eles fazem um som repetitivo e enjoativo, muito diferente do que era em Banjo Kazooe. Nas fases, principalmente na primeira, as telas de tutorial emitiam um som que chegava a ser desconfortante.

Vale ressaltar o barulho de inimigos que pareciam estar no mesmo local que você, mas estavam muito mais distantes. Já a trilha sonora, ela condiz com os mapas, mas são músicas genéricas, pouco marcantes

Claro, esses problemas, como todos os outros citados, podem ser resolvidos com futuras atualizações.

Considerações Finais

Clive ‘N’ Wrench é uma carta de amor bem intencionada para os “coletatoons’ dos anos 90. Entretanto, sua jogabilidade é bastante irregular e deixa a desejar na medida que avançamos pelos mundos do jogo.

Distribuidora: Numskull Games
Desenvolvedora: Dinosaur Bytes Studio
Gênero: plataforma
Disponível para: Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5 e PC.
Data de lançamento inicial: 23 de Fevereiro de 2023

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