“Círculo de Fogo – A Revolta” – Crítica

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Quem não gosta de ver robôs gigantes descendo a porrada em monstros também gigantes? Essa foi a fórmula que levou o público para as salas de cinema no primeiro filme da franquia, tornando um sucesso que rendeu mais de 400 milhões de dólares. Não seria difícil imaginar que um filme escrito e dirigido por Guillhermo Del Toro que tem em sua bagagem filmes como O Labirinto do Fauno (2006) e A Forma da Água (2017) fosse um sucesso. Para o segundo filme da franquia Circulo de Fogo: A Revolta, o cargo foi passado para Steven S. DeKnight que estreia como diretor de cinema.

Del Toro fez falta, com um início arrastado e sem atrativos, Circulo de Fogo: A Revolta, mais parecia um filme de introdução, tudo que já havíamos visto no primeiro filme parece ter sido refeito. Jake Pentecostes (John Boyega) é uma cópia do protagonista do primeiro filme, Raleigh Becket (Charlie Hunnam), um ex-piloto marginalizado que volta ao trabalho após uma demanda. O personagem de Scott Eastwood não é nenhum pouco necessário, parecendo estar ali simplesmente pelo nome, onde é estranho também ver seu personagem estampando os pôsteres nos cinemas e não o protagonista John Boyega.

Dessa vez a franquia conta com um elenco adolescente, meio deslocados e mal explorados, mas com talento o suficiente para subir em um Jeager e pilotar como um profissional, mesmo nunca tendo saído de simulações. Infelizmente o filme está repleto de inconsistências como essa.

Apesar dos pesares, o filme trás a mesma qualidade de efeitos visuais que vimos no primeiro, ainda conseguimos compreender os movimentos dos robôs gigantescos diferente dos transformes do Michael Bay. Aqueles detalhes hilários que estão presentes em todos os filmes do Del Toro ainda estão presentes. Quem não lembra da cena da privada? Também podemos perceber várias referências por todo o filme, como uma estátua, que se não for, é muito parecido com um Mecha do Gundam.

Um filme que gerou muita expectativa e possui muitos problemas. Diferente do que foi o primeiro, o segundo filme da franquia trás um roteiro bagunçado, com problemas e soluções preguiçosas. Mas vale a pena ser conferido já que a última cena indica que teremos uma trilogia.