Assassin’s Creed Mirage – Review

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A review de Assassin’s Creed Mirage foi realizada por uma cópia disponibilizada pela Ubisoft

Assassins Creed Mirage

A história de Assassin’s Creed Mirage se passa anos antes dos eventos de Valhalla. Aqui controlamos Basim, um jovem ladrão que anda pelas ruas (e tetos) de Bagdá. Seu destino muda quando o roubo de um misterioso artefato dá errado e Basim perde alguns de seus amigos. Movido pela vingança, ele viaja para longe ao lado de uma misteriosa mulher que pertence ao grupo dos Ocultos e irá ensiná-lo a se tornar uma máquina de matar.

Se achou essa sinopse simples, bem, é porque ela é mesmo. Assassin’s Creed Mirage traz uma trama simples, muito longe do que seus últimos jogos. Isso se resume também a duração da mesma, em pouco menos de 20 horas você conseguirá terminá-la. Talvez ela seja um dos pontos fracos do jogo, mas nem de longe vai te impedir de explorar o mapa do jogo.

Por ser curta, ela não tem tempo de se tornar repetitiva, e tudo acontece em um ritmo interessante de se acompanhar, sem parecer que o roteiro do game está criando uma barriga e tomando suas horas.

O jogo está totalmente localizado, mas a dublagem não segue a mesma qualidade que temos em outros jogos, não falo da atuação, mas sim da direção. Temos várias vozes repetidas em NPCs, além de algumas entonações que destoam do sentido da conversa.

Menor, mas grandioso

Aqui exploramos Bagdá na era de ouro, toda sua arquitetura e cultura estão ricamente colocadas em cada canto do mapa que exploramos. A própria Ubisoft avisou que Mirage seria menor, e realmente o mapa aqui está extremamente reduzido, mas isso não é ruim, pois isso fez a desenvolvedora trabalhar melhor em uma única cidade e seus arredores.

Além da grande cidade, temos áreas desérticas, que não são só um monte de areia para encher espaço (olá Origins), áreas com fazendas e alguns povoados. Durante a curta campanha passamos pela maioria desses lugares.

Porém, algo me incomodou, por estarmos em uma nova geração eu esperava um pouco mais da exploração e comportamento dos NPCs. A exploração não é ruim, mas é mais do que já tivemos nos outros jogos, e as interações com os NPCs são praticamente nulas.

Explore Bagdá

Como dito acima, você tem toda Bagdá como seu parque de parkour, e para os fãs mais saudosistas, Assassin’s Creed Mirage é uma grande homenagem ao primeiro título da série. Tudo nele respira a saga de Altair, e temos até mesmo um filtro para deixar o jogo com a vibe mais parecida com o original.

Em Bagdá podemos comprar, vender e melhorar itens, realizar missões secundárias, conhecidas como Contos de Bagdá, encontrar pontos que vão explicar mais sobre a cultura local, além de outras side-quests. A campanha pode ser curta, mas você terá muito o que fazer caso queira completar todo o jogo.

Para percorrer entre os vários pontos do mapa, podemos fazer o uso de viagem rápida pelos pontos de observação que você já acessou ou pelas sedes dos Assassinos.

Os gráficos dos cenários, sejam as montanhas, casas, grandes palácios e etc. possuem gráficos lindos. Mas o mesmo não pode ser dito dos personagens, eles não tem um gráfico ruim, mas não parece ter uma grande evolução do que vimso em Valhalla. Além da falta de expressões faciais que deixam alguns personagens sem muito carisma.

Nada de RPG

Assassin’s Creed Mirage abandonou de vez a parte RPG de sua jogabilidade, nada mais de inimigos com nível, ou fases que exigem um nível específico do personagem. Tudo deve ser resolvido no stealth, na surdina e com bastante uso de seu equipamento.

Entretanto, alguns elementos da parte de RPG estão presentes, como a observação aérea sendo feita por uma águia, a organização de seu inventário e os membros da Ordem dos Anciões que você deve ir atrás. Sim, ainda temos que caçar e assassiná-los, mas agora o menu com as informações deles está intrinsecamente ligada as missões principais e não apenas a uma side-quest.

Melhorar suas armas e armadura também é algo que veio da parte de RPG e está presente aqui. Devemos procurar por matérias como couro, aço e componentes. Mas não é nada que seja extremamente necessário, como nos outros jogos.

Temos uma árvore de habilidades, mas é algo bem simples. Ela se divide em três partes, Fantasma: que vai melhorar suas skills de assassino; Trapaceiro, que vai te ajudar a ter mais espaço para equipamentos e elixir. Também temos o predador, que vai evoluir as habilidades de sua águia, como poder ver mais longe, além de alguns atributos que vão te deixar mais furtivo.

Para desbloquear as habilidades você precisa de pontos, e tais pontos são recebidos ao realizar as missões principais.

Um novo jogo, velhos problemas

Assassin’s Creed Mirage traz um problema que realmente incomoda, e é algo que já devia ter sido resolvido há bastante tempo. Enquanto invadimos diversos lugares na surdina vamos nos deparar com a inteligência artificial nula dos inimigos.

Enquanto jogava, era muito comum ver guardas vigiando um cômodo e virado para a parede, ficando de costas para a área que ele deveria dar atenção. Matar um inimigo, mesmo com ele gritando, não chama a atenção do guarda que está a poucos metros de distância. E nenhum guarda sente a falta dos outros companheiros depois que você trucidou quase todo mundo que estava vigiando algum local.

Quando for necessário a hora de lutar, prepare-se para algo até que broxante, pois a intenção do jogo não é te colocar na briga já que os comandos são extremamente simples, o único botão de ataque que temos é o R1, e usamos o L1 para parear o ataque inimigo. O game quer que você jogue na surdina, evitando o máximo possível ter que lutar corpo a corpo… convenhamos que é algo que alguém do Credo dos Assassinos iria fazer, não é mesmo?

Considerações Finais

A Ubisoft acerta como sempre na ambientação e exploração, fazendo que Mirage seja uma excelente volta às origens da franquia. Porém, a falta de polimento no combate e na inteligência artificial dos inimigos faz parecer que estamos jogando um título ultrapassado com texturas e gráficos novos.

Distribuidora: Ubisoft
Desenvolvedora:
 Ubisoft Bordeaux
Gênero: 
Ação, single-player
Disponível para: 
PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series S/X, Xbox One e PCs.
Data de lançamento inicial: 
04 de outubro de 2023

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